15 de fevereiro de 2012 - quarta-feira

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Manhã... quase madrugada: Droga. Acho que descobri o lado ruim de ter várias roupas para se usar: é que você gasta horas e horas para poder escolher uma, pois que usar todas e não pode. Tem que usar uma de cada vez.

Depois de quase uma hora só escolhendo minha roupa, acabei de optar por um vestido de tecido leve e ondulado cor verde-lodo. A peça ficava a cima dos joelhos o que realçava minha pele branca ao deixar de fora também meus braços. Parecia que eu vestia nuvens não uma roupa. Ele era elegante, provocador e sério. Nunca pensei que um vestido poderia ser tudo isso. Também usei um cinto grosso marrom e um longo colar (acho que esses acessórios me agradam muito) e pulseiras no braço esquerdo. E claro, não podia faltar o salto.

Hoje no trabalho tive uma surpresa mega boa: ganhei um aparelho celular muito moderno. Um modelo que eu jamais pensei que teria no momento. E a melhor parte: eu jamais precisaria me preocupar com créditos, pois era pós e era a empresa que pagaria. Estou amando tudo isso. Só espero não estar me tornando fútil nem escrava de tais consumos, até que eu possa pagar por tudo isso por conta própria.

E hoje, Serena não estava na empresa. Viajou para o Rio.

Noite: Recusei de novo o convite dos meninos do barzinho. Será que eles vão todos os dias?

Em casa, entrei na internet. Várias meninas estavam online. Só depois que fui me lembrar que, no início do mês, eu tive uma recaída e adicionei várias delas daquele deplorável chat online.

"Oi, tdo bem? Vc tc de onde e curte o quê?", subiu uma janelinha de uma menina chamada Jéssica, com uma mensagem embaixo de seu nome escrito "faça acontecer que eu faço valer a pena".

Aff! A menina era só clichês de frases velhas. Sem falar que meu sangue ferve com esse povo de internet. Sempre as mesmas perguntas: De onde? Idade? Curte o quê? Que saco, não há mais criatividade no mundo? Eu a ignorei e depois de alguns minutos percebo que era ficou offline. Provavelmente me excluiu pela falta de resposta minha. Eu, como sempre fiz, não a excluiu, deixei fazer parte da minha lista de mais de mil contatos.

Depois, uma tal de Ana Paula me chama na conversa instantânea.

"Oi, afim de cam?".

Não, não, não e não. Cam? Para que merda de cam? Para você ficar nua em frente a uma câmera e ver a outra pessoa também nua e ficar só se masturbando com uma boba? Definitivamente não. Não gosto de passar vontade. Se for pra inventar de fazer ou ver putaria, que seja de verdade, e bem feita.

"Olha", eu respondi "não gosto de câmera. Só me faz passar vontade. Gosto de verdade. Gozar de verdade, beijar de verdade, tocar de verdade.".

"Então vamos fazer de verdade, oras, ela respondeu.

Ui, fui pega de surpresa agora. De verdade? Com ela? Há quanto tempo eu não marcava um encontro com uma garota, ainda mais de internet. Tenho tanto medo dessas coisas. A rede engana. A pessoa nunca parece com o que é da foto, às vezes nem rola química e fica um clima chato. E, sei lá, marcar com uma pessoa que você nem conhece, só pra fazer sexo, é meio engraçado e bobo. E depois de gozar? O que falar? O que perguntar? Você não é íntimo daquela pessoa para poder ficar abraçadinha depois de um bom sexo.

"De verdade?", eu respondi, deixando de lado toda essa minha filosofia rápida que acabo de ter. "Onde? Quando?"

"Que tal este sábado", ela sugere. "Nos encontramos no shopping, vemos se nos curtimos".

Bem, pelo menos ela propôs um shopping não um motel de cara. Isso agradou um pouco.

"Pra mim tudo bem", eu respondi. Eu já ia sair para dormir, mas ainda fiquei um tempo conectada falando com ela. Queria saber um pouco mais sobre ela, onde morava, o que fazia, idade, ver mais fotos. Acho que sair e me encontrar com uma nova garota me fará bem, já que tudo esta semana parece estar caminhando em ordem.

A Nada Fabulosa História De Uma Solteira 🏳🌈Onde histórias criam vida. Descubra agora