Capítulo 11

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Eu não consigo mais olhar para aquele cena. Estava a fazer um esforço para as lagrimas não caírem. Quem era aquela?

Vou em direcção da porta muito rapidamente mas Jack ou lá o nome que ele tenha segue-me.

- Dak, espera porfavor. Ele pede-me.

Eu logo entro no carro.

Ele não me deixa fechar a porta do meu carro segurando-a.

- Tens que me ouvir. Não é nada do que estas a pensar. Ele tenta explicar.

- È melhor ficares com a tua amiga. Espero que ela ao menos saiba o teu nome. Eu cuspo isso e fecho a porta. Arranco rapidamente vendo ele no espelho com as mãos na cabeça aparentemente desesperado.

Nunca me tinha sentido tão traída na minha vida, até Jennifer que era como uma mãe para mim me enganou, mas porque, quem é aquele homem. Comecei a chorar , chorei muito, dói muito. Eu gosta a presença dele, mas principalmente do que ele me fazia sentir. E agora eu descobre que nem o nome dele sei. Nunca imaginei que fosse doer tanto.

Chego a casa tentando me fazer de forte. Logo vejo Jennifer ao telefone. Mal me vê e desliga o telefone.

- Estava a falar com o seu amiguinho. Eu cuspo. Jennifer se surpreende um pouco com as minhas palavras.

- Dakota, precisa ouvi-lo. Ele pede logo sua cara é de tristeza.

- Como você foi capaz de me mentir assim. Eu digo exaltada.

- Eu só permiti o vosso relacionamento desde o inicio porque ele me jurou que lhe iria contar tudo.

Então ela sempre soube de tudo.

- Eu não acredito em mais nada. Eu digo subindo para o meu quarto chorando.

Passei um noite horrível, desliguei o meu telemóvel assim que vi uma chamada dele. Chorei a noite toda, sentia também a falta dele e isso fazia me sentir ainda mais mal.Pela manhã Jennifer bateu-me a porta e eu acabei por a deixar entrar. Ela entra com uma bandeja de pequeno almoço na mão.

- Trouxe o pequeno almoço.

Eu esteja esfomeada pois ontem não jantei.

- Não quero nada. Eu digo fria para não dar o braço a torcer.

Jennifer pou-sa a bandeja a senta-se na cama virada para mim.

- Me perdo-a por não lhe ter contado, eu nunca quis mentir-lhe mas isto tudo é a vida dele eu não me posso meter.Ela tenta explicar.

Eu não digo nada. Não sei o que dizer, não sei o que pensar muito menos o que acreditar.

- Ele vai te contar tudo, tu precisas ouvi-lo, pelo menos isso, depois podes nunca mais o ver, mas eu sei que confias em mim, e se eu o perdoei, se eu o estou ajudar que certamente deveria ser a ultima pessoa faze-lo e espero que leves isso em consideração.

- Porque tu devias ser a ultima pessoa a faze-lo? O que ele te fez? Eu pergunto sem perceber nada.

- Não me perguntes isso, tomo o pequeno almoço e vai dar um banho. Ele estará aqui daqui a pouco e vai lhe contar tudo. Eu confio nele, sei que ele esta a falar a verdade, dá para ver no seus olhos que ele é um bom homem. Jennifer diz isso e sai.

Eu não sei o que pensar, ainda me sinto enganada, mas eu realmente posso ouvir o que ele tem para dizer. Depois logo vejo o que faço. Tomo o pequeno almoço e dou um longo banho. Visto um mina saia curta e um top branco e uns sapatos brancos, tento disfarçar as olheira com um pouco de maquiagem. Meu cabelo esta solto com leves ondas. Estou nervosa . ansiosa... O que será que ele tem para me dizer. E aquela loiraça sera , mulher, namorada? Que raiva que eu senti com os meus pensamentos. Respirei fundo e fui ter a sala. Ele já estava lá. Viu de costas de pé e não queria acreditar. Isto seria um ponto de viragem. Ele virou-se para mim e prendi a respiração. Ele estava lindo de morrer, que raiva. Estava com um polo azul marinho e um calça bege e com uns sapatos azuis também, eu nunca o tinha visto vestido assim, não estava muito formal mas estava mais elegante do que o costume. Isso já queria dizer que ele não era um simples jardineiro como eu suspeitava.

- Bom dia Dakota. Ele diz com um sorriso, mas ele esta nervoso.

- Bom dia! Eu digo seria e sento-me no sofá o mais afastada dele possível. Ele senta-se no sofá.

- Primeiro eu queria que me deixa-se dizer tudo e no fim pode dizer o que quiser. Ele diz nervoso. Isso me deixou mais ansiosa, mais curiosa, isto parece bem serio.

- Fale. Eu digo seria. Queria que ele falasse logo.

- Eu sou ... eu sou o Jamie Dornan e tenho 30 anos. Ele começa.

Então o nome dele é Jamie? È estranho mas gostei do nome combina com ele.

- Eu vivia na Itália, o meu pai e Português e a minha mãe é Italiana. Eu nasci em Portugal e estudei cá também , mas aos nove anos fui viver para Itália. Tudo correu bem , eu tinha um amigo aqui em Portugal eu continuei a manter contacto com ele , e aos 18 anos os pais dele morreram, eu tinha 20 anos e estava a começar o meu negocio e disse se ele queria ir para Itália trabalhar comigo. Sempre foi o meu melhor amigo. O meu negocio é compra e venda de animais. Tive-mos tanto sucesso, um dia por acaso eu impedi que mafia italiana vende-se umas aves raras entregando os animais á policial. Aquilo deveria ser um negocio de milhares e milhares de euros.

Jamie fala tudo com calma e com um expressão de dor, como se fosse difícil recordar aquilo. Eu estava muito curiosa para ver onde aquilo iria chegar, tento não demonstrar qualquer tipo de sentimento, mas já estou mais mole com as palavras dele, parece que a minha raiva desaparece á medida que ele fala.

- Eu estava noivo naquela altura, eu gostava bastante dela, mas um dia eu apanhei-a com o meu melhor amigo, foi um choque fiquei fulo com eles, foi uma desilusão. Dois dias depois eles apareceram mortos. È a mafia italiana estava bem perto de todos os meus passos nada melhor que matar as pessoas que eu gostava e depois por as culpas em mim. Ele diz muito serio.

O que? Eu estava em choque, eles mataram a noiva e o melhor amigo dele só para por as culpas nele , por ele ter impedido aquele negocio. Eu estava com os olhos arrega-los, mas eu ainda não tinha percebi o que ele estava fazer em Portugal outra vez.

- Mas o que tem Jennifer haver com tudo? E porque veio para cá? Eu pergunto confusa e chocada.

- O meu melhor amigo era o sobrinho de Jennifer, o José. Ela foi a Itália ao funeral, foi a primeira vez que a vi. Eu já tinha ido a um julgamento mas como não havia provas suficientes não me prenderam. Acabei por contar tudo isto a Jennifer e ao seu outro sobrinho Martin, Martin disse que me ajudaria, e que o que eu tinha que ter mais cuidado por causa da mafia, então Jennifer disse que não tinha dito nada da morta do sobrinho que eu poderia voltar com ela para Portugal e "fingir" ser o seu sobrinho enquanto arranjava provas e me livrava da mafia. E então é isso eu estou aqui á 4 anos, ela ajudou-me me muito só ela , Martin e o meu advogado é que sabem que eu estou aqui.

Se eu disse que estava em choque antes agora eu devo ter entrado em coma ou tido um ataque. Mas quem tinha morrido, o melhor amigo dele era José o sobrinho de Jennifer, eu não fazia ideia.
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