Os olhos daquela garota, no entanto, correram imediatamente para os espelhos quando ela entrou. Em seguida, eles estavam em todos os pontos cegos. E quando ela foi até a prateleira, ela cuidadosamente ficou sob o ponto cego que havia ali. 

No entanto, Takemichi estava trabalhando na prateleira atrás daquela. As prateleiras eram feitas de metal e eram móveis, pouco profissionais ou industriais, por se tratar de um comércio familiar, assim, havia frestas que permitiam que o que acontecia do outro lado fosse visto. Ela assistiu naquele momento enquanto a garota tocava no saco de absorventes e espremia os lábios, apertando as sobrancelhas como se estivesse tomando uma grande decisão. E então, ela levantou sua mão, a colocou de volta no bolso e se afastou, pronta para ir embora.

Mesmo que houvesse uma mancha na parte traseira de suas calças velhas e surradas. A segunda bandeira vermelha.

O coração de Takemichi doeu e ela havia alcançado a garota antes mesmo de pensar exatamente sobre o que dizer. 

Então ela sorriu e tocou o braço da garota, puxando sua manga suavemente, hesitando quando todo o corpo da outra ficou tenso. "Você...por favor, venha comigo." 

A garota não se moveu. "Por...por favor, me deixe ir. Eu juro, eu realmente n-não peguei nada." 

Takemichi sentiu seus olhos queimarem e seu lábio inferior tremer, mas ela persistentemente a segurou e permaneceu sorrindo. "Eu sei que você não. Eu não vou fazer nada, apenas...por favor?"

Takuya costumava dizer que Takemichi tinha os piores olhos do mundo. Ela conseguiria o que quisesse se soubesse como usá-los corretamente. Takemichi, no entanto, achava isso horrível, ela não desejava ser uma pessoa manipuladora e nem gostaria de obter coisas apenas porque era bonita. O que ela obtivesse deveria ser obtido com seu próprio esforço e determinação. Então, desde que ele disse aquilo, ela deu seu melhor para não usar os olhos.

Isto é, a menos que fosse realmente importante, como fazer Akkun lhe deixar comer a última fatia de pizza ou obrigar Makoto a deixá-la fazer curativos nele. Ou agora, quando ela precisava que essa garota a seguisse, porque seu coração não estaria em paz caso ela não o fizesse. 

Felizmente, Takuya estava certo. Seus olhos eram armas perigosas. A garota levantou a cabeça para encará-la, revelando um rosto bonito, mas maltratado pela desnutrição, olheiras e hematomas. Ela desviou o olhar logo em seguida, mas seus ombros relaxaram um pouco. 

"C-Certo." 

Takemichi sorriu, satisfeita e a guiou até os fundos da loja. Akashi-san as viu passando pelo caixa, mas apesar de erguer uma sobrancelha, ela não disse uma única palavra contra, o que fez Takemichi adorá-la ainda mais. Akashi-san era uma mulher rígida, mas com um coração mole e gentil. Ela era incrível, embora um pouco tsundere.

Na verdade, foi ela quem ofereceu a Takemichi um emprego. Akashi-san era velha e mantinha contato com os outros idosos do bairro, naturalmente ela sabia quem era Takemichi. Além disso, Takemichi muitas vezes vinha até seu mercado, as coisas ali não eram as mais variadas, mas eram baratas e muito úteis de imediato, então às vezes Takemichi saia do mercadinho carregando pacotes e mais pacotes de macarrão instantâneo quando a dinheiro estava em falta.

Akashi-san provavelmente sentiu pena dela, mas um dia, ela simplesmente perguntou se Takemichi queria o trabalho. Os termos eram bastante simples, Takemichi não tinha que vir todos os dias, pois seria paga por horas trabalhadas no final de cada turno. Ela tinha permissão para faltar caso tivesse que acordar mais cedo no dia seguinte. As únicas condições de Akashi-san, era que ela continuasse estudando e ficasse longe do caixa eletrônico. 

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