31_ A minha cor favorita é preto.

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Emma Hills

Sai correndo do banho e atendi o celular que estava tocando na bancada da cozinha.

*chamada*

- Sim? - Falei limpando o shampoo que escorria pela minha testa.

- Emma Hills? - A voz masculina perguntou.

Não, o pau do seu pai.

- Estamos ligando da editora de livros Ferrara. - A voz contou e eu arregalei os olhos.

Eles demoraram quase um mês inteiro pra ligar que eu até considerei virar traficante com o Caden.

Eu prometi pra mim mesma que essa seria a última editora que eu tentaria publicar o meu livro.

- E então? - Sorri esperançosa.

O meu coração estava acelerado e o meu sorriso também era cheio de medo.

Esse é o meu sonho.

- Lamentamos informar que o seu livro foi rejeitado. - Ele falou com a voz robótica.

Senti o meu sorriso fechar lentamente enquanto eu processava a informação, instantaneamente os meus olhos se encheram de lágrimas e a mão que segurava o celular ficou fraca.

Merda.

[...]

Bati na porta mais uma vez respirando fundo e alguém finalmente abriu.

Khoy.

- Emma, você chegou na hora certa. - Ele me puxou pra dentro da casa. - Como que você coloca um absorvente?

- Por que você quer saber isso? - Perguntei desconfiada.

- A Genoveva sugeriu que eu deveria usar um e que é confortável para as minhas bolas. - O Khoy explicou.

Ele me entregou um absorvente rosa e eu encarei ele ainda em choque.

- Você pode colocar pra mim? - Ele pediu.

- Nem fudendo que eu enfio esse absorvente no seu pau. - Soltei com um sorriso desacreditado.

- Você é tóxica. - Ele arrancou o absorvente da minha mão e saiu andando pelo corredor.

Fiquei parada no meio da sala, ainda processando o ocorrido anterior e depois neguei com a cabeça lembrando o porquê de eu estar aqui.

Eu fui até o quarto do Caden e notei que a porta estava entreaberta, dei uma leve batida na mesma, e entrei, encontrando o Caden sentado na cama com uma das janelas um pouco aberta, enquanto ele enrolava alguma coisa.

Ele usava uma regata branca e uma calça preta.

Ele me encarou com as sobrancelhas juntas, descendo o olhar pelo meu vestido branco antes de abrir um sorriso.

- Oi, meu amor. - Ele falou voltando a sua atenção para o que estava fazendo.

Eu caminhei até a sua cama em silêncio e me sentei do seu lado, vendo ele acender aquilo que tinha acabado de enrolar.

- Eu posso? - Pedi curiosa.

- Não. - Ele fechou o sorriso.

- Mas você usa... - Argumentei.

- E é exatamente por isso que eu não vou te deixar usar. - Ele explicou.

Eu fiquei em silêncio e o Caden me encarou ao mesmo tempo que levava aquilo até a sua boca.

Eu vou chamar esse negócio estranho de pepino.

- Você pode me abraçar? - Pedi baixinho.

O Caden tirou o pepino da boca e me encarou com a testa franzida, estranhando o meu pedido, mas mesmo assim abriu os braços me convidando.

O Vendedor De DrogasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora