Renascida Das Cinzas

🌹❦ Capítulo 8 - Visão irreal ❦ 🌹

Estavam lá também o que pareceram os dois garotos dos supermercados eles ainda não tinham mudado de roupa, não entendi a razão deles estarem com as roupas pretas que antes tinham, mas pelo menos já não estavam de óculos escuros ou luvas.

— Querida prima, você sabe que ela é um escudo né — apesar de eu estar longe eu consegui ouvir o garoto que nos tinha aberto a porta dizer para Paula que eu era um escudo e lá estava de novo eu não estava entendo como eu ouvia algo mesmo estando longe.

— Como assim um escudo? — eu perguntei, fiquei curiosa por ouvir que eu era um escudo, isso significa que eu era especial e que acima de tudo não iriam conseguir ler a minha mente aquilo era bom, eu não queria que tivessem pena de mim.

— Como você... — começou o garoto dizendo.

— Sim ela ouviu  — disse a Paula se virando para ele.

— Deixa eu tentar uma coisa — disse ele se aproximando de mim, por um momento pensei se ele iria me tocar tipo usar algum poder como choques ou algo do tipo e ver se me afetava e isso talvez tenha causado um friozinho dentro de mim.

— Como eu pensei, você é especial, acho que você é o que chamam de miráculo... — disse ele após colocar a mão sobre a minha cabeça.

— Você tem a certeza, irmão? — perguntou Paula para ele.

— Sim tenho — respondeu ele e logo continuou — O que nós chamamos de miráculo é uma espécie de poderes múltiplos você pode ter muitos, além de ser um escudo você poderá fazer muito mais.

Uns instantes depois eu me dirigi até á beira de um sofá que tinha naquela sala tentando assimilar tudo o que eu tinha ouvido, talvez eu fosse realmente especial pela primeira vez talvez eu possa fazer algo bom pensei.

Mas logo essa ideia desapareceu e eu percebi que era impossível eu não seria tão sortuda. Não sei explicar o que aconteceu a seguir eu só sei que a minha mente vagueou para outro lugar, era como se eu tivesse visto algo mesmo antes de acontecer, eu vi, sentia tudo como se eu estivesse mesmo lá.

Mas algo em mim simplesmente dizia "não é possível, não é uma visão realista", mas ao mesmo tempo é como se eu estivesse bem como se tudo fizesse sentido e além do mais eu sentisse um amor incondicional crescendo dentro de mim. Mesmo dentro da visão era como se eu própria abanasse a cabeça não acreditando no que tinha visto...

A realidade é que eu não estava a ter consciência de que todos estavam de olhos postos em mim, provavelmente se perguntando o que eu tinha visto. Vocês também estão curiosos né. Mas calma não posso dar tudo assim tem de haver suspense queridos...

Antes mesmo de voltar para terra basicamente eu ouvi uma voz, através da melodia eu sabia que era Paula, senti os braços dela me agarrando quase abanando, ok, talvez não fosse a melhor ideia me abanar, mas foi o que ela fez ela me abanou.

Então quando eu voltei de novo, era como se o meu olhar estivesse vago, mas ao ouvir de novo a voz de Paula dizer ou neste caso perguntar: — Você teve uma visão querida.

Eu respondi:
— Não precisa me chamar querida, sim eu tive.

Sim eu fui meio seca a responder, talvez porque eu não estava acreditando na visão.

— O que você viu? — perguntaram muitas vozes, o que fez a minha cabeça girar um pouco.

— Calma — eu disse tentando me reajustar á realidade.

— Claro, me perdoa, isso deve ter sido desgastante para você. Quer água? — perguntou dessa vez Camila olhando para mim parecendo preocupada.

— Eu estou bem...apenas acho que a visão não é real — eu disse tentando que alguém não me achasse louca.

— As visões sempre mudam, mas se quiser contar o que você viu — disse Paula para mim, parecendo querer saber mais.

Ao longe eu ouvi uma voz diferente, e pela primeira vez eu vi que a voz vinha do garoto que eu tinha visto no jatinho, me admirei ao ouvi-lo falar pela primeira vez coisa que eu já estava começando a acreditar que ele não sabia fazer, ele disse : — Para um humano só duas coisas não são reais, ou híbridos ou lobisomens, pois eles não aparecem em visões.

Numa coisa ele tinha razão... Mas ele não disse apenas isso ele acrescentou também :
— As pessoas ou neste caso humanos seriam idiotas em pensar que as histórias encantadas podiam dar certo ou correr bem e um humano poderia dar origem a um monstro meio humano meio vampiro, sem haver consequências e mesmo que isso passe pela cabeça de alguém nenhum de nós fará tal coisa isso é suicídio!! — da forma que ele disse isso dando ênfase ao humanos e ao falar baixo era estranho parecia que isso estava na minha mente e ele não estava falando diretamente para outras pessoas.

Por um momento pensei se eu estaria lendo a sua mente, algo que eu perguntaria mais tarde a Paula.

Acho que para tentar ou tirar a visão da minha mente ou de certa forma uma dor de cabeça que eu parecia ainda ter, me levantei da ponta do sofá, sem dizer nada e me dirigi até á mulher que era basicamente a mãe da família e ao chegar perto dela eu lhe perguntei — Senhora eu adoro escrever será que era de alguma forma possível eu escrever uma Fanfic sobre o que me aconteceu e está acontecendo agora ? — perguntei isso porque escrever era e é uma das coisas que sempre me ajudou a melhorar a dor de cabeça.

— Por favor, não me chame senhora, desde que não haja problema da parte de nenhum se nós e você alterar os nomes, datas e afim por mim tudo bem força, tenho a certeza que será um best seller querida.

— Muito obrigada — eu lhe disse esboçando um pequeno sorriso e me sentindo bem perto dela.

Claro que eu vi o garoto que eu tinha falado, de cabelo comprido loiro ele era de certa forma musculoso, parecendo um segurança o que me fez lembrar de Emmett, ele se dirigiu até mim e disse baixinho, logo dando uma risadinha — se quiser saber alguns podres me fala eu passo tudo. Não pude deixar de rir com o comentário dele, ele se pareceu "enturmar"comigo. Eu fiquei feliz, mas a realidade é que a minha dor de cabeça não me deixou de verdade ficar super feliz.