Feels

010

Any Gabrielly

Ok, fui de dois extremos tão rápido que estou perdida. Estou indo a algum lugar que não conheço com o cara do meu último encontro e isso é estranho, na maioria das vezes não vejo mais a pessoa depois daquela noite.

– Onde estamos indo? – Pergunto ao por minha bolsa no ombro, quando saímos do bar.

– O quê quer fazer? – Pergunta ao se virar e começar a andar de costas, me encarando.

– Não sei, tem uma sugestão? – Pergubto e o mesmo sorri, parando de repente.

– Aqui. – Diz após pararmos na frente do boliche da cidade.

– Eu não sei jogar isso. – Exclamo.

– Não tem problema, eu ensino você. – Diz abrindo a porta do local.

Suspiro mas entro, o lugar em cores neons e garçonetes andando de patins com bandejas por todos os lados me impreciona.

– Vem. – Diz pegando em minha mão e me puxando até uma das inúmeras pistas de boliche ali presentes. Josh digita nossos nomes na tela e meu nome aparece na tela da direita.

– Você vai me ensinar? – Queriono e ele assenti.

– Pegue uma bola. – Ordena e assim faço. Coloco os dedos nos buracos da bola pesada e a levanto.

– E agora professor? – Zombo e ele ri.

– Se posicione aqui. – Aponta para a linha em nossa frente. Paro onde indicou e o mesmo se posiciona atrás de mim, como fez no restaurante. Seu hálito quente contra meu ombro mostra o quão perto está de mim. –  Mova seu braço para trás e depois como um pêndulo, quando seu braço voltar, solte a bola. – Sua voz é calma e grossa.

Josh move meu braço para trás, logo em seguida para a frente, para trás e para frente lentamente e solto a bola, ela sai girando pela pista até bater em quatro pinos. Comemoro me virando sem perceber a distância que estamos e acabo ficando próxima demais de seu rosto.

– Viu, não foi tão difícil. – Diz e consigo sentir sua respiração em minha bochecha. Me afasto, recobrando a postura.

– Gostei. Deixe testar sozinha desta vez. – Digo pegando outra bola e me posicionando no lugar novamente.

Levo meu braço para trás e me inclino, consigo sentir o olhar de Josh queimado minhas costas. Faço o movimento de pêndulo e solto a bola, ela rola até bater no pino do meio assim derrubando todas.

– O quê? De primeira? Você está mentindo para mim.– Ele diz, ao clicar o botão do painel, indicando ser sua vez.

– Juro que não estou, não sei jogar ou não sabia. – Informo e ele ri, concordando.

– Minha vez. – Diz ao se posicionar assim como fiz, na linha. Ele leva seu braço para trás e quando volta, solta a bola que sai em linha reta, derrubando todos os pinos. Ele se vira para mim e sorri.

– Nossa engracadinho, ótimo que acertou todas. – Digo pegando a bola pois é minha vez.

– Competitiva Any? – Pergunta ao se encostar na máquina que calcula os pontos.

– Esnobe Beauchamp? – Pergunto e seu rosto adquire um ar de surpresa.

– Como sabe meu sobrenome? – Questiona cruzando os braços.

– Eu já vi uma foto sua e de Noah em seu Instagram, vi seu nome marcado. Sobrenome interessante. – Digo ao pegar a bola roxa que sai da maquina ao meu lado.

–  Digno de um sobrenome, imagina meu sobrenome dito como Sra. Bauchamp? Ficaria lindo não é? – Pergunta quando me posiciono para arremessar a bola.