#10- Com você... Sempre.

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Uma luta tensa começou no corredor entre os dois, não vi muita coisa, estava perdida, pensando em como estava tão perto de Din, de mesmo depois de tudo o sentimento nunca sequer perdeu a força. Só sei que quando saí no corredor Mando estava com o sabre na mão, ele me olhou e assentiu, eu congelei, ele com certeza não sabia que Gideon havia me contado:
-Mando... preciso falar com você.
-Vamos para a sala de controle, preciso tentar que Grogu atraia um Mestre Jedi para treina-lo, assim que tudo isso acabar estaremos em paz.
-Ele estará a salvo com alguém que pode ajuda-lo de uma maneira que eu jamais conseguiria...- disse assentindo então dei uma pausa enquanto começávamos a andar.
Chegando na sala de controle vi mais três pessoas que aparentemente eram mandalorianos, Din finalmente achou seu lugar, achou sua família. Olhando mais ao redor percebi que Cara também estava ali, quando a avistei e ela também pegou meu olhar, Mando percebeu e pegou a criança do meu colo, fazendo em que eu olhasse para ele, eu assenti em agradecimento e fui abraça-la:
-Dune, senti tanta saudade!
-Eu também, que bom que você está praticamente inteira, afinal está aqui há sete anos. É muito forte e eu admiro isso.
-Eu precisei ser, e foi tudo por uma boa causa, manter os que eu amo a salvo.
Cara ia começar uma frase quando um alarme começou a soar em um dos monitores, pulei por cima de Gideon, que agora estava jogado no chão da sala, e fui até onde Grogu estava com a mão no monitor. Senti uma presença muito forte, era como se eu estivesse ao lado de Anakin novamente, pensando em Anakin lembrei de meu pai, ele não me mandava hologramas há muito tempo, eu o mandava mensagens, mas ele nunca respondia. Temia que o pior tivesse acontecido, pois ultimamente estava sentindo um vazio enorme dentro de mim, achava que era porque estava sozinha naquele lugar horrível, mas mesmo depois da chegada de Grogu e do reencontro com mando, o vazio permaneceu.
Pelas câmeras vimos tudo acontecer, um Jedi cortava e quebrava todos os darktroopers com a maior facilidade, nunca vi algo assim. Então ele parou na porta que estava toda amassada por conta dos troopers que alguns minutos antes tentavam entrar:
-Abra a porta.
Mando ordenou, os outros ficaram um pouco receoso, mas abriram rapidamente.
Quando as portas se abriram um Jedi, encapuzado, com um sabre verde deu dois passos para dentro, revelando sua face me olhou com felicidade em seu rosto, fiquei muito confusa, até ele dizer:
-Você é mestre Kenobi?
-Olhe sinceramente, não faço ideia de como possa se referir a mim, mas sim essa sou eu.
-Meu nome é Luke... Luke Skywalker. Me tornei um Jedi, assim como você, tia... E meu pai antes de mim.
-Esepre, então eu realmente sou Skywalker? Como sabe disso?
-Há um tempo atrás quando estava começando nos caminhos Jedi, encontrei Obi-wan e ele me contou tudo sobre você, disse que era especial e me mostrou fotos suas com Anakin, quando olhei aquela foto me veio um sentimento de conexão, vocês eram próximos... Mas era uma conexão além disso. Então procurei mais registros seus e achei seu nome na árvore genealógica de minha família.
-E você ainda achou que eu tinha mentido para você.
Gideon murmurou do outro lado da sala, eu olhei novamente para Luke e o abracei:
-Meu sobrinho...
-Bem vinda novamente a família Kaya Skywaler!
Nós sorrimos um para o outro, e então ele olhou para Grogu olhou pra mim novamente e eu senti seu pensamento,” Preciso leva-lo” eu assenti já sabendo que ele realmente precisava treinar Grogu, então me voltei para mando e lancei um olhar, ele já havia captado a mensagem também, então pegou a pequena criatura verde e o encarou.
Grogu estendeu o pequeno braço e tocou no capacete de Mando, não senti seu pensamento, mas pude perceber que ele queria ver quem cuidou dele por tanto tempo, então Mando finalmente, removeu por completo seu capacete, lançou um último olhar para Grogu e falou algo, então o colocou-o no chão e ele foi andando rapidamente para Luke, que o pegou no colo, então finalmente perguntei:
-Nos veremos outra vez?
-É claro, sempre que estivermos por perto você sentirá.... Que a força esteja com você.
-E sempre com você.
Sorri para os dois, os observando ir embora. Até aquele momento não ousei olhar para o lado, continuei fixa olhando para o chão, não havia olhado para Din, parecia um crime ver o rosto do mesmo, Luke se foi, Grogu estava indo para um lugar melhor, onde poderia se tornar um Jedi de verdade:
-Sabia que hoje mesmo eu contei para Kaya quem era você, mando ou melhor... Din Djarin.
Ele riu sarcástico, uma das mulheres com armadura parecida com a de Din chutou o homem, que novamente riu sarcástico.
-Kaya... olhe para mim.
Me virei e levantei a cabeça lentamente, quando o olhei por completo congelei, ele havia mudado tanto, agora sim um homem formado por completo, mas seus olhos continuavam os mesmos, castanhos e grandes olhos que carregavam tantos sentimentos. Ele envolveu minhas bochechas com suas mãos, coloquei minhas mãos sobre as dele, um momento tão... Puro e perfeito:
-Era você esse tempo todo?
-Sinto muito não ter falado antes, fui um grande covarde e—Eu interrompi a frase inacabada com um beijo, calmo.
-Eu te amo, na realidade sempre amei... Nosso amor é atemporal Kaya, poderíamos viver milhões de vidas que sempre nos acharíamos outra vez.
-Din.... Depois de todo esse tempo?
-Sempre.
Todos em volta olhavam, mas não ligamos nem um pouco pois aquele momento era nosso, era perfeito, Din continuava perfeito. Pena que momentos bons sempre acabam rápido, em uma questão de segundos senti uma dor aguda em meu abdômen, olhei para baixo e vi um buraco de tiro de blaster:
-Que tocante, os pombinhos apaixonados se declarando, pena que eu sempre cumpro minha palavra.
Gideon disse, levantando e andando em nossa direção. Comecei a perder as forças, e não consegui mais ficar de pé, então para que eu não me machucasse mais Din me guiou até o chão, onde se ajoelhou ao meu lado:
-O que você fez seu cretino do caralho? -Cara gritou.
-Disse a ela que a mataria com minhas próprias mão, e como sempre consigo o que quero, aí está o resultado.
Tenho quase certeza de que Cara foi para cima dele, só não o matou pois precisavam dele vivo para fazer algo que eu não faço ideia do que era. Din me olhava com lágrimas se formando, ele tentava fazer algo para melhorar minha situação mas de nada adiantou:
-Mando... Não vai adiantar de nada você tentar me ajudar.
-Não, tem que haver um jeito. Eu não vou te perder de novo, não agora—coloquei minha mão em seu rosto:
-Mas quem disse que vai me perder... eu estou coma força, e a força está comigo, quando a hora chegar... Me tornarei parte dela.
-Não... Não é a mesma coisa, não quero perder você.
A esse ponto já estava muito fraca, quase não podia falar, mas precisava dizer o último adeus a ele:
-Eu vou estar com você.... Sempre, mando.
Ouvi um grito, e tudo se apagou.

O caminho certo.Where stories live. Discover now