Em um reino onde qualquer pessoa considerada herege é caçada e queimada viva, Jeon Jungkook um ômega e bruxo que trabalha na ferraria de seu pai encantando todos os objetos que ele cria, se vê dentro do castelo depois de uma proposta do rei, cercado...
Ainda temos alguém vivo depois do último capítulo? Se sim, se preparem pois esse está pior!
Brincadeiras a parte, eu queria lembrar que isso NÃO É UMA SAD FIC, temos momentos tensos mas garanto que vai acabar tudo bem kkkk
*Ps: Recomendo fazer a leitura da última parte do capítulo com a música da mídia, vale dar uma olhadinha na letra também porque nada está aqui por acaso!
Boa leitura!♡
#Amaldiçãodopríncipe
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Medo.
Foram poucas as vezes em que Jimin sentiu medo, a maioria quando ainda era um filhote. Medo do escuro, medo de ficar sozinho, medo da floresta, medo do seu primeiro cio, medo da morte.
Ele era um príncipe, afinal. O único herdeiro direto do maior reino da Ásia. Era impossível contar todas as pessoas que amariam receber a sua cabeça em uma bandeja de prata. A morte o rondava, andando atrás dele desde o seus primeiros segundos de vida. Como uma brisa gelada que sopra a sua nunca e te faz saltar do lugar, ela podia vir de um prato de comida envenenado, de um companheiro de caça com uma faca pouco afiada, de um criado mal intencionado que o pegaria desprevenido durante um banho quente e relaxante ou de uma bruxa com sede de vingança.
Quando o príncipe viu o corpo falecido de seu pai ainda escorrendo sangue fresco, medo foi a primeira coisa que sentiu e, quando ele acordou horas depois, acorrentado no canto do seu próprio quarto, o sentimento ainda estava ali.
O alfa piscava lentamente, se esforçando para tentar manter um raciocínio lógico, mas algum tipo de barreira o impedia.
Graças ao medo de antes, seu lobo havia tomado toda a sua consciência como uma forma de proteção ao corpo humano, agora ele rosnava e se debatia nas correntes em uma falha tentativa de se soltar.
Ele repetia e repetia as mesmas palavras incessantemente, os olhos brilhando em um dourado quase laranja iluminaram o quarto escuro quando a noite chegou e com a manhã a situação não mudou, ele suava e rosnava sozinho.
Agora seus pulsos presos nas algemas de ferro pesado estavam banhados de sangue e o cansaço era claro em seu rosto pálido.
— Alfa? Alfa acorde! — Uma voz doce soou como se estivesse a metros de distância, ecoando nos ouvidos do lobo, que abriu os olhos cansados e nem foi preciso esperar sua visão focar na figura a sua frente para ele saber quem era, apenas aquele cheiro de laranjeiras já era o suficiente para fazer o lobo borbulhar de raiva.
Ele avançou na mulher agachada a sua frente, rosnando mais alto enquanto seu próprio sangue manchava os caninos que perfuravam o lábio grosso.
— Jimin! Sou eu! — Ji-Eun tentou mais uma vez, aumentando seu aroma para tentar controlar o lobo, que avançou mais uma vez, fazendo a ômega pular para trás e bater a cabeça no pé da cama grande.
