20° Capítulo

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Acordo com beijos em meu rosto e pescoço, dou um sorriso e me viro encontrando Pietro, se passou duas semanas desde que chegamos aqui, na casa dos meus tios, ainda não conseguimos pensar em nada, mas hoje eu sonhei.

-Tudo bem? -Pergunta e eu aceno o beijando. -O que foi?

-Tenho um plano. -Digo baixo o fazendo sorrir. -Sempre tenho não é? Apenas demorei mais do que o necessário.

-Vamos contar para todos? -Aceno subindo em cima dele, suas mãos vão para minha cintura tomando cuidado com o ferimento que ainda não está completamente cicatrizado.

-O que está fazendo? -Beijo seu pescoço e sugo sua pele, ele geme. -Mille...

-Eu preciso de você... não sei se será a última vez. -Ele se senta comigo em seu colo e me olha.

-Do que está falando princesa? -O observo e acaricio sua mandíbula. -Amor?

-O meu plano é mais suicida do que qualquer outro que eu já tive. -Falo baixo o fazendo franzir a testa. -Apenas me faça ser sua, mais uma vez.

-Está me assustando... -O abraço e ele me aperta em seus braços. -Camille...

-Por favor... -Imploro e ele me olha, suas mãos ficam em meu rosto e me beija, suspiro sentindo sua língua ir de encontro com a minha.

Minhas mãos agarram o cabelo de sua nuca, tira minha camiseta e em seguida meu sutiã, tiro sua camiseta e ele me deita na cama.

Seus beijos descem por meu pescoço, mordo o lábio sentindo seus dedos em minha pele.

-Eu te amo. -Me olha e eu dou um sorriso o olhando apoiado em minha barriga.

-Eu te amo. -Digo o fazendo sorrir, ali ele me fez ser sua várias vezes na manhã.

***

Todos estão na sala reunidos, eu estou de pé atrás do sofá e de Pietro, acaricio seu peito enquanto repenso no meu plano.

-Vai dizer porque me acordou ou vamos ficar nos olhando? -Mel pergunta e eu a olho. -Não gosto desse olhar, é o de suicida.

-Idiota, tenho um plano, muitos não irão gostar e eu compreendo.

-Você sabe qual é? -Austin pergunta para Pietro que nega.

-Bom, não conseguimos concluir o que queríamos naquele laboratório, correto? -Pergunto e eles acenam. -Então aqui vai a pergunta, qual lugar que conseguiu fazer com que o vírus seja uma neblina?

-Não! -Mel fala e eu ergo a sobrancelha a olhando. -Nem morta eu volto lá.

-Espera, lá onde? -Aidan pergunta e todos o olhamos, ele fica sem entender.

-Na empresa onde trabalhávamos, mascote. -Debocho.

-Ainda não sei como conseguiu ser um cientista. -Diogo fala e eu dou de ombros.

-Ele é gostoso. -Digo e todos me olham, Wren ergue a sobrancelha. -O que gente? Estou em um compromisso sério, mas não sou cega. -Informo e Pietro se debruça em seus joelhos se livrando dos meus toques.

-Espera, o seu plano é irmos para a empresa? -Austin pergunta e eu aceno.

-Está certa. -Will se pronuncia e o olhamos. -A empresa que criou o vírus, o fazendo ser uma neblina, também foram eles quem liberaram, podemos matar dois coelhos com uma cajadada só.

-Vocês são loucos, a cidade é grande, foi o primeiro local a transformar todos em zumbis, fazendo assim o lugar mais perigoso para ir. -Mel se levanta de onde estava. -Se quiserem ir vocês vão, mas eu me recuso.

-Ok, tem outro plano? -Ando em sua direção. -Estamos ouvindo. -Cruzo os braços em sua frente.

-Já perdemos a Jes quando saímos de lá, vamos perder mais pessoas quando voltarmos.

-Talvez não. -Digo e ela nega relutante. -Se quiser ou não ir o problema é totalmente seu, mas iremos apenas para conseguirmos a merda da cura, não se tem outro lugar para fazer isso, a não ser que queira ir para o Brasil, eles tem um lugar para isso.

-Austin, sério isso? -Ergo a sobrancelha, olho para ele que a olha por longos segundos.

-Não está querendo colocar meu gêmeo para me desafiar. -Digo e ela continua o olhando. -Tem alguma coisa a dizer, Austin?

-Realmente não tem outro jeito? Pode ser suicídio seguirmos para lá, onde tudo começou.

-Ouve o seu irmão, não é a única que dá as ordens aqui. -Franzo a testa.

-Ok, uma votação? -Pietro pergunta e eu fico a olhando.

-Sério isso? Se conseguirem citar outro lugar onde podemos fazer isso eu concordarei. -Falo olhando para eles, ninguém diz nada, olho para Melissa. -E você?

-Podemos pensar nisso.

-Demoramos tempo demais, se passar mais tempo, mais pessoas vão morrer, não sabemos até onde a neblina chegou. -Digo e ela dá de ombros. -Estou de saco cheio de você, sério, nessas duas semanas viveu me desafiando, isso não é um jogo!

-Não é a manda chuva daqui, não somos os seus soldadinhos. -Diz e suspiro tentando me acalmar. -Duvido conseguir convencer Austin, vai fazer tudo o que eu disser por dar gostoso para ele. -Fala baixo e isso me faz chegar no limite.

Soco seu nariz a fazendo afastar um passo e cobrir o mesmo que agora está sangrando, a empurro e a faço cair de costas, soco seu rosto e suas costelas, sinto as mãos de Pietro em mim e gemo sentindo as dores em meu ferimento.

Quando me puxa eu rasgo sua camiseta a deixando de sutiã, foco no arranhão que tem em sua costela esquerda, Pietro me tira do chão e me afasta.

-Espera...

-Para com isso, achei que fossem amigas.

-Eu também, mas não é sobre isso. -Ele me olha e eu suspiro. -Não vou bater nela. -Prometo e me solta, ela geme se sentando e eu vou até a mesma. -A segurem. -Mando e todos fazem isso. -Desde quando foi arranhada?

-Do que está falando? Me solta! -Tenta se soltar e eu olho mais de perto, o ferimento ainda está aberto e o sangue seco.

-Disso. -Digo e aperto, ela grita de dor. -Desde quando?

-Desde... -Ela para de lutar e fecha os olhos. -Chegamos aqui, não foi a única que sofreu no laboratório, além da minha perna um volátil me arranhou.

-E não pensou em contar para nós? -Pietro pergunta e eu saio de cima dela, todos a soltam.

-Fiquei com medo, não sabemos se somos tão imunes assim.

-Espera, Jes se transformou porque zumbis a morderam, mas Mel foi arranhada, por um volatil.

-Apenas pela mordida, pode ser porque é mais profunda. -Will diz e eu a olho.

-Mas alguma coisa mudou nela, parece que o processo de transformação é mais lento, seu sangue está preto ao invés de marsala. -Falo e ela me olha. -Temos que ir para a empresa imediatamente, o mais rápido possível. -Ela nega.

-Ou é isso ou você morre. -Austin se pronuncia e ela suspira fechando os olhos.

-Saímos daqui meia hora, se arrumem e a algema, não sabemos quando pode ou vai se transformar, não podemos correr riscos. -Pietro diz e sobe as escadas.

-Se arrumem. -Peço com mais gentileza que ele e subo também, ele não está bem.

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