.. :: fogo em brasa :: ..

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"Vocês querem ouvir algo estupido?" Takemichi disse um dia, sentada entre a pequena gangue juvenil de Mizo no metrô de Shibuya.

Seus grandes olhos azuis estavam brilhando e Akkun imediatamente sentiu um arrepio com a visão enquanto sua respiração ficava presa no peito, praticamente sentindo-se tremer em antecipação às palavras da Hanagaki.

Takemichi foi uma adição estranha ao grupo deles. Bem, talvez nem tanto; ela não se importava de ouvir Makoto falar sobre suas revistas porno e ouviu com atenção tudo que Kazushi tagarelava, fosse as fofocas sobre seus vizinhos ou novas informações sobre gangues. Ela deixava Akkun fazer seu cabelo e acompanhava Takuya a enfermaria sempre que ele se sentia mal.

Ela era quase um cara e esse era o único problema com Take-chan. Ela era uma garota, obviamente não podia fazer parte de sua pequena gangue de garotos. O que significava que ela não participava de suas lutas, embora fosse a única a fazer os curativos neles.

Na maior parte do tempo, a bela Hanagaki estava sempre sendo seguida por quatro idiotas cheios de curativos e hematomas enquanto ela própria parecia pequena e frágil. Então, sim, ela era uma adição muito estranha ao seu grupo de amigos.

A culpa era naturalmente de Takuya. Ele estava grudado naquela garota desde que ambos se entendiam por gente, eram praticamente irmãos e não havia nada que Takuya pudesse negar ou esconder de Takemichi. Assim, no momento em que ele a viu sentada sozinha durante os intervalos do fundamental, Takuya a arrastou para se juntar a eles, praticamente obrigando todos eles a simplesmente aceitarem sua irmãzinha no grupo sem nenhuma objeção.

Takuya não podia dar um soco para salvar sua vida, mas podia ser muito aterrorizante quando irritado. Ninguém queria irritar Takuya, então Takemichi foi aceita no grupo sem problemas.

E embora eles tenham aceitado passivamente a adição estrangeira, não havia muito entusiasmo nisso.

Isto é, até que Takemichi simplesmente sorriu parecendo o sol encarnado e declarou que eles deveriam dominar Tokyo juntos. Akkun era muito novo para entender o que realmente aconteceu naquela época, mas mesmo agora, ele ainda não podia decifrar o que aconteceu ali, naquela mesa de refeitório no playground do fundamental.

Fosse o que fosse, era especial. Hanagaki Takemichi era especial.

Ela simplesmente derreteu sobre eles e os prendeu como cola, se tornando a rainha de seus corações. A irmã que eles simplesmente adquiriram no meio do caminho e que não trocariam por nada.

Para Makoto, entre Takemichi e um cara, não havia diferença. Para Kazushi, ela era a parceira de fofocas e sua ouvinte mais fiel. Para Takuya, ela era o mundo.

Para Akkun, ela era uma pequena heroína.

Ela tinha essa aura nela, pousando delicadamente sobre sua cabeça como um véu de cetim, mas envolvendo seus ombros como uma capa pesada. Ela era corajosa e determinada, extremamente leal e feroz.

Akkun a respeitou e admirou, ele respeitou e admirou aquele brilho determinado e decidido em seus olhos. Porque ele sempre vinha acompanhado de palavras inspiradoras e surpreendentes, desde que eles eram apenas um bando de pirralhos do fundamental.

Assim, quando ela perguntou se eles 'queriam ouvir algo estupido', Akkun imediatamente colocou seus olhos nela. Tal como Makoto, Kazushi e Takuya.

As estupidezes de Takemichi geralmente soavam como palavras geniais em seus ouvidos, então eles ansiosamente esperaram pelo que ela diria.

"Eu quero minha própria gangue. Uma cheia de garotas." Takemichi declarou, apertando as mãos em punho sobre seu colo, apertando o tecido da saia do uniforme escolar.

Desta vez, no entanto, suas palavras não trouxeram risadas ou zumbidos de concordância e nem olhares de admiração. Trouxe silêncio.

Akkun desviou o olhar para o teto, se re-encostando na parede encardida da plataforma de metrô. Ele suspirou e fechou os olhos. Involuntariamente, a imagem de Taka-chan num uniforme de gangue surgiu em sua mente. Era vermelho, um tokko fuku vermelho e justo. A parte superior estava aberta e bandagens ocultavam os seios de Takemichi, enquanto um grande casaco vermelho vinho repousava sobre seus ombros. Ela tinha a mão esquerda enfiada no bolso enquanto a direita segurava o mastro de uma enorme bandeira vermelho sangue no topo de uma escada.

Abaixo dela, dezenas de outras garotas sem rosto se vestiam de forma semelhante e estavam curvadas em ângulos de noventa graus. Akkun podia praticamente ouvir o rugido da multidão gritando ' Bom trabalho, presidente' para a figura orgulhosa de Hanagaki Takemichi.

...não combinava com ela.

Era como ver, ou imaginar, uma criança brincando de se vestir. Usando roupas que não faziam seu estilo, interpretando um papel inadequado que simplesmente não se encaixava.

E ainda assim, os olhos de Takemichi brilhavam como se, apesar de estar os dizendo isso agora, ela não estava especulando ou pedindo opinião ou permissão. Ela estava, gentilmente, os comunicando de um fato.

Takemichi já havia se decidido.

E uma vez que Takemichi decidia alguma coisa, não havia como voltar atrás, porque as palavras da rainha de seus corações eram leis. E mesmo que não fossem, Hanagaki era teimosa demais para fazer qualquer coisa além do que ela havia decidido fazer. Ninguém, nem mesmo Takuya, poderia impedi-la ou convencê-la do contrário.

Todos eles quatro aprenderam cedo que, se você não pode parar Takemichi, sua única opção é segui-la.

Hanagaki Takemichi costumava acertar enquanto o metal ainda estava quente, em brasa, ela não deixava as oportunidades passarem. Selando suas decisões brilhantes e ensolaradas com queimaduras incandescentes.

Mas Taka-chan era uma garota e não podia fazer parte de sua pequena gangue de caras. Nada mais justo do que dar a ela sua própria gangue de garotas então.

"Okay." Akkun disse, embora fosse inútil.

Takuya também suspirou e olhou para sua irmãzinha da forma mais indulgente que um garoto do ensino médio podia. "O que você precisa que façamos?"



ㅡ : notas : ㅡ

Isso não está e provavelmente não será revisado, porque eu sou preguiçosa assim :)

Eu atualmente tenha duas novas obsessões: Hanagaki Takemichi e gangues sukeban, então acho que ainda não preciso explicar o porque dessa história existir, certo? Além disso, fem Takemichi é fofa. :D

E embora eu meio que não goste muito de ocs em aus assim, serei obrigada a adicionar algumas menimas aqui, porqiue a gangue de Michi não vai se fazer sozinha e tkr precisa de mais garotas fodonas ~.

Eu poderia dizer que isso se passa alguns meses antes dos Cinco de Mizo tomarem uma surra pra sub divisão do Kiyomasa, porque preciso de muita preparação mental antes de ter que escrever aquele filho da puta e consequentemente ter que lidar com Mikey e Draken, que eu ainda não descobri como escrever de forma satisfatória.

E, claro, isso se passa numa linha alternativa, Takemichi não viaja no tempo e realmente tem apenas suas idade e, por enquanto, não tem ideia da bagunça que pode se meter. E quando digo 'por enquanto' é porque embora não tenhamos viagem no tempo, não pretendo me livrar totalmente de ter michi-kun correndo por ai para salvar seus amigos. E eu morreria se não acabasse colocando pelo menos um fato meio 'fantasioso' nessa história, porque eu sou idiota desse jeito mesmo.

Quanto aos shipps, obviamente vamos começar com o takehina de sempre mas não sei se quero manter esse relacionamento, eu o acho lindo mas meu coração está em takemichi/touman boys, mas fora isso, não sei exatamente qual shipp deveria ser endgame. Eu amo todos, posso simplesmente fazer disso um harém e evitar a dor de cabeça.

Além do maia, eu mereço um prêmio de pessoa mais paciente do planeta. Deus sabe quantas vezes errei os pronomes de takemichi.

Isso é tudo, por enquanto. Se alguém realmente está lendo isso, claro. De qualquer forma, obrigado por chegar até aqui!

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