6- Abre a porta

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Depois de mais de um mês aqui estou eu de volta aeeeeeee

Prometo não sumir por tanto tempo assim de novo aqui
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Heejin POV

O clima entre Jiwoo e Yves estava horrível hoje mais cedo, mas não achei que acabaria dando em briga.

Eu tive que dispensar todos daqui desse andar porque elas estavam gritando uma com a outra e tinha muitas pessoas curiosas escutando. Zé povinho é foda. Tá, que talvez eu também seja e estivesse no meio tentando escutar, mas quando eu vi Miyeon sair eu me toquei que era errado continuar e não fiquei ali, diferente dos outros.

Depois de dispensar todos, eu fui para minha sala e fiquei trabalhando em um projeto para o futuro produto da empresa. Eu precisava conversar com Yves sobre isso, ela precisava aprovar e ver se precisava mudar algo, mas do jeito que hoje estava indo duvido que irei conseguir falar sobre isso com ela.

— Heejin - Levo um susto com a porta da minha sala sendo aberta com tudo e pela voz de choro que soou - Você poderia ir na sala da Yves ver como ela está e ficar um pouco com ela? - Jiwoo pergunta limpando o rosto.

— Ei, o que aconteceu? - Pergunto como se não soubesse que a pouco ela estava discutindo com Yves.

— Não dá para falar agora, eu preciso sair daqui. Eu só vim aqui mesmo porque precisava te pedir isso, Yves não pode ficar sozinha quando está assim… - Ela limpa os olhos novamente e respira fundo - Então, você pode ir ver como ela está?

— É claro que eu posso, só vou pegar uma água para você - Falo me levantando.

— Não precisa! Só vai logo lá para a sala dela, ela estava respirando com dificuldade, tenho medo dela estar tendo uma crise de ansiedade.

Agora estou preocupada, deve ter sido sério mesmo.

— Eu vou para lá agora - Fico na frente de Jiwoo - Você vai ficar bem?

— Não, mas Yves precisa mais de alguém agora, ela não sabe controlar o que sente e vem tudo muito forte para ela. Não precisa se preocupar comigo, eu sei me resolver sozinha. - Após sua fala, Jiwoo segurou em minha mão e me puxou para fora da minha sala. Ela me guiou até metade do caminho e depois saiu rápidamente me deixando sozinha ali, no começo do corredor que levava para a sala de Yves. Respirei fundo e terminei de andar até a porta da sala dela e bati hesitantemente, esperei um pouco e nenhuma mínima resposta veio.

Bati novamente e nada de novo.

Para evitar ser ignorada novamente, na terceira vez tentei abrir a porta, mas para minha preocupação estava trancada.

— Yves? Pode abrir? - Nenhuma resposta - Eu sei que você está aí dentro! Eu quero te ajudar... - Coloco meu ouvido na porta para ver se consigo escutar algo, mas não consigo, estava tudo em completo silêncio.

Jiwoo falou que Yves pode estar tendo uma crise de ansiedade, eu já presenciei ela tendo uma quando éramos adolescentes e não gosto nem de lembrar, mas às vezes as memórias simplesmente vem sem que conseguimos controlar...

Ela tinha por volta dos 13 anos, estávamos na casa de campo da família dela. Naquele dia Yves estava muito agitada, ela não parava quieta de jeito nenhum, estava sendo difícil até para eu acompanhar. Yves sempre foi agitada, mas naquele dia, ela realmente estava impossível. Teve uma hora que ela acabou caindo de uma árvore - essa que ela tinha ficado fascinada desde quando chegamos -, e depois de seu tombo, o pai dela passou o resto do dia todinho brigando com ela.

Na hora de dormir nós dividimos o mesmo quarto e foi quando começou.

Eu estava prestes a dormir e escutei uma porta batendo, era a porta do guarda roupa que havia no quarto, eu olhei para a cama de Yves e ela não estava ali, então presumi que tinha sido ela a entrar no guarda roupa. Naquela época eu era criança, tinha 9 anos, na minha cabeça ela estava brincando de esconde-esconde comigo, foi uma enorme surpresa quando abri o guarda roupa dando risada e vi ela chorando, tremendo e arranhando um pouco seus braços... Eu tentei acalmar ela, mas não estava conseguindo, Yves estava ficando pálida e suando muito, eu tinha me apavorado com aquilo e falei que ia chamar ajuda, mas então ela segurou bem forte em minha mão e se encolheu mais ainda. Acho que ela fez aquilo para eu não sair correndo… Mas enfim, mesmo apavorada eu fiquei fazendo cafuné nos cabelos dela até ela ficar calma.

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