Vingt-cinq

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"Minghao, vamos num encontro!", Junhui gritou em minha direção.

Eu estava indo em direção ao meu quarto e me viro, tendo a visão dele no outro lado do corredor.

"O quê?", falo enquanto solto uma risada..

"Você ouviu. Temos permissão para sair hoje à noite. Eu perguntei a eles. Mas algum enfermeiro tem que ir junto. Graças à Deus vai ser o Jisoo"

"Pra onde vamos?", eu estava um tanto curioso.

"Pera, então isso é um sim?", ele disse, abrindo um grande sorriso.

"Você nem me perguntou, foi uma intimação", sorrio mais ainda

"Você tem razão. Me encontra aqui depois da janta", ele disse e foi para o seu quarto. Era nítido que ele estava tentando esconder sua animação.

Um pequeno sorriso involuntariamente apareceu em meu rosto.

Antes que eu terminasse de fechar a porta, Chan começou a falar sem tirar os olhos de seu livro.

"Finalmente. Ele estava enchendo nosso saco falando que nunca teria coragem de te chamar pra sair", ele suspira.

...

Ele voltou há três dias. Eu o vi sentado na minha cama encarando a parede. Quando entrei no quarto ele nem olhou pra mim, mas eu pude ver pelo lado visível de seu rosto o quão ele se sentia envergonhado.

"Não precisa ter vergonha. Você não tem culpa. Você não conseguia controlar seu corpo na hora. Não deixe de falar comigo, mesmo que eu tenha problemas também. É melhor do que guardar tudo pra você e acabar tentando fazer uma coisa desse nível", termino de falar e me sento ao seu lado.

Ele me encarou. Seus olhos estavam vermelhos de tanto segurar o choro.

"Obrigado", ele sussurrou enquanto me abraçava e escondia seu rosto em meu ombro.

Faço cafuné e tento acalmá-lo dizendo que está tudo bem, pois não sei muito bem o que dizer para confortá-lo.

Seu rosto ainda estava escondido quando ele começou a falar.

"Você é como o irmão mais velho que eu nunca tive, Hao. Eu sempre fui o mais velho na minha família, tinha que cuidar de todo mundo... Mas ninguém estava lá pra cuidar de mim. Obrigado por ser tão importante pra mim", ele termina de falar e eu sinto minha visão embaçar por conta das lágrimas.

"Eu nunca tive irmãos... mas sinto muito feliz em ter você. Você seria um irmão incrível", falo e seco minhas lágrimas antes que elas pudessem cair mais.

Fomos nos acalmando aos poucos e Chan levanta para ir ao banheiro quando Soonyoung e Junhui entram no quarto.

"Meu garotinho!" Soonyoung fala assim que encontra Chan e o abraça fazendo com que ele caia no choro novamente.

"Você não odiava quando ele te chamava por esse apelido?", disse Junhui enquanto bagunçava o cabelo do Chan.

"Eu senti muita falta dele", Chan disse e riu.

"E de mim?" Junhui rebate com um olhar de falsa raiva.

"Não"

"O quê?!"

"Eu só estava brincando, hyung", ele disse e riu.

"Seu pestinha", Junhui riu junto enquanto o abraçava.

Ala 11 ; [junhao]Where stories live. Discover now