Capítulo 14

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E hoje eu resolvi ser musical! Como escolhi duas músicas, fiz o seguinte: A primeira o Daniel vai mencionar e, se vocês quiserem, colocam no YouTube e escutam :3 já a segunda o link está na mídia do capítulo, então essa vai funcionar assim: Quando a frase aparecer em negrito, apertem play! (exijo que escutem a segunda, tá? hahahaha) Espero que gostem do capítulo, meus amores, está maior que o normal porque amo muito vocês <3

Quando eu chequei o correio naquela manhã preguiçosa de sexta-feira, achei que não receberia nada mais que contas a pagar e anúncios de supermercados, que era o que eu recebia todas as semanas, sem nada diferente em nenhuma das vezes. Quero dizer, o que mais eu poderia esperar receber? Cartas anônimas? Cartões postais de algum amigo ou parente viajante? Pois é, nada de novidades para mim, mas eu estava bem com isso. Acho que uns 90% da população mundial também estava, ninguém se comunicava mais por cartas, até e-mail pareceria ultrapassado às vezes. Apesar de eu adorar e-mails.

Voltei para o meu apartamento e joguei os envelopes em cima da mesa com desinteresse quando percebi que uma fita dourada se sobressaía entre eles. A empresa de energia havia resolvido enfeitar a conta agora? Acho que não, hein. Com certeza alguém colocou aquele embrulho bonito por engano na minha caixa do correio, então eu tinha de conferir o destinatário para entregar a um dos meus vizinhos. Esperava que não fosse da vovó da porta ao lado, ela demorava séculos para atender a campainha e nunca lembrava meu nome. "Richard? Adam? Ah, entre, Edgar!" "É Daniel." "Eu sabia que era com D!"

Ao ler os nomes contidos no envelope, no entanto, eu tive uma surpresa. Meu nome estava ali. O nome da minha prima estava ali. E o do namorado dela – agora noivo, pelo que eu podia ver – aparecia bem ao lado do dela. É, eu estava sendo convidado para o casamento dos dois. Adorava o quanto minha família me mantinha informado sobre os acontecimentos, só estava descobrindo que minha prima estava noiva porque estava com seu convite de casamento em mãos, e se eu contestasse com minha mãe, ouviria um "Você supera!" e a discussão estaria encerrada. 

Eu e Hannah – minha prima – sempre fomos muito próximos por estudarmos no mesmo colégio na Filadélfia, ela nunca havia tido um irmão e nem eu uma irmã, então nós nos tratávamos praticamente como irmãos. Por isso eu estava surpreso por não ter sido avisado antes de seu noivado, mas entendia por saber o quanto a garota era metódica e deve ter passado os últimos meses extremamente ocupada pensando em cada mínimo detalhe do casamento, deve ter contratado até uma metereologista para garantir que não choveria no dia da festa. A família inteira estaria presente, definitivamente.

E eu havia acabado de ter uma ideia.

 – Dan, você tem certeza disso?  – Olivia me perguntou com receio quando encarou o convite, ela parecia um tanto assustada com o meu plano. Chamei-a até meu apartamento para contar a novidade e ela havia chegado alguns minutos atrás. Claro que eu não esperava uma reação altamente positiva de primeira, quero dizer... 

 – É uma ideia muito ruim?

 – Não é isso. É que... Acha mesmo que seus pais iriam gostar de me conhecer no meio de uma festa da família? Eu não iria atrapalhar? – Ela ergueu as sobrancelhas, coisa que sempre fazia para disfarçar quando estava insegura com algo, tentava parecer desafiadora para não baixar a guarda. Sempre orgulhosa, tsc.

– Oli, meus pais já gostam de você só pelo o que eu conto, duvido que o lugar onde vocês se conheceriam mudaria isso – Argumentei numa tentativa de tranquiliza-la, puxando-a pela mão até o sofá e sentando ao seu lado. A morena mordia o lábio inferior pensativa, ainda parecendo irredutível. Eu me perguntava como faria para convencer uma pessoa orgulhosa a fazer algo que ela não estava atraída a fazer. – E caramba, acha mesmo que iria atrapalhar alguma coisa? – Questionei divertido.

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