15_ Noivo.

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Emma Hills

- Me lembra de nunca mais entrar no seu carro. - Pedi saindo do carro completamente tonta.

A minha respiração estava ofegante por um motivo que nem eu mesma entendia, o meu coração batia violentamente contra o meu peito e eu tive que me segurar no carro pra não cair.

- Você amou aquilo, admite. - Ele provocou ficando do meu lado e colocando o seu braço sobre a minha cabeça, tirando vantagem de ser mais alto que eu.

O Caden também parecia ofegante, mas menos que eu.

- A gente quase bateu o carro umas 3 vezes e eu tenho certeza que aquela idosa pensou que ia morrer hoje. - Lembrei desacreditada.

- Aquela velha provavelmente já bateu em alguém, então eu não me sinto culpado. - Ele deu de ombros e eu arregalei os olhos.

Eu empurrei o braço dele da minha cabeça e ele me olhou torto.

- Ainda vamos ter que fazer o funeral para aquela barata. - O Caden avisou e eu revirei os olhos.

- Eu já falei que baratas não precisam de funerais. - Reclamei caminhando com ele até a porta da casa do meu avô.

- E eu já falei que você é um monstro! - Ele argumentou e eu ri desacreditada batendo na porta.

O Brendon abriu a porta para a gente alguns segundos depois e fez uma cara feia pra mim.

- Ninguém liga. - Falei empurrando ele e entrando com o Caden.

Dentro da casa, a minha avó me empurrou e recebeu o Caden com um abraço. Depois da minha avó, o meu avô apertou as mãos do Caden como se eles fossem amigos por décadas.

- Eu não recebo um abraço? - Perguntei com um sorriso confuso no rosto.

- Não. - A minha avó respondeu rápido enquanto arrumava o cabelo do Caden.

- Deve ser péssimo não ser mais a preferida, não é? - Ouvi o meu irmão comentar atrás de mim com os braços cruzados.

- Calado. - Eu falei com ódio mas ainda mantendo o meu sorriso simpático no rosto.

O Caden entregou o presente que ele carregava para a minha avó e ela abriu um sorriso admirado.

- Finalmente a Emma arranjou alguém que preste, aquele tal de Luan Santana não servia pra nada. - A minha vó falou segurando o presente com carinho.

- O nome dele é Ruan. - Eu corrigi entrando na conversa nervosamente.

- Ninguém liga para aquele fudido. - A minha avó insultou e eu arregalei os olhos.

- Mãe. -  O meu pai apareceu repreendendo a minha avó e ela deu de ombros.

- Eu apenas falei a verdade. - Ela se defendeu e eu ri.

A minha mãe apareceu atrás do meu pai e depositou um beijo na bochecha dele com carinho.

- Mas agora me fala meu querido, você vai querer quantos casacos de natal? Eu to aprendendo a fazer tricô e dei tudo que deu errado pro Brendon, mas pra você eu vou fazer com carinho. - A minha avó se ofereceu jogando charme.

- Não importa a quantidade, qualquer coisa que vier da senhora vai ser mais que perfeito. - O Caden respondeu com um sorriso e eu revirei os olhos.

- Sim, sim. O meu namorado é realmente muito incrível, mas eu sou mais legal. - Sorri passando o braço em volta do ombro da minha avó.

- Como assim namorado? - O meu tio surdo apareceu na sala.

- Como que você escutou? - O meu irmão perguntou confuso.

Eu vi o meu tio arregalar os olhos e se jogar no chão com cuidado pra fingir desmaio.

- Não era noivo? - A minha avó perguntou confusa.

- Eu pensei que eles já estivessem casados. - O meu avô acrescentou.

- Na verdade, a Emma só tá grávida. - O meu irmão soltou.

Eu dei um tapa na cara dele fazendo o mesmo bater a cabeça na parede.

- Falta pouquinho para o jantar estar pronto. - A minha avó falou puxando o Caden para a cozinha e eu segui eles enquanto xingava o Caden na minha mente.

Tinham se passado alguns minutos desde que já estávamos na cozinha. Eu estava bebendo o meu chocolate quente enquanto estava sentada na bancada da cozinha, e o Caden estava de pé do meu lado conversando com a minha família.

Senti o Caden puxar a minha caneca e beber o resto de chocolate quente que tinha na mesma.

Eu encarei ele em choque antes de depositar 2 tapas no topo da cabeça dele.

- Ô, sogro do meu coração, a tua filha tá me agredindo. - O Caden contou.

Ele estava segurando a minha mão pra eu não conseguir bater mais vezes nele.

- Bate mais pra ver se ele deixa de ser otário. - O meu pai falou com ódio.

- Eu já falei que na próxima vez eu compro um presente pro senhor também. - O Caden se defendeu.

Eu depositei outro tapa no Caden, só que dessa vez foi no pescoço, o que fez ele me olhar com os olhos arregalados.

- Isso daqui não é crime? Vocês são policiais e tão vendo ela me agredir. - O Caden reclamou.

- O relacionamento nunca dura quando tem agressão. - O meu tio surdo soltou.

- O seu avô nunca bateu em mim. - A minha avó falou com orgulho.

- Já bati sim. - O meu avô soltou com uma risada safada enquanto olhava com malícia para a minha avó.

Isso é algo que eu realmente gostaria de apagar da minha memória...

continua...

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qnd tiver 9999 comentários eu posto o cap da treta ainda hj

O Vendedor De DrogasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora