encontro

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Ravena está me esperando na porta do meu quarto pra descemos.

- nota S/n! - ela bate na porta.

- tô indo! - grito, passo meu gloss e saiu.

- uau! - ela fala e dou uma volta.

- arraso, não arraso?- falo rindo.

- vai roubar meus olhares.. 

- meninas vamos! - o mutano grita.

- estamos indo! - falamos juntas.

Descemos e ao todo somos quatro pessoas.

- Uoww, que gostosa! – mutano diz e eu sorrio.

- valeu! - me deparo procurando o Damian.

- podemos ir ? - Jaime pergunta na porta do elevador.

- sim!

Já estava entrando no carro quando uma voz familiar me chama.

– Ela vai comigo. –  Não era o Damian que não saía de casa? Então o que esse demônio está fazendo aqui?

– Você não é caseiro? O que está fazendo indo para uma festa? –Retruco, cruzando meus braços e aguardando sua resposta.

– Estou gostando de coisas novas. – Ele sorri e todos ficam atentos ao nosso diálogo confuso. – Aliás, seu pai falou pra você ficar perto de mim.  - Ravena ri.

– Não preciso que ninguém tome conta de mim, muito menos você.

– Vamos ou não ? – Pergunta, sorrindo.

- vamos!

Andamos pela garagem, parando em frente de uma limusine, eu dou uma crise de riso.

– Não acredito que vamos nesse carro de playboy! – Digo, me acomodando.

– Acredite.

– Não se envolva com o mutano, ele não é garoto para você. – Que diabos ele está falando?

- Quem é garoto para mim? Você? Não me envolvo com caras sem caráter e comprometidos. Agora você pode por favor ir pra festa.

– Tudo bem, vou dar partida, mas não vamos para a festa.

– O que? Você está brincando comigo! – Digo, tentando abrir a porta, mas está completamente travada. Poderia derrubar mais seria meu rim pra pagar.

– Nós estamos indo a um encontro. – Afirma, piscando um olho. – Eu e tu, tu e eu.

– Tudo bem.

– Boa garota! – Sorri e aperta minha bochecha. Conto de um a dez para não dar um soco nesse rostinho... fofo! Fico em silêncio.

Enquanto saímos do prédio, ele coloca uma música eletrônica e fico o observando dirigir.

– Chegamos. – Informa, parando um carro em frente a um restaurante.

Um homem abre a porta e me ajuda a descer do carro gentilmente, enquanto o manobrista pega a chave com ele. Um flash atrai minha atenção.

– O que é isso? – passo as mãos nos olhos irritados - Caralho! Um flash!

– Você tem algum problema em aparecer na mídia? – Pergunta, suspirando frustrado. Que porra é essa?

– Como assim aparecer na mídia, Damian?

– Meu pai é um dos homens mais ricos da cidade e um dos mais intelectuais, esse restaurante é famoso, logo estamos sendo fotografados por paparazzis. – Era tudo que eu precisava!

Ele me pega pela cintura e nos leva até o interior do restaurante sob o clarão de inúmeros flashes, e eu só consigo pensar que amanhã estarei no Ego e no TV Fama! Cara, TV Fama.

– Vamos tomar um vinho? – Propõe.

– Não bebo.

-por que não? – ele só pode tá se fazendo de besta.

- somos de menores e não acho graça em bebidas alcoólicas.

Ele pede uma garrafa de vinho suave, Quando o garçom volta com o vinho, começamos a conversar:

– Eu tenho uma proposta séria, S/N.

– fale.

– S/n, então, quero que a gente continue com isso que está rolando, quero que a gente continue ficando. Eu ia dar um tempo, mas não sou do tipo  que foge das vontades por medo do que está sentindo. Eu quero continuar ficando com você, sem rótulos por enquanto, um dia de cada vez. – Diz logo a que veio. Direto e reto!

– Uau!

– Sim, eu estava confuso, chamei o Alfred para conversar e não estou seguindo os conselhos dela de deixar passar uns dias para entender o que estou sentindo. Eu apenas sinto vontade de estar com você o tempo todo e quero que continuemos. Não é um namoro, mas vou respeitá-la e quero que me respeite. – Não creio no que acabei de ouvir.

O garçom chega com nossa massa, serve nossos pratos e se vai. Então, solto a realidade:

– Eu quero! – Vou logo dizendo - Eu só aceito se formos sermos felizes, sabe?

-  Ok S/n, Então vamos fazer um brinde, agora somos ficantes oficiais. – Diz, levantando sua taça, ele bate sua taça na minha sem responder minha pergunta.

– Você é linda, louca e mimada. Há uma música sobre isso.

– Eu ser assim é ruim? – Pergunto, enquanto como um delicioso canelone de ricota com presunto ao molho branco.

– Nossa, isso está dos deuses!

– Podemos voltar sempre.

– Sobre os paparazzis, o que vamos dizer aos nossos pais caso nossas fotos saiam em algum site de fofoca?

– Vamos dizer a verdade, que estamos nos conhecendo melhor. – Diz, simplesmente. O jeito prático dele é incrível.

Assim que o garçom traz a conta, ele faz questão de pagar, me deixando sem graça. Quando me levanto para sair, ele junta nossas mãos, me surpreendendo. Saímos pela porta de mãos dadas e alguns poucos flashes começam, me deixando ainda mais sem graça.

Damian ri do meu incômodo e, para não socá-lo, finjo simpatia. O ritual da chegada se repete na saída e em poucos minutos estamos longe do restaurante.

– Isso é muito estranho!

– Não é sempre que acontece, Não se preocupe.

Por nossos filhosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora