Capítulo 20

5.1K 454 71
                                    


Duas semanas depois.

Camila Cabello. Pov

Estava no jardim brincando com as crianças, Hope estava muito elétrica nesse dia e os meninos também (o que não era novidade).

Assim que descobri sobre os trigêmeos muita coisa mudou, quando um ômega engravida o nosso corpo produz hormônios como um doido para que a gente ame aquele bebê independente do que aconteça. Eu obviamente fiquei com medo, engravidei de uma criança, depois duas e agora três, na próxima serão quatro? Conversei com a doutora para assim que nascerem eu fazer uma laqueadura, era a melhor coisa a se fazer.

Apesar da surpresa e do medo, amei saber que serei mãe, ainda mais sendo do amor da minha vida, quem não ficaria feliz? Lembrava do dia em que deveria tomar o remédio e me esqueci, estava tão ocupada, com a cabeça cheia de problemas, contas e responsabilidades; mas isso era passado.

Fiz uma surpresa para Hope, comprei três body infantil branco e mandei estampar "Não fui planejado" "Nem eu! " "Muito menos eu!" minha filha chorou de soluçar agarrada em minhas pernas, os gêmeos abraçaram juntos, apesar de novinhos eles entenderam que teria mais criança na casa e fizeram uma festa com os pacotes de presentes dos body. Depois desse dia as crianças, especialmente a Hope estão grudados em mim, não me largam e sempre querem conversar com minha barriga.

Tudo estava perfeito, tinha dias que sentia como se alguns meses tivessem voltado no tempo, quando só era meus bebês e eu.

Lauren se afastou das crianças e de mim, por algum motivo ela se sente muito mal e todas as vezes que me olha sente uma tristeza profunda. Aquela definitivamente não era a minha mulher.

Acordei naquele dia cansada, minha barriga tinha crescido consideravelmente, me esforcei para sentar pois meus bebês não estavam dando sossego. O tratamento da doutora Carson estava ajudando meu alfinha crescer mais lentamente e minha barriga doía menos, com isso meus outros bebês vão poder se desenvolver certinho. Por enquanto, os três estavam bem.

-Camila, quer ajuda?- Olhei para a alfa que desviou o olhar, suspirei e neguei. -Estou vendo que esta tendo dificuldades, te ajudo.

-Não. Consigo fazer sozinha. -Levantei com certa dificuldade e caminhei no meu ritmo até o roupeiro, eu estava andando que nem pinguim, minha barriga estava grandinha graças ao meu alfinha, meu corpo inteiro estava inchado.

-Camila, eu posso...

-Lauren. -Silêncio. Eu respirava com dificuldade graças aos bebês e o nervosismo. -Não preciso da sua pena, nem olhar na minha cara você consegue mais. -Me virei dando de cara com minha alfa que pensou em desviar os olhos, mas não conseguiu dessa vez. -Não era você que gostaria de ter mais filhos? Te dei seis. Satisfeita?

-Camz, você não entende que...

-Agora voltei a ser a Camz!? Por que se afastou da gente? Achei que gostaria de ter um time de futebol só com seu sobrenome. - Minha alfa tinha lágrimas nos olhos e eu só percebi que estava chorando quando senti a lágrima descendo na minha bochecha.

-Eu matei meu irmão Camila, você entende como eu me sinto!? N-nosso filho pode... Não posso perder eles, não quero me sentir...

-Culpada? Acha que só você esta sofrendo com isso!? Como achou que eu me senti ao ouvir que meu filho pode matar os irmãos!? Me responde!

-Não quero perdê-los.

-E eu quero? Você acha que eu tomo vários remédios e vitaminas pra que? -A alfa desabou na cama e eu suspirei até estar perto dela, Lauren abraçou minha barriga e sussurrava vários pedidos de desculpa, fiz cafuné na sua cabeça e deixei um beijinho.

Na cidade vizinha, na sala de reuniões.

-Ela vai ter o que!? -Michael levantou irritado enquanto bufava.

-Engravidou aquela ômega, o pior nem é isso. -Taylor disse com ânsia em sua voz.

-Ela deixou a ômega a marcar. -Chris disse. O alfa mais velho bateu a mão na mesa com tanta força que a mesma partiu em alguns pedaços. Clara que assistia tudo sem expressão, não conseguiu disfarçar a sua cara de descontentamento quando ouvir aquilo, não havia criado sua filha para tamanha desonra e vergonha.

-Lauren passou de todos os limites. Precisamos intervir, agora de preferência. -Seus filhos concordaram, enquanto Michael estava pensando no seu canto.

-Aquelas crianças não podem nascer, serão aberrações.

-Bestas vivas.

-Abominação, não podemos deixar que isso vingue.

-Todos tem razão, por isso vamos seguir o plano. -A ômega sorriu diabólica e todos da sala a acompanharam.

N/A: Capítulo curto pra caramba, me perdoem, mas eu não consegui mais escrever esse capítulo e só tenho ideia para o próximo e eles não podem ficar no mesmo. Talvez compense com um capítulo maior depois, não sei, vamos ver né.

Ps: Falta pouco para  a fic acabar 🥺 irei sentir saudades.

A Lúpus |Camren + concluída|Where stories live. Discover now