Capitulo 02

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TRÊS ANOS ANTES

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TRÊS ANOS ANTES...

Sentada próximo à janela do meu quarto, observo minhas irmãs mais novas brincarem. Vendo as meninas lá fora soltando pipas, meus olhos sobem para imensidão azulada, respiro bem fundo acalmando as batidas do meu coração e sentindo o cheiro de terra fresca, o cheiro das plantas entram pelo meu nariz e não há nada que eu goste mais do que aquele cheiro. Somos em quatro irmãs, Felícia é a mais nova, Flávia tem oito anos e completará nove daqui a poucos meses, Fernanda a mais velha depois de mim está no colégio. Olhando novamente para as meninas rindo de algo bobo entre elas, me pego lembrando de uma conversa que tive com meu pai quando ainda era pequena.




Papai o que são sonhos? — Perguntei sentada na perna do meu pai, enquanto observávamos os pássaros voando na varanda de casa.

—Sonhos, são todos os desejos mais profundos do seu coração e que um dia se tornarão reais. Um dia passarinho, seu sonho se tornará real e você alçará voos tão altos que poderá tocar as nuvens no céu. — Olhando atenta para a pessoa que mais amava no mundo dei um sorrisinho, e me voltei para os pássaros no céu.

—Eu quero realizar todos os meus sonhos papai e quero voar bem alto.

— Você vai filha, basta ter fé, acreditar em si mesma, se esforçar e ser persistente. — Meu pai disse de um jeito doce, passando o dedo indicador na pontinha do meu nariz, fazendo-me rir ao fazer cosquinhas em minha barriga.

Saio dos meus devaneios ao ouvir minha mãe gritar meu nome pela casa.

— Flora, Flora, filha cadê você?

— Estou aqui mãe. — Saio do quarto e indo ao seu encontro.

— Filha, a que horas sai o resultado? — Minha mãe pergunta olhando pra mim de um jeito aflito.

— Não sei mãe, no site dizia que seria daqui a pouco.

— Papai chegou, papai chegou! — Minhas irmãs entram correndo dentro de casa, gritando e dando risada.

— Pai, chegou cedo. — Dou um abraço apertado. Sempre fui muito apegada aos meus pais, eles me ensinaram tudo e me deram tudo que puderam. Filha de um padeiro e uma diarista, eu e minhas irmãs nunca tivemos luxo, na verdade, nada nem perto disso, mas nunca nos faltou amor, carinho e compreensão.

— Pedi para seu Mota para sair mais cedo hoje e poder comemorar com vocês o resultado. — Diz estufando o peito e dando um largo sorriso, meu pai é simplesmente o homem mais incrível que conheço.

— Pai, nem sabemos se passei.

— Claro que passou filha, tenho certeza que sim, você se dedicou, se esforçou. Foram horas e horas na biblioteca pública da cidade e dias a fio, fora os dias em que passou enfurnada no seu quarto no meio dos livros. — Dou um sorriso singelo ao meu pai. Sei que ele é quem mais acredita em mim.

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