CAPÍTULO 4 - Não Seja Bem-Vindo

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Não tive problemas em acordar, mesmo sem o Aro eu posso fazer minhas coisas sozinha e bem feitas. Acordei cedo o bastante para tomar um banho decente no meu banheiro exclusivo, fazer uma boa maquiagem e arrumar minhas coisas para o primeiro dia. Não levaria muita coisa, já que é apenas o primeiro dia e apenas terá apresentação

Ugh!

Apresentação significava ficar sentada quase a manhã inteira no salão de palestras. Isso seria o pior se Jane Grace não fosse a apresentadora. Ela falaria a manhã inteira.

Coloquei minha farda com alguns reajustes é claro. O pior era o sapato. Demorei longos minutos para escolher o sapato. Eu não usaria a que o colégio me submetia. Era o cúmulo.

Escolhi um sapato preto fechado e com um pouco de salto. Na merda que eu usaria meia. Dane-se se a cor se era branca ou preta. Eu pareceria uma velha lutando conta frieiras nos pés.

Fiz o cabelo mais simples, nada muito idiota ou cheio de coisa como muitas meninas iriam fazer. Muitas delas acordavam altas horas pra encher a cara de maquiagem e deixar o cabelo duro a fim de mostrar para todos “olha como eu sou gatinha, gatinho.” Idiotas. Graças a minha genética, eu não precisava de nada além de uma boa noite de sono.

Chamei Rosalie umas 20 vezes. Na 21° ela acordou.

Ela chegaria atrasada, dane-se ela. Peguei minha bolsa Prada combinando com essa merda de farda colegial pré-histórico.

Desci as escadas do dormitório até que escutei os gritos.

- Bella! Bella! – Olhei para idiota da Rosalie que estava berrando e correndo. – Espera sua puta!

- Se tivesse acordado na primeira vez que te chamei pouparia a si mesma disso. – Apontei para ela.

- Não tive tempo.

- Foi o que eu quis dizer. Vamos embora.

Nós andamos bastante até chegar na sala de palestras. Até lá muitas paradas nós fizemos. Já que alguns idiotas conhecidos queriam abraçar eu ou Rosalie.

- Meninas! – Era Alice com as meninas chegando perto de nós.

Os alunos estavam e suas rodinhas de amigos no jardim, esperando a grande porta abrir para começar a palestra de apresentação.

- Al! – A abracei com um sorriso. – Como foram as férias?

- Meu pai me deixou de castigo esse verão por conta do aborto que tive que fazer.

- Ah! – Isso acontecia com frequência. – E foi difícil? – Perguntei.

- Dói bastante, mas depois de uma noite repousando...

- Não isso... Ficar em casa. – Eu corrigi.

- Você contou para o pai? – Era Jessica emitindo um som.

- Ela não sabe quem é o pai. – Angela falou ajeitando os cabelos longos.

- Realmente. Não sei. – Alice olhou a unha e depois sorriu. – E você, Bella? Eu soube do que aconteceu. Eu sinto muito...

- Oh! Se você está falando do Demetri e eu, tudo isso é passado. O Ciarlo faz parecer uma grande novela mexicana. – Menti.

- Oh, sei como é essas coisas... – Ela falou me abraçando de lado.

- Eu soube que a Cecile tem casa em Paris. –Jessica falou.

- Bom... Ela não é minha vizinha. – Sorri indiferente.

- Na verdade, eu soube que ela fez uma plástica no nariz.

Angela era definitivamente a maior fofoqueira do colégio. Qualquer coisa ou informação que alguém quisesse ter, ela saberia.

CRUEL INTENTIONSOnde histórias criam vida. Descubra agora