cap 47

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cheryl blossom pov.

quando consegui me acalmar mais um pouco, liguei para verônica e betty avisando-as, elas apenas concordaram e disseram que estavam a caminho. esperei até que as mesmas viessem, e não demorou muito para elas chegarem.

verônica - meu Deus, cerejinha! que história é essa? - perguntou nervosa, se aproximando de mim.

- eu não sei... é só que... iríamos ao mercado, mas aí ela começou a dizer "a bolsa, cheryl, a bolsa", de início eu não entendi, achei que ela estava falando sobre a bolsa dela, então, fui buscar no quarto, só que... - fui interrompida por verônica, que deu uma risada extremamente escandalosa. - cha-cha! isso é sério.

verônica - eu sei, cheryl. é que você é muito lerda.

betty - continua contando, prima.

- então, eu trouxe ela as pressas, e já fazem mais de minutos que ela entrou na sala de parto, até agora não me disseram nada. eu estou preocupada pra caralho. - falei nervosa.

verônica - calma, cerejinha. vai dar tudo certo.

- espera aí, cadê as crianças? - perguntei, após notar que elas não estavam ali.

betty - deixamos eles com polly e hermosa, toni já tinha dito sobre elas antes, e não dava para trazer eles conosco.

- não, vocês estão certas mesmo. - disse, me sentando. - meu Deus, isso está uma demora.

fiquei sentada por alguns minutos e elas se sentaram ao meu lado, ficamos todas nervosas, sem saber ao certo o que fazer, eu sei que se eu fosse tentar entrar lá novamente, eles iriam me barrar, então, eu teria que manter a calma. depois de mais alguns minutos, uma enfermeira veio em nossa direção, com uma cara não muito boa e meu coração já acelerou, eu já vivi isso antes, então, espero não viver de novo.

- o que houve? ela está bem? a minha filha já nasceu? como a minha mulher está? - perguntei desesperadamente.

- olha, senhorita cheryl, não é? - perguntou e eu assenti. - quero que fique calma, aconteceu um problema enorme no meio do parto e infelizmente sua esposa tem mínimas chances de sair ilesa dessa.

- o quê? não! é mentira, né? ela não pode ir embora também, nós vamos ter uma filha, nós... - falei, já em lágrimas.

- senhorita cheryl. peço que mantenha a calma, eu sinto muito mesmo, saiba que estamos fazendo o possível para que ela sobreviva. - falou sorrindo fraco, e saiu.

verônica - cheryl, por favor, fica calma. - falou com uma voz de choro.

betty - ela vai ficar bem, vai ocorrer tudo bem!

não, eu não posso acreditar nisso, toni e eu nos casamos e vamos ter uma filha, nós ainda vamos ser muito felizes, não é possível que aconteça algo com ela, não pode acontecer nada com ela.

- ms.topaz? - a mesma enfermeira de antes, me chamou e eu lhe olhei.

- ela está melhor? - perguntei nervosa.

- infelizmente eu não tenho boas notícias. - disse e eu paralisei. - mas a sua filha nasceu.

- NÃO! por favor, diz que é mentira. - falei chorando. olhei para verônica e betty, que já estavam chorando horrores também.

- você quer ir vê-la? - perguntou.

- claro! eu posso? - perguntei, secando as lágrimas.

- claro, venha comigo. - disse e eu fui atrás da mesma.

entrei na sala e me deixaram sozinha com toni, eu não sei se ela está viva, e também não vi a minha filha ainda.

- Tee-Tee, eu não sei se você pode me ouvir, mas por favor. não me deixa, fica aqui comigo, lembra de quantas coisas boas vivemos. você lembra de quando você estava no pop's com verônica e eu tentei flertar com você? - ri. - lembra de quantas vezes, a gente tinha tentado se beijar, mas não tinha dado certo? e quando eu tentei te pedir em namoro, mas você recusou? ou até quando terminamos e eu fui atrás de você, e ainda por cima, recebi aquele tapa. por favor, fica comigo.. olha, só, eu prometo ser melhor, vamos ser muito felizes, a nossa filha está aqui, Tee-Tee. - disse passando a mão em seu cabelo, e secando algumas lágrimas, que insistiam em cair.

a minha voz ficou trêmula e o choro tomou conta de mim, quando eu não consegui me segurar e senti minhas forças indo completamente embora, comecei a chorar mais ainda, porém senti alguém tocar na minha mão de leve e olhei para toni novamente.

- cher.. você... você está... aí? - sussurrou, com a voz falhando e eu sorri enorme.

graças a Deus! ela está viva, ela voltou para mim!!

- ELA ESTÁ BEM! - gritei e vários médicos vieram em direção à sala. - por favor, me deixem ficar aqui com ela.

- desculpe, mas a senhorita terá que sair. - um enfermeiro disse.

- ok, eu saio, mas por favor, deixem ela comigo. Tee-Tee, eu estou fora te esperando, eu te amo. - sussurrei a última parte, e ela segurou forte a minha mão.

toni - baby... não... não saia de perto... de mim.

- eu posso ficar? por favor, ela quer que eu fique. - pedi e a enfermeira que estava ao lado de toni, apenas assentiu.

- mas coloque essa máscara. - me deu uma máscara branca e eu coloquei.

- amor, vai dar tudo certo, tá bom? eu não vou sair de perto de você. - falei.

eu não tinha estômago para aquilo, não mesmo! a única coisa que eu via, era muito sangue, e os médicos gritando, "ela está perdendo muito", segurei sua mão mais forte e pude ler em seus lábios, ela dizer, "eu te amo, meu amor", me ajoelhei e beijei a sua testa.

- fique comigo.. por favor, fique comigo, fique comigo, fique comigo.. - sussurrei.

- a senhorita realmente vai ter que sair agora. - disse e eu assenti. saí do local chorando e encontrei verônica e betty sentadas.

verônica - ela está melhor?

betty - e aí? ela reagiu?

- eu não sei, eu não sei se ela vai sobreviver. - disse e caí no choro novamente. - ela acordou, mas...

verônica - CHERYL! ela acordou, significa que se ela não perder mais tanto sangue, ela vai conseguir.

antes que eu pudesse responder algo, a enfermeira veio em nossa direção, com um sorriso enorme no rosto, e isso me aliviou um pouco, me levantei e fui até a mesma.

yellow - choni. - parte 2.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora