Capítulo 12

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Daryl Dixon P.O.V

Eu não fazia ideia de qual emoção tomou conta de mim primeiro. Não tinha certeza se surpresa por ver a maluca da pedreira caminhando na minha frente novamente ou o desespero ao ver os machucados e seu jeito manco e tonto de andar.

Eu percebi quando a mesma bambeou, mas eu não fui rápido suficiente para segurá-la, o som do tiro já havia cortado o misto de emoções, e seu corpo caía rapidamente no chão. Com certeza o desespero, foi o sentimento que prevaleceu.

Não, não, não, não... mas que merda! Gritei mentalmente quando peguei seu corpo inconsciente no chão.

Rick havia enlouquecido naquela hora, com certeza. Depois que ele carregou Lia para dentro da casa, todos os outros esperaram do lado de fora, ansiosos. Hershel não havia deixado que nem eu, e muito menos Rick ficassem no quarto enquanto ele a examinava. Eu precisava de um ar, suponho que Rick também, pois ele saiu na minha frente.

— Como ela está? Meu Deus! Digam alguma coisa. Ela está bem? — Andrea perguntava nervosa.

— Agradeça a Deus por você ser ruim de mira. Se você tivesse acertado, eu mesmo te mataria. — Falei passando por todos e seguindo caminho até o trailer.

Eu não fazia ideia do porque fiquei tão nervoso com Andrea, ela era imprudente, um chata na maioria das vezes, mas eu a mataria se Lia estivesse morta? Se sim, porquê diabos eu faria isso?

Devo estar ficando maluco. Foi a única justificativa que passou na minha cabeça.

— Tio Daryl! — Observei Sophia vir correndo até mim, Carol estava logo atrás.

Tio? Sério isso?

Ela me abraçou pela cintura, e por um momento eu não tive reação. Eu deveria retribuir? Apenas baguncei seu cabelo, quando a mesma me soltou.

— Minha mãe me contou que estava me procurando junto com o Rick... Obrigado tio Daryl.

Eu levantei o olhar para Carol, ela sorria para mim e a filha. Com certeza a história de tio veio dela.

— Tem que agradecer mesmo garota, eu quase morri lá fora, olha. — Levantei minha blusa, mostrando o enfaixado que Hershel havia feito onde minha flecha havia atravessado, alguns dias atrás.

Ela abaixou o olhar, e me pediu desculpa. Fiquei com pena.

Vamos lá Daryl, ela é só uma criança. Não seja um caipira de merda!

— Tudo bem. Só me prometa duas coisas. — Ela ergueu o olhar para mim e eu agachei para ficar do seu tamanho. — Primeira: Nunca saia de perto de ninguém do grupo. Segunda: Tio, só quando estivermos sozinhos. Não quero que ninguém me chame de velho. — Sorri de lado.

Ela ficou feliz com a condição. Calmamente, veio até mim e deu um beijo na minha bochecha, e logo saiu correndo.

— Não tenho como te agradecer por tudo que fez para encontra-lá. — Carol falou sorrindo. Ela estava tão alegre.

— Não precisa agradecer. Não fiz nada que Rick ou Shane não faria.

Ela sorriu de lado, e enquanto andava de volta para o trailer, disse algo baixo.

— Você é tão bom quanto eles Daryl.

Eu era? Eu acho que não. Com certeza não.

[...]

De volta a casa, vi Rick saindo de dentro do quarto de Carl. A preocupação reinava em seu rosto.

— Como é que ela tá? — Perguntei rápido. Eu estava ansioso, por algum motivo, acho que preocupação.

Destino Travesso | Daryl DixonDonde viven las historias. Descúbrelo ahora