Capítulo 5

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   Quando a noite chegou, Anne e eu já estávamos impacientes, eu estava sentada no sofá de frente de uma televisão e Anna estada de frente para a mesa andando de um lado para o outro.
    - Quando estávamos conversando com Cletus, ele falou coisas para o meu pai, coisas que magoaram ele, mais o mais estranho - comecei a falar, mais enquanto falava, eu olhava para a minhas mãos, depois para ela, ela parou de andar e me olhou. - Algo puxou meu pai para perto da grade mais ele nem encostou na grade direito quando Cletus foi arremessado para longe.
   Ela veio na minha direção, se sentou ao meu lado e olhou para a televisão que estava desligado.
    - Isso seria impossível. - ela disse para si mesma.
    - O que seria impossível? - perguntei.
   Ela me olhou espantada, a olhei sem entender nada, ela se levantou, a porta se abriu e me pai entrou, me levantei e corri em sua direção o abraçando, ele me abraçou também.
    - O que foi? - ele perguntou.
   Achei que ele estivesse perguntando para mim, sai do abraço e olhei para trás, Anne estava com os braços cruzados, tinha percebi agora que ela estava um anel de noivado.
    - Eu perguntei para você se o Venom estava com você naquele dia em que eu disse que estava noiva e você respondeu que não. - ela falou andando em direção a ele, brava.
    - Espera! - falei ao lado do meu pai. - Que é Venom? - perguntei olhando os dois, um de cada vez.
    - Eu sou o Venom. - uma voz forte e rouca falou saindo das costas do meu pai.
   Olhei para aquilo, dei alguns passos para trás mais acabei parando após encostar na bancada, era como uma gosma, mas tinha cabeça e falava.
    - Desculpa se eu te assustei. - ele falou se afastando de mim.
    - Svetlana esse é o Venom - comentou meu pai. - Ele é um simbionte.
   Simbionte, já tinha visto ou ouvido aquela palavra em algum lugar. A imagem da pesquisa no computador da minha mãe me veio a mente, ela estava sentada de frente para a sua mesa de trabalho, eu estava sentada em seu colo, eu deveria ter uns seis á sete anos, estava com um vestido florido de verão e um homem da mesma idade que ela estava na sua frente com alguns papeis sobre a mesa, ele me olhou e sorriu para mim.
    - Espera - falei. - Você disse simbionte? - perguntei, os três me olharam surpresos.
    - Disse - respondeu meu pai. - Porque? - foi a vez dele perguntar.
    - Porque quando eu era mais nova, minha mãe fez uma pesquisa sobre eles - apontei para o Venom, já estava de frente para o meu pai e para a Anne. - Ela fez uma pesquisa para um amigo, ele disse que precisava para uma teoria e ela acreditou, alguns meses atrás, ele a chamou para ver uma coisa, ela me deixou com minha tia, mais antes disso ela descobriu que estava com câncer.
    - Deixa eu adivinhar quem era esse amigo, Carlton Drake? - Anne perguntou cruzando os braços novamente.
   Eddie a olhou surpreso e depois para mim.
    - Esse mesmo, mas o mais interessante é que foi ela quem o chamou para ver a pesquisa, foi ela que deu a ideia de procurar os simbiontes.
    - Espera, e porque ela faria isso? - perguntou Eddie.
    - Porque ela queria provar para o Drake que os simbiontes são mais especiais do que ele imaginava, mais ela não queria fundir os dois, ela só queria mostrar que eles era como a gente só que mais fortes. - respondi sua pergunta.
   Ele e Anne se entreolharam, quando vi, Venom já estava dando a volta pelo meu corpo e ficando do meu lado direito, mais ele ficou olhando para os dois assim como eu.
    - É, eu sei o quanto eles são fortes. - Eddie falou olhando para o Venom que estava do meu lado.
   Olhei sobre o ombro para o Venom que voltou para dentro do corpo do meu pai. Olhei para os dois que ainda estavam se olhando, sem perceberem eles ficaram segundos, talvez minutos se olhado.
    - Cletus está com o Carnificina. - falou Eddie finalmente me olhando e olhando para Anne.
    - Quem é carnificina? - perguntei.
   Venom tirou a cabeça para fora, olhei para ele que se aproximou de mim, sua voz rouca parecia a mesma de minutos atrás, a diferença é que agora era de pavor.
    - Carnificina era um dos guerreiros mais poderosos entre o nosso povo, alguns anos atrás, ele e mais três de nós sumiram - ele explicou. - Não sabia que ele estava aqui, depois de meses de busca começamos a achar que ele estivesse morto.
   Ele virou para o Eddie e voltou para o seu corpo, o movimento de Anne chamou minha atenção, ela pegou a bolsa e a chave, ela começou a ir em direção a porta, passou por nós, mas meu pai a fez parar.
    - A onde você vai? - ele perguntou a fazendo se virar para ele.
    - Estou indo embora - ela respondeu abrindo a porta. - E além do mais, eu sei me proteger.
   Ela se virou para mim e piscou, sorriu e saiu.
   Assim que saiu, Eddie pegou a chave da moto e os capacetes, jogando um deles para mim, fui para o quarto e coloquei uma jaqueta, saímos de casa e fomos para a moto, antes de chegarmos a moto, ainda andando, perguntei.
    - Para a onde vamos? - perguntei.
    - Vamos dar uma volta. - ele falou montando na moto.
   Subi na moto logo em seguida, ele ligou a moto e virou a direita, o tempo havia fechado, as estrelas haviam sumiu dando lugar as nuvens negras, o vento frio aumentou com o tempo fechado. Paramos de frente para uma delegacia, descemos, meu pai pediu para que eu ficasse na moto, assim que ele deu as costas sentei na escadas com o capacete na mão.
   O menino em que eu havia esbarrado estava saindo da delegacia com as mãos dentro dos bolsos da jaqueta, assim que o vi e ele me olhou, ele virou a cara e apertou os passos, quando passou por mim eu me levantei rapidamente e minha boca foi mais rápida que eu.
    - Desculpa por ter esbarrado em você aquele dia. - falei olhando para ele.
   Ele parou de andar, olhou para cima, depois virou para mim e sem sorriu, apenas com o mesmo olhar que ele havia me dado quando esbarramos.
    - E como eu havia dito - ele falou olhando para o além. - Eu já estou acostumado.
   Ele se moveu para sair mais meu corpo foi mais rápida, peguei seu braço o fazendo virar para mim, ele olhou para a minha mão e depois para mim.
    - Mais eu não - falei. - E até a onde eu sei, minha mãe me deu educação.
   Soltei seu braço, ele me lançou um sorriso de canto, tentei segurar um sorriso mais não consegui, ele me olhou, depois para além de mim.
    - Meu nome é Svetlana - falei esticando meu braço para a frente. - Qual é o seu? - perguntei.
   Ele olhou para a minha mão, depois para mim.
    - Arrow, meu nome é Arrow. - ele respondeu pegando a minha mão.
    - Prazer em te conhecer Arrow. - sorri mais ainda.
    - O mesmo Svetlana. - foi a vez dele de sorrir.
   A porta da delegacia se abriu, olhei sobre o ombro, meu pai descia as escadas correndo, quando terminou de descer, me olhou e viu Arrow, ele ficou serio e nós olhou parando de frente para mim.
    - Vamos? - chamou ele com a cabeça.
   Virei meu rosto para Arrow que estava olhando para meu pai, agora olhava para mim.
    - Tchau. - ele falou já saindo.
    - Tchau. - gritei.
   Virei para meu pai que já estava na moto, ele pois o capacete e ligou a moto, coloquei o capacete e subi na moto, ele acelerou mais do que deveria, saiu em disparada, passando em alta velocidade por carros, olhei para meu pai tentando encontrar seu olhar mais nada. Ele saiu da cidade, ficando em um lugar alto, ele diminuiu a velocidade, chegamos no topo, ele virou para a cidade, a vista era incrível, ele parou a moto e desligou, tirou o capacete.
   Fiquei sentada, ereta, tirei o capacete e olhei para a vista. Eddie estava calmo, mais a tensão de tristeza estava no ar.
   Sem intenção alguma sai da moto e fiquei de frente para ele, ele me olhou, com tristeza, o abracei, ele quase cai da moto, mais ele se segurou e me abraçou também.
    - O que aconteceu pai? - perguntei ainda abraçada a ele.
   Ele levou um tempo para me responder, mais quando respondeu, tentou disfarçar a tristeza.
    - Não é nada.
   Sai do abraço, ele ficou segurando meu ombro, me olhou preocupado.
    - Está mentindo - falei. - Está fazendo igual a mamãe fazia e eu odeio isso.
   Sai da suas mãos, cruzei os braços e virei de costas.
   Ouvi ele saindo da moto, ele parou na minha frente, virei o rosto, ele segurou meu rosto e virou para ele.
    - Estou preocupado, com o que Cletus pode fazer... - ele deu um pausa. - Com você.
   Sorri.
    - Eu vou ficar bem - falei. - E você tem o Venom ele vai te ajudar a cuidar de mim.
   Ele sorriu, para quebrar o clima, brinquei.
    - Ou é mais fácil eu cuidar dos dois, do que vocês cuidarem de mim.
   Seu sorriso sumiu dando lugar a careta, seu sorriso voltou me abraçando.








Obs: por algum motivo o app está publicando o capítulo e no dia seguinte está excluindo, por isso algumas vezes pode acontecer isso de eu publicar o mesmo capítulo!!!

Venom: A Filha (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now