Capítulo 16

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Olá queridas leitoras

Mais um capítulo dedicado com carinho cada uma de vocês

Após as apresentações no processo e seus participantes. Ajuíza pede:

— Senhor Rodrigo, como o Senhor conheceu, Rogério Santos, acolhido no orfanato?

— Minha mãe de tempos em tempos, leva para o orfanato as peças de roupas, gorros, e panos de copa, que ela e seus amigas fazem para o bazar do orfanato, enquanto isso fico brincando com as crianças. E foi numa dessas ocasiões que tive a oportunidade de conversar com Rogério.

— E por que especificamente esta criança e não outra? — insistiu a Juíza.

— Ele me cativou por suas perguntas demonstrando inteligência. Um dia notei que ele tinha um arranhão no braço e lhe perguntei o que tinha acontecido. Ele me respondeu que foi numa briga de jogo. Continuamos a conversar e eu lhe disse que praticar esportes era bom para o desenvolvimento, que faria dele um homem forte, mas que brigar não faria dele um homem de caráter e íntegro. Aí, ele me perguntou o que era íntegro e foi ali que ele me conquistou. Foi quando expliquei a ele que para resolver os assuntos que uma boa conversa não pudesse resolver, para isso tem os tribunais, que uma pessoa de fora do assunto ajudaria a resolver. Foi quando ele me disse que queria ser essa pessoa de fora. Acredito que o futuro de Rogério é ser um juiz.

— O Senhor Promotor deseja fazer alguma pergunta?

— Sim, Meritíssima. Senhor Rodrigo, o Senhor tem algum impedimento físico de ser pai?

— Que eu saiba, não, Senhor. — respondeu Rodrigo com simplicidade ao promotor.

— Mais alguma pergunta Senhor Promotor?

— Só mais uma Meritíssima. Senhor Rodrigo, o Senhor sente-se capaz financeiramente e emocionalmente capaz de cuidar do menor, Rogério Santos.

— Sim, Senhor Promotor. Respondeu Rodrigo tranquilo sem vacilar.

— Senhor Rodrigo, o que lhe dá essa certeza? — Questionou a juíza.

— Sei que na inicial do processo foi informado as minhas condições financeiras, adquiridas ao longo dos anos e não somente com os ganhos como advogado, mas também por herança de meu pai, que administro desde sua morte. Quanto ao aspecto emocional tenho essa certeza por que também sou um filho adotado. Conheço o lado de quem fica em um orfanato a espera de alguém que o escolha para lhe dar uma melhor acolhida, assim como também conheço o lado de ter uma família como a minha, que me criou e educou com dedicação e amor de pais, fazendo como quem eu me tornasse o homem que sou hoje. A ideia de adotar uma criança sempre foi presente em meus pensamentos. Hoje me sinto pronto para isso, é uma decisão tomada com responsabilidade para oferecer vida digna a uma criança que merece.

— O Senhor já comentou com o menos sobre essa sua decisão? — perguntou a juíza.

— Não Senhora, só comentei com a diretora do orfanato. Não quis criar expectativa antes do resultado de minha petição.

***

— Cara, eu já estava pensando que aquele interrogatório nunca fosse acabar. — comentou Rodrigo com Daniel.

— Eu te disse, aquela mulher é do tipo que procura pelo em ovo. — respondeu Daniel.

— Ela não concedeu, mas também não negou. Estou acreditando que esse retardamento da decisão venha a ser positivo e que ela me conceda o direito de paternidade sobre Rogério. — disse Rodrigo.

— Tomara meu amigo. Confesso que nunca te vi tão tenso. Vamos tomar um café? — Daniel perguntou para espairecer, e foram juntos para um café ali próximo, onde continuaram conversando.

Ela é MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora