53_ Príncipe Hawking.

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O aperto no meu peito apenas crescia à medida que o carro andava. Dakota não havia me explicado muito, mas minha mãe detestava hospitais. Então, se ela estava lá, devia ser algo sério, o que apenas aumentava a minha preocupação.

O que me confortava, de certa forma, era que Dakota era e sempre foi muito exagerada com tudo. Uma vez, quando era mais nova, eu cai de bicicleta na frente de casa e falei o joelho. Pela descrição que ela fez pelo telefone para minha mãe que chegou em casa desesperada, parecia que eu tinha quebrado as duas pernas.

Talvez minha mãe não estivesse tão grave, ou talvez sim.

Meus pensamentos estavam em uma confusão imensa enquanto a aflição me tomava. Eu havia pedido para Zack apenas me levar de volta para o centro de NY que eu pegaria um metrô para Albany, mas ele disse que não seria preciso, já que ELE me deixaria em Albany.

ㅡ Você está bem? ㅡ Ele perguntou quebrando o silêncio que predominava no carro desde que saímos do hotel.

ㅡ Eu... ㅡ Olhei para ele. Zack revesava seu olhar na estrada e em mim enquanto parecia extremamente preocupado. ㅡ Eu não sei. Estou tentando ficar. Mas acho que só vou quando olhar para minha mãe.

ㅡ Nós vamos chegar lá já já. ㅡ Ele disse aquilo para me confortar, mas eu soltei uma risada curta e fraca.

ㅡ São duas horas e meia. ㅡ Deitei a cabeça no banco virada para ele.

ㅡ Passa rápido. ㅡ Ele sorriu. ㅡ Por que não dorme um pouco? Você não dormiu muito essa noite. ㅡ Pude sentir o seu tom sarcástico e virei para a janela para evitar que ele visse o meu sorriso envergonhado.

ㅡ Não sei se vou conseguir. ㅡ Encarei a vista da janela. Eu não sabia exatamente onde estávamos, mas já não estávamos apenas em uma estrada, mas em uma cidade. Uma cidade de casas antigas e muita cafeterias. Eu já tinha contado umas cinco.

ㅡ Er... ㅡ Zack resmungou chamando minha atenção para ele. ㅡ Além de uma grande estrela pop mundialmente conhecida, você já teve algum outro sonho quando era mais nova?

Dei um leve sorriso de canto quando entendi. Zack estava apenas tentando evitar que eu ficasse pensando demais na minha mãe e, por consequência, focasse mais preocupada.

ㅡ Já. Mas era bobo... Não precisa ser lembrado. ㅡ Balancei a cabeça rindo.

ㅡ Ah, que isso, nenhum sonho de uma criança pode ser chamado de bobo. ㅡ Ele sorriu para mim. ㅡ Me fala. Qual era o sonho da pequena Lindy?

ㅡ Eu... ㅡ Ri pensando no quanto aquilo era bobo, mas na época parecia tão real e plausível para mim. ㅡ Eu queria ser uma princesa. ㅡ Disse simplesmente dando com os ombros.

ㅡ Ser uma princesa? E isso é um sonho bobo?

ㅡ É claro que é! Como pode não ser bobo? Eu usava vestidos longos, fazia coroa de papel, enfeitava com glitter e fingia morar num castelo. ㅡ Sorri apertando os olhos tentando me lembrar dos detalhes. ㅡ Eu imaginava um castelo bem grande com paredes num tom creme e detalhes em ouro. Tinha um salão de festa bem grande para os bailes reais, um jardim colorido com flores de todos os tipos, quartos e quartos e eu era uma princesa adorável que sempre encantava a todos os príncipes de outros reinos que vinham para os bailes. Eles me cortejavam, me presenteavam, me elogiavam e me bajulavam, mas no fim eu não aceitava o pedido de nenhum pois queria ser Rainha e poder fazer o que eu quiser sem precisar da permissão de um marido Rei idiota. ㅡ Zack começou a rir.

ㅡ Realmente, estava impressionado de ser você até chegar nesse final.

ㅡ Ei! ㅡ Lhe empurrei fraco rindo. ㅡ O que quer dizer? Eu posso ser adorável quando quero.

Lindy e o Rapper de Nova IorqueWhere stories live. Discover now