16° CAPÍTULO

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Fiquei pensando: o que o Fred Willson queria?

Estou sentada na minha cadeira, de pernas cruzadas e uma mão no queixo, pensando. Tantas dúvidas rondando os meus pensamentos, mas uma mensagem de celular me tirou dessa situação.

Ah, era Karlos; minha expressão logo mudou.

Ele conseguiu tirar um grande sorriso do meu rosto com aquela mensagem. Enquanto mordiscava os lábios, senti meu coração pulsar e sentir um alívio e um acalmamento no peito. Ah, que desejo de o ver… A cada dia, isso aumentava.

Eu estava tão envolvida e concentrada que nem percebi o outro indivíduo moreno caminhando apressadamente em minha direção. Parou na frente da minha mesa, apoiando com certa força os braços ali, com a intenção de fazer barulho para que eu pudesse perceber sua presença.
Fred: — Sem celulares no expediente, por favor.
Theo: S-Sim, senhor! — Tirei rapidamente o sorriso de minha feição.


Ele me olhou frio, um pouco frio, mas seguiu em frente e foi até o elevador. Fiquei um pouco apreensiva com a postura dele… gélida. Bloqueei a tela do meu celular, guardando-o logo depois.
Apenas vi Fred pegar o elevador, é... Ele parecia muito aborrecido. Mas o que seria o motivo? Hum… Por que não aceitei o seu convite?
Eu não posso me envolver com o meu chefe simplesmente porque ele é meu chefe! Além disso, eu já tenho uma pessoa, alguém que acalma meu coração; e às vezes me deixa completamente boba, mesmo que seja com uma mensagem simples no dia.
É... Acredito que estou apaixonada por Karlos.

Agora, já era de noite. Fiquei ansiosa na varanda de casa, com um longo vestido amarelo, que apenas destacou os traços de minha silhueta. Possuo um corpo bonito, com as coxas grossas, mas sou bem magrinha. Conforme as opiniões da minha mãe, o meu quadril é proveniente da família do meu pai.

Enfim, não demorou muito… Ele chegou. Karlos se aproximou de mim sorridente, pegou em minha mão e, logo depois, me girou. Fiquei meio tímida, mas gostei.

Karlos: — Você é tão… linda. — Disse calmamente e parou de me mover. Ele fixou os olhos em meus olhos e senti sua mão quente tocar minha bochecha. — Nunca vi uma beleza tão extraordinária quanto a sua, e falo sério.

Theo: — Ah, pare com isso. — Fiquei rindo, desviando o olhar para o chão. Mas logo voltei a fitá-lo. — Sua mãe é, sem dúvida, uma das responsáveis pelo seu rosto lindo. — Envolvi um sorriso generoso, beliscando-o de leve na barriga.

Rimos baixo e, em seguida, caminhamos de mãos dadas até o seu gip. Gentilmente, ele abriu a porta do carona para mim. Joguei um fio de cabelo para trás da orelha, meio sem graça, mas logo entrei no carro. Karlos piscou para mim para, logo depois, tomar o seu acento ao meu lado. Ele olhou para mim e mordiscou os lábios, abrindo um sorriso mais atraente.

Ah, a covinha que ele tinha. Tão lindo. Outra vez, eu, toda boba, ri sozinha, por achar aquilo a coisa mais fofa do mundo.

Karlos: — Qual a graça, hein? — Ele desistiu de dar partida no carro.

Theo: — Hum… digamos que covinhas são meu ponto fraco, e as suas são maravilhosas! — Sentindo as maçãs do rosto avermelhadas, desviei o olhar.

Karlos: — Ah, então você se apaixonou pelas minhas covinhas, e não por mim. É isso?

Theo: — N-Não! — Voltei a fitá-lo rapidamente. — C-Claro que n-não…

Karlos: — Relaxa. — Ele riu. — Só estou brincando com você. Contudo, uma vez que você mencionou o assunto, os seus olhos azuis e sua maneira desastrada e descontraída são os meus pontos fracos. Sabia?

Casei Com O Meu Cunhado (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now