Cap. 25 - Date

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Maratona: 3/3
                 
                 Josh Beauchamp

Dois meses foram o suficiente para eu perceber o quanto o tempo é precioso. Nunca deixe o seu amor fugir, sumir de vista. O arrependimento virá interrompendo o seu sono todos os dias, eternamente.

Comecarei novamente, tentando dessa vez fazer tudo fluir da forma certa, sem medo. Eu e Any temos os nossos destinos traçados, depois de tudo o que passamos para finalmente admitirmos gostar um do outro, essa é a única opção plausível para mim.

A chamei para jantar, iremos à um restaurante e eu pretendo traçar nossas vidas de uma vez por todas essa noite.

Sua preocupação é evidente, Any não faz ideia do que vou fazer ou para onde vou levá-la. Deixei que ela escolhesse qualquer roupa para me acompanhar. Ela não precisa de esforço algum para impressionar a todos, sua beleza já o faz. Para isso não é preciso um vestido de gala extremamente caro, um penteado exuberante ou um corset espremendo suas costelas. Qualquer fiapo de pano conseguiria torná-la perfeita.

Estou nervoso, não vou mentir. Pensei em escrever algo, para ter uma idéia do que vou falar, mas entrei no consenso de que as palavras têm de ser honestas, eu vou saber o que falar quando chegar o momento. Eu espero.

Novamente pego a caixinha com os anéis, a lua e o sol. Já passei longos minutos os admirando, mal posso esperar para ver o belo utensílio dourado nos pequenos dedos da Any.

Abro a pequena gaveta ao lado da minha cama e passo meus olhos algumas fotos que tenho dos meus pais, mas foco em apenas uma foto, nessa por si só, não sei quem é o rapaz que está ao lado da minha mãe, chuto ser algum colega. O seu sorriso é tão largo nessa fotografia, ela estava tão feliz.

Eu tenho a total certeza que se Úrsula ainda estivesse aqui, me ajudaria com esse encontro, além de que amaria passar horas conversando com Elly. Ela era uma boa pessoa, de coração puro, todos a invejavam. Não só pela beleza, mas sim pelo carisma.

Any não é muito diferente, sua bondade impressiona-me as vezes, ela consegue sorrir, até nas horas mais improváveis, ato que Úrsula também fizera bastante, se for levar em conta o casamento infeliz com o Ron.

Elas eram parecidas em muitos aspectos, incluindo o gosto por peônias, Any adora essa flor, assim como minha mãe.

A cada hora que passa meu coração acelera mais. A ansiedade me consome por inteiro, já estava quase pronto e ainda falta um tempo significante para o horário marcado. Meu cabelo está um pouco enrolado, formando algumas ondas, estou com um smoking simples, nada muito chamativo.

Noah está na minha cama rindo da minha cara, enquanto rolo os olhos para ele.

Noah: Parece que você vai ir a algum casamento. - Diz rindo.

- Nem gravata eu estou a usar Noah, seu exagero me irrita. - Digo terminando de me ajeitar no espelho.

Noah: Está nervoso? Com o encontro? - Ele questiona já cessando suas risadas.

- Muito, acha que vou saber o que falar, quando chegar a hora?

Noah: Claro que vai, você consegue ser meloso até quando não é para ser, imagino que em um encontro romântico Any saia diabética do restaurante.

- Noah. - O repreendo com uma sobrancelha arqueada. Ele não está ajudando em nada. Se é o que quer fazer.

Noah: Estou brincando. - Rolo os olhos. Claro que vai saber o que falar, você é apaixonado por Any a meses, agora que finalmente a tem, saberá as palavras certas.

A Princesa que não tinha reino| Beauany fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora