4° CAPÍTULO

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Na empresa Wilson…

Karlos saiu do elevador bastante irritado com alguma coisa e, com passos rápidos, foi até uma determinada sala. Apenas cumprimentou, com um sorriso educado, minha tia Carla, que estava passando um esfregão no chão. Ela respondeu com um sorriso e um aceno. Karlos estava tão focado que passou pela secretária do irmão, mas não ligou. A funcionária tentou impedir, mas não conseguiu. Fred apenas levantou sua cabeça para avistá-lo em sua porta, surpreso ao vê-lo ali.

Karlos: — Maldito! — Exclamou, adentrando abruptamente a sala de seu irmão. — Foi você, não foi?

Secretária: — S-Senhor, eu tentei impedi-lo. — Disse a moça, ofegante, aparecendo atrás de Karlos, com receio da reação do chefe.

Fred: — Pode ir. — De poucas palavras, ele apenas disse friamente para a mulher, que logo saiu da sala, fechando a porta. — Você perdeu os neurônios que ainda te restam? Como que entra na minha sala dessa forma?

Karlos: — Não testa minha paciência. — Ainda irritado, afastou os cabelos castanhos para trás e foi até a mesa do irmão. — Você mandou alguém proibir que ficássemos ali na torre. — Jogou fortemente as mãos na mesa do irmão. — Confessa!

Fred: — É, parece que enlouqueceu de vez. — Retornou a examinar os papéis em sua mesa, fazendo uma anotação ou outra. — Saía agora, se não chamarei os seguranças.

Karlos ficou ainda mais irritado com o cinismo do irmão e, por isso, passou as mãos na mesa dele, jogando tudo que estava sobre ela para o chão. Fred ficou assustado e levantou rápido da cadeira. Karlos deu a volta na mesa para enfrentar o irmão e começaram uma batalha visual. Os olhos castanhos de cada um pareciam ter iniciado uma batalha mortal.

Karlos: — Essa empresa também é minha, antes que você se esqueça.

Fred: — Ah, agora você se preocupa com a empresa? — Provocou, olhando fixamente nos olhos do outro, não dando um passo sequer para trás. — Pensei que sua prioridade fosse ficar com aquele povo da rua. Você tinha que me agradecer, por acabar com essa palhaçada de uma vez por todas.

Se Karlos estava bravo antes, aquilo foi o estopim. Empurrou o irmão contra a parede, pressionando o pescoço dele com um de seus braços, enquanto com a outra mão segurava o queixo dele, sem se importar se aquilo machucaria Fred ou não. Não foi preciso que o outro falasse uma palavra sequer, ele apenas… Sorriu malicioso. E aquilo foi a confirmação, Karlos tinha razão em acusá-lo. Fred foi o culpado. Passaram alguns instantes se fitando, como se a próxima ação fosse decidir a disputa de um século. Entretanto, Fred quebrou o silêncio com uma simples atitude: cuspir na cara do irmão e, em seguida, empurrá-lo para longe.

Karlos: — Desgraçado! — Exclamou o de madeixas castanhas, limpando seu rosto. — Isso não vai ficar assim, Fred, não vai! — Gritou uma última vez, dando uma olhada fatal para seu irmão. Por fim, direcionou-se para a saída da sala.

Secretária: — Eu… quero me desculpar de novo, senhor! — Após a saída de Karlos, a jovem reaparece com as mãos na frente do corpo, apavorada. Mas ele ficou calado, recolhendo aqueles papéis do chão. — Isso não vai acontecer novamente, eu juro!

Fred: — Não vai, mesmo. — Terminou de arrumar os papeis sobre sua mesa. — Porque você está demitida, arrume suas coisas e saia hoje mesmo.

Secretária: — Por favor, não! Preciso muito desse emprego-…

Fred: — VOCÊ ESTÁ SURDA? — Levantou sua cabeça para fitá-la, completamente nervoso. — RUA, AGORA! — Apontou para a saída da sala, vendo a moça derramar lágrimas de seus olhos. — Enquanto você chora, peça para Carla vir à minha sala o mais rápido possível. Agora, suma da minha frente.

Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now