18° Capítulo

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Depois de minutos descansando eu ajudo Pietro a levantar e colocar Mel novamente em seu ombro.

Andamos pelo corredor e suspiro olhando para o mapa, vejo que estamos três andares a baixo de onde deveríamos estar.

-Sabe onde está as escadas? -Pergunta e eu olho em volta, vejo as placas de saída e o olho. -Boa...

Seguimos por onde elas apontam e vejo a enorme porta vermelha.

-Acha que eles estão em algumas das salas? -Pergunto me referindo ao corredor do laboratório.

-Sim, sabem que devemos seguir para lá e que iríamos conseguir chegar.

Concordo e paramos novamente para ele descansar, tampo a respiração quando ouvimos um barulho insuportável, o olho e ele faz sinal de silêncio.

Ouvimos alguém subir as escadas, em seguida unhas na parede, Pietro pega Melissa e faz sinal para subir, faço isso dando espaço para ele e recarregando a arma, fico sempre olhando para trás, saímos em um corredor cheio de salas e com um cheiro horrível, e então a porta é arrancada.

-Vai! -Mando e com um suspiro ele corre pelo corredor, começo a atirar na cabeça dele.

Ele grita e eu saio correndo, volto a recarregar e gemo quando me da um tapa me jogando para o fundo do corredor, arfo quando bato na parede e caio no chão.

Corro vendo as escadas principais e começo a descer sem parar, preciso o despistar, vejo a ventilação e dou um sorriso descendo mais e entrando em um corredor, entro na sala fechando a porta e procuro pela ventilação, pego uma cadeira e tiro a tampa, coloco minha arma na transversal e respiro fundo pulando e subindo.

Engatinho pelo tubo para o final dele, subo mais e olho pelos ditos tentando saber em qual eu deveria sair, vejo depois de alguns minutos todos dentro de uma sala, o tubo cai e eu grito quando caio no chão, meu ferimento arde.

-Merda, amor. -Pietro se ajoelha e eu levanto o dedo pedindo por um minuto. -Ei, olha para mim.

-Não quero mais ser a que mais sofre. -Gemo me sentando.

-Vamos cuidar disso, você tem que ajudar a Mel, sobre tétano e essas coisas que só você entende.

-Não deveria ter dormido nas aulas de doenças. -Falo baixo e ele sorri.

-Dormi nas maiorias das aulas, princesa. -Austin se ajoelha com o kit em mãos e refaz o curativo, me entrega dois comprimidos e eu tomo sem precisar de água.

-Como ela está? -Me levanto com a ajuda de meu irmão.

-Mal, ainda está desmaiada. -Fala e eu olho para o cara ao meu lado.

-E você? Como está? -Pietro da de ombros. -É sério.

-Estou bem, já cuidaram de mim. -Fala beijando minha testa, sigo para Melissa vendo a camiseta em sua perna.

A tiro vendo o sangramento voltar, abro seu zíper e tiro sua calça liberando meu acesso para o ferimento, está muito profundo e quase na virilha, depois de esterilizar minhas mãos eu vou esterilizar o ferimento.

Quando faço isso ela acorda e grita fazendo Austin tampar sua boca, tenta me afastar e eu aperto sua perna a imobilizando.

-Segurem ela! -Mando e me ajudam, Wren segura sua perna e eu volto a jogar o líquido, sei como ela se senti, passei pela mesma coisa. -Já vai passar.

Falo e reparo em alguns pedaços de ferro, olho em volta e me levanto pegando uma pinça, a esterilizo e coloco minha lanterna na boca, ilumino enquanto tiro as fagulhas e ela suspira quando tiro a última, se acalma e eu a deixo respirar um pouco.

-Temos um problema enorme. -Will fala e todos o olhamos, ele nos olha. -Aqui não dá para fazer o que queremos fazer.

-Porra! -Digo e olho para Pietro, ele nega não sabendo o que devemos fazer. -Vamos acabar logo com isso.

Custuro e coloco um curativo, enfaixo sua perna e peço para Wren a ajudar com a calça, me levanto seguindo para fora da sala e indo para a outra, soco a parede gritando, a sala é a prova de som.

Jogo algumas coisas no chão, sinto eu ferimento arder e ignoro jogando a cadeira no vidro que nem se quer trinca, chuto uma mesa e quando vou socar sou abraçada por trás.

-Para! -Pietro me segura e eu tento me soltar. -Camille, para!

Grita e eu paro, caio de joelhos no chão junto com ele, choro sentindo meu corpo inteiro fraco, estou exausta.

-Eu não aguento mais. -Falo baixo e ele me vira me abraçando, me aperta em seus braços e eu transbordo. -Eu não aguento...

-Eu sei princesa, todos estamos no nosso limite, mas precisamos seguir em frente, para podermos finalmente descansar. -Diz e segura meu rosto fazendo o olhar. -Iremos sair daqui e seguir para um lugar seguro, vamos pensar em um plano e depois acabar logo com isso.

-Acha mesmo que vamos conseguir por essa cura em prática? -Pergunto e sinto seus polegares acariciarem minhas bochechas.

-Não sei, mas tenho fé que sim. -Fala e suspiro. -O que foi?

-Perdi a minha fé faz muito tempo. -Falo baixo e ele beija minha testa me abraçando novamente. -Desde que Jes morreu.

-Vai dar certo, confio na sua liderança assim como todos, vamos conseguir.

-Promete? -O olho e ele me olha por alguns segundos, me dá um beijo e suspira.

-Prometo princesa. -Diz e eu paraliso olhando para aquela coisa, ela me olha e eu tremo por inteira, o arrepio sobe por minha espinha me fazendo gelar. -Ele está atrás de mim, não é?

-Vamos ter que pular pela janela e o despistar, o vidro é a prova de balas, mas não vai aguentar por muito tempo. -Digo e ele se vira, vejo meu irmão que nega, dou uma piscada com um sorriso e ele suspira. -Vão nos esperar lá fora, quero que você vá para a esquerda e ajude eles, eu vou despistar subindo para o terraço.

-Péssimo plano. -Ele começa a socar o vidro e eu afasto um passo quando o vidro trinca.

-O único que temos, vi que tem duas cordas, não sei o porque, mas vamos usar.

Digo correndo para a janela e a abrindo, puxo as duas e lhe entrego uma, olho para trás e respiro fundo.

-Cuidado. -Pede e eu o olho. -Eu te amo.

-Igualmente, te amo. -Digo sorrindo e subindo a corda, espero que o plano dê certo.

Devastated WorldWhere stories live. Discover now