17° CAPÍTULO

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Enquanto isso, minha mãe estava no seu próprio quarto.

Miranda: — Certo, já são sete horas, a empresa já deve estar em funcionamento. — Matutou, perdida em seus pensamentos. — Mas, não posso ir até lá… Theo e Carla podem me ver.

Ficou mais pensativa, com uma mão no queixo. Levantou-se da cama, com um vestido branco e longo até os pés. Foi até o espelho, olhando sua imagem, e depois ajeitou os bobes nos cabelos. Riu para si mesma, com algumas ideias em mente.

Ela logo pegou o telefone, ao lado do espelho e discou o número da empresa Willson. Bom, sou uma das pessoas que atendem o telefone da empresa, então… atendi a ligação logo. Eu não sabia que minha mãe estava do outro lado da linha. Ela ficou muda e não disse nada.

“Droga, ela vai reconhecer a minha voz…” Pensou minha mãe, para depois desligar o telefone bem na minha cara. Eu, sem saber de nada, apenas achei que a ligação tinha caído.

Miranda: — Droga, como falarei com o rapaz se a Theo está lá o dia todo? Bom, talvez… eu deva esperá-lo sair no fim do expediente, e encontrá-lo em outro lugar.

Mamãe apenas torna a sorrir, acreditando que seu plano daria certo.

Bom, já na empresa WS… Estava concentrada no meu trabalho, mas percebi que alguém permanecia vigiando-me, o que é estranho. Olhei para os lados e logo percebi Fred me fitando. Ele encheu a xícara, que tinha a sigla da empresa na frente, com o líquido que saía da cafeteira, sobre uma pequena mesinha que estava à disposição de todos os funcionários. Fred tomou um pouco de café e colocou a outra mão no bolso, inclinando os calcanhares em direção à sua sala.

Mas… não deixando de me olhar, em nenhum momento. Como se não se importasse em esconder, mesmo que por um instante.

Theo: — Foco, Theo! — Apesar de estar meio apreensiva com aqueles olhares, retornei a concentrar-me no meu trabalho, enquanto Fred retornou à sua sala. — O que deu nele, hein? — Pensei alto, vendo-o fechar a porta de sua sala ao entrar na mesma.

Fred foi até a grande janela que havia no final da sala para apreciar a paisagem enquanto apreciava aquele café. Mesmo que seus pensamentos estivessem… em devaneios. Com tudo acontecendo, só conseguia ter em mente uma coisa, ou melhor, um nome: Theo.

Fred: — Droga, será que estou mesmo apaixonado por ela? Tem tanta coisa na minha cabeça, tantas preocupações. Sem contar, que estou quase perdendo a parceria que me ajuda a levar essa empresa adiante.

Ainda inquieto, ele foi até as cortinas de sua sala próxima à porta e, através da pequena abertura, conseguiu me fitar novamente. Ele permanecia olhado para mim, de cima a baixo, com um olhar completamente diferente. Enquanto bebia mais café, esfregou os lábios, pensando em mim.

Fred: — Tenho que seguir com o plano, me casar. Mas ela — cerrou os olhos enquanto me observou — por que não me deseja? Todas as mulheres de Paris fariam de tudo para casar comigo. O que ela quer… que eu não tenha?

Por mais que pensasse em mil coisas, não conseguiu achar a resposta de sua pergunta. De fato, como ele mesmo afirmou, qualquer pessoa poderia se casar com ele, mas talvez esse tenha sido o maior equívoco que ele tenha cometido: eu não sou uma qualquer uma. Ele continuou a pensar em planos para se casar, a fim de alcançar seus objetivos. Então, andou até a sua mesa, tomando logo seu lugar em tal. Colocou a xícara sobre a mesa e colocou a mão no outro bolso, retirando seu telefone celular. Não demorou e ligou para Emma, sua mãe.

Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora