Silenciosamente - Não há razão para deixar ir.

Epílogo

Com o tempo, as coisas foram colocadas em seus lugares. Zhao Xue, havia descido ficar na China com seu irmão definitivamente, mesmo triste por deixar sua mãe, ele esperava conquistar todas as coisas boas para ela. Faltando apenas alguns anos para sua aposentadoria, a senhora Zhao estava disposta a voltar e passar o resto de seus anos ao lado de seus dois filhos.

Com Zhao Xue estudando em uma escola interna junto de seus amigos, Chen Lian e Zhao Feng decidiram morar juntos, no pequeno e memorável apartamento de Chen Lian. Ele ainda não estava pronto para deixar o passado totalmente para trás.

Eles, silenciosamente, estavam colhendo toda a dor.

Todas as noites, sentados juntos enquanto observavam a janela, em silêncio assistiam as cortinas sobrepostas dançarem com o vento, as vezes, Chen Lian fechava os olhos e agradecia aos céus pela pessoa que o abraçava.

Em seu coração, ele ainda desejava retornar como uma criança pequena para os braços de seu pai, mas, enquanto espera, Chen Lian continuava repetindo a si mesmo.

"Não há razão para esquecer, não há motivo para deixar ir"

"Viver, viver e se esforçar lindamente"

Conservando as memórias do passado, e aproveitando o tempo em que podiam estar juntos, Zhao Feng, viveu como se todo os dias fossem a primeira vez. Cumprindo seu desejo de se aproximar de Zhao Xue, cumprindo a promessa de amar Chen Lian de todo o coração.

Durante a vida, mesmo que tivessem prometido ir juntos no passado, nenhum dos dois se lembrou de enviar homenagens ao senhor Chen, ano após ano, por algum motivo, adiando esse encontro.

Chen Lian não queria chorar mais por isso, seu coração estava cheio, ele conservou consigo as coisas boas da vida, sendo guiado pela sua pessoa amada, ele esperou por mais sete décadas, então aos 96 anos, encontrou o caminho de volta a casa de seu pai.

Zhao Feng sorriu em meio as lágrimas, o coração aliviado, o amor maior do que quando se encontraram pela primeira vez. Por mais dois anos, ele folheou o álbum de fotos, se recusando a olhar a última página.

No final de sua vida, com as memórias de sua pessoa amada gravadas em seu coração, Zhao Feng, se desculpou silenciosamente, ele pediu desculpas por nunca ter ido visitar seu sogro enquanto tinha saúde.

Zhao Xue apertou a mão de seu irmão enquanto observavam novamente o balançar das cortinas sobre a janela, eles riram, lembrando das mais doces conversas de quando eram jovens.

Silenciosamente, a escuridão o invadia, mesmo que seu coração estivesse mais quente e iluminado do que o Sol lá fora, no dia anterior, enquanto seu irmão preparava um mingau de arroz, ele se despediu da Lua.

Vendo seu irmão sorrir, Zhao Xue começou a chorar, ele se deitou, a cabeça no peito de seu irmão mais velho, ainda de mãos dadas.

- Obrigado por ser meu irmão nessa vida - Xue pronunciou com dificuldade.

"Obrigado, Zhao Xue, eu nunca fui tão feliz"

Na escuridão, ele ouviu o som de sinos, como em um casamento, a voz de uma pessoa soava melodiosa como uma cítara, silenciosamente, afastando toda a solidão.

O rosto jovem de seu amor sorriu e disse:

- Eu te amo, Zhao Feng, mais do que tudo no mundo...

Eles estavam felizes, isso era certo, como um sonho. O cheiro familiar do mingau de arroz surpreendeu Zhao Feng, de mãos dadas, eles correram juntos para um lugar desconhecido.

- Tem alguém que deseja conhecer você.

- Eu desejo ainda mais... - Zhao Feng falou e sorriu, silenciosamente, seguindo sua pessoa amada.

Dali em diante, a separação se tornou apenas a chance de um novo começo.

Eles eventualmente, terão a oportunidade de se reunir com as pessoas que amam.

Fim.