🌹❦ Capítulo 6 - Viagem ❦ 🌹

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Quando saímos do carro, nesse instante eu percebi que tanto a garota ruiva como o homem usavam espécies de capuzes na cabeça, algo que eu nem tinha reparado de onde eles tinham aparecido, claro que eles tinham de fazer isso, qualquer pessoa que es...

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Quando saímos do carro, nesse instante eu percebi que tanto a garota ruiva como o homem usavam espécies de capuzes na cabeça, algo que eu nem tinha reparado de onde eles tinham aparecido, claro que eles tinham de fazer isso, qualquer pessoa que estivesse no aeroporto observando a rua e os aviões os veriam brilhar pensei.

Ao observá-los andar até as escadas do avião eu consegui perceber um pequeno brilho vindo dos seus rostos que pareciam demasiado claros, ao subir as escadas, acho que deu um choque de realidade em mim, eu iria estar dentro de algo, nesse caso um avião, algo pequeno com vampiros que podiam nem ser vegetarianos boa eu era inteligente né? Pergunta retórica claro que eu sou gente.

Ao entrar e percorrer um corredor deveras comprido e estreito, vi que eu estava enganada aquele avião não estava vazio, ao andar eu vi o que pareceu ser seis cadeiras ocupadas, lá dentro a roupa que eles trajavam já não era como a do supermercado era uma roupa mais confortável e até normal dos humanos.

Uma dessas pessoas que eu vi no avião, pelo seu tom de pele eu deduzi instintivamente que ela só poderia ser a garota humana, pois a sua pele era um tom mais bronzeado em comparação com os outros. E não só, ao percorrer aquele espaço eu via na cara dos outros "passageiros"uma espécie de irritação em forma de careta, claro que isso também podia se dever à minha presença, a presença de duas humanas era ainda pior.

Caminhei até ela e a mesma parecia de certa forma um pouco assustada e assoberbada(confusa) também, mas logo pus a mão no seu ombro e falei :  — Hey está tudo bem não há motivo para ter medo eles não lhe vão fazer mal — sim apesar de eu não ter certeza disso eu tentei acalmar a pobre coitada.

— Obrigada — disse a garota.
Claro que eu sabia o que tinha acontecido alguém lhe tinha dito que eu tinha basicamente "salvado ela",  meu deus aquilo era tudo o que eu não queria.

— Ah não tem de agradecer querida de verdade, faria por qualquer pessoa — eu disse dando uma leve palmadinha no seu ombro, talvez ter dito que faria por qualquer pessoa não tenha sido a melhor forma de me referir, mas tudo bem.

Fiquei um pouco constrangida, ok eu fazia e ajudava sempre todo o mundo, mas receber os créditos por aquilo era estranho para mim pois eu não sabia como reagir.

— Desculpe, fui eu que lhe falei — disse a garota de cabelo ruivo perto do meu ouvido baixinho me mostrando que eu tinha razão alguém lhe tinha contado.

— Não eu insisto, você me salvou muito obrigada, me chamo Camila, sou jornalista, e como você pode ver acho que a matéria que eu estava investigando é mesmo real eles são... — disse ela, esticando a mão para me cumprimentar, a parte de ser jornalista eu já sabia pois os garotos tinham referido isso, devido à idade dela deduzi que ela fosse uma universitária que de certa forma desconfiava que algum dos colegas era vampiro.

— É eu sei, você é universitária né? — perguntei mesmo quase sabendo a resposta.

— Sim, exatamente, não é fixe haver vampiros na universidade? — perguntou ela, parecia que mal eu tinha chegado lá a expressão de confusa ou até assustada, tinha mudado para uma excentricidade, era óbvio que ela parecia muito feliz. Eu por outro lado achei muito estranho e estar perto dela, quase me fez sentir vontade de vomitar, era excentricismo demais.

Comecei andando, sim eu não a devia ter abandonado ela, era a única humana para além de mim, mas foi o que eu fiz, senti basicamente em cima de mim uma presença quase me seguindo e logo vi a garota ruiva, ela tinha uma animação também, mas não tão pronunciada o que me fez sentir um pouco melhor.

— Desculpe o meu comportamento, imagino que provavelmente você não queria nada daquilo, pode confiar em mim ninguém fará mal a você de verdade, me chamo Paula, deve ter muitas perguntas, uma delas posso responder, eu tenho visões posso ver parte do futuro que pode ou não acontecer de forma igual. Acho que o resto com o tempo nós poderemos falar com calma — tal como eu referi antes, ela parecia se com a Alice, pequenina, talvez uma fadinha, mas talvez não com tanto aquela vibe de moda, a voz como todos eles eram uma melodia, que de certa forma eu fiquei com inveja disso.

Ao percorrer aquele local basicamente de uma ponta à outra eu encontrei um lugar vago perto de um dos garotos, ele vestia uma roupa basicamente normal.

— Olá, tudo bem ? — eu perguntei, o cumprimentei, nesse instante vi ele com uma careta como eu tinha referido anteriormente.

As unhas do mesmo pareciam quase cravar na cadeira em frente como se por um momento ele tivesse raiva de mim.

Por um instante quase ri ao lembrar do Edward e da Bella, mas acho que o ele não ter me respondido me irritou de tal forma que talvez eu também tenha criado um ódio de estimação pelo mesmo.

Passado um tempo eu ainda o olhava de tempo a tempo, não sabia se o avião já tinha descolado pois a minha atenção de início estava nele, tempo depois apareceu de repente Paula que era a garota ruiva perto de mim, ela se abaixou quase perto do meu ouvido e disse:

— Ele é mesmo assim, não dá bola a muita gente, não se preocupe ele não fará mal a você é um dos mais velhos e por isso mais controlado — disse ela.

Ainda me perguntava de onde eles tinham adotado o calão basicamente, pois eles não tinham aquele hábito antigo de falar como uma pessoa velha, não eles usavam o "meu"e expressões como "dar bola". Apesar de ela me ter assegurado que ele não iria fazer mal, eu não estava preocupada com isso, apenas irritada ele não podia ao menos dizer um olá? Pelos vistos não.

Umas horas mais tarde aterramos, apesar de eu ter conseguido encostar a cabeça atrás no assento e ter cochilado um pouco, não ajudou muito, o que o garoto me transmitia era irritação e quando eu ficava irritada ficava de mau humor ou com dores de cabeça algo que era ruim já que eu sofro muito de enxaquecas.

Ao sair do avião, como é óbvio havia carros à nossa espera, pelos menos três, não prestei muita atenção nos carros já que a minha cabeça estava um turbilhão de verdade.

Então, já com os pés fora daquele avião, Paula me puxou e à Camila e nos levou basicamente até ao seu carro. Sim o carro dela eu sei alguns detalhes já que ela não se calou nem por um momento, se eu antes reclamava do silêncio devido à dor de cabeça o falar de mais só veio agravar ainda mais isso.

Então vamos lá, ela entrou no carro e eu logo me sentei no banco traseiro, Camila foi à frente ao lado dela, apesar de eu estar atrás eu ouvia ela falar de mais como eu referi. O carro dela é um Mercedes azul, foi modificado muitas vezes e tem um motor de não sei quantos cavalos algo que ela estava sempre falando excêntrica, jantes nos pneus, que á noite adquiriam uma tonalidade florescente, mas acima de tudo as duas melhores coisas daquele carro como ela disse era a blindagem o que não deixava o carro basicamente ser amolgado por nada e a velocidade como devem esperar porque ele chegava aos 470km em menos de 3 segundos, eu acho.

Na minha mente estava me perguntando onde nós estávamos, ao olhar pela janela eu via um campo completamente branco parecia que tinha acabado de nevar.

— Queridas espero que gostem de frio, o Alasca é um pouco frio nesta altura do ano, mas não é sempre á dias de calor em que vocês podem aproveitar a piscina também — disse ela parecendo lendo os meus pensamentos, coisa que eu sabia ser impossível porque ela apenas via o futuro, a parte do frio não me cativou nem um pouco já que eu sou muito friorenta, já a piscina é algo que eu amo, talvez com o frio não fosse a minha primeira escolha.

— Boa frio, estou tão feliz — eu disse usando todo o meu tom de ironia. E é óbvio que eu ouvi o risinho delas, era óbvio elas só poderiam rir né. Até eu riria se ouvisse de outra pessoa...

Claro que na minha mente estava ainda muito presente o garoto no jato, sim eu escrevo assim gente não comecem me criticando sim ele é vampiro, mas eu me refiro a ele como um garoto, porque à primeira vista ele parece realmente um garoto, irritante mas um garoto, que não me tinha falado nem um oi.

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