𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 9

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*Alerta de possíveis gatilhos:*

- Pressão psicológica;
- Agressão física/verbal;
- Ansiedade.

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Havia sido tola em pensar que ia ter uma noite cem por cento tranquila. Com certeza, depois de sua decisão em voltar para o Japão, você não teria mais dias calmos e em paz. Tudo sendo culpa das loucuras de sua família.

Enquanto seu pai estava parado em frente à mesa olhando em sua direção, você ainda tentava processar a informação. O que diabos ele estava fazendo ali? Era uma perseguição?

ㅡ O que você está fazendo aqui? - depois de alguns segundos, perguntou para Kazuo.

ㅡ Ora, vim a um jantar de reunião e no fim acabei encontrando minha filha. Não é uma coincidência? - ele falava ainda com aquele sorriso falso no rosto, o que lhe causava ânsia.

ㅡ Me poupe de seu sarcasmo. - você falou, levantando da cadeira. ㅡ Vamos conversar em outro lugar. - não queria que Akaashi presenciasse isso, seu pai não teria nenhum filtro.

Kazuo apenas concordou com a cabeça, olhando pra Keiji mais uma vez, sem tirar o semblante convencido um segundo sequer.

ㅡ Desculpa por isso, Keiji. Eu já volto, não vou demorar. - olhava para o mais novo agora, com um sorriso sem jeito. Estava embaraçada com a situação.

ㅡ Tudo bem, não se preocupe, vou pedir a conta e lhe esperar. Qualquer coisa me chame. - ele respondeu, transparecendo tranquilidade.

Você assentiu e seguiu seu pai rumo a pequena sala que ficava na recepção do restaurante.

Estavam a sós, e agora podiam falar abertamente, sem se preocupar com os olhares alheios. Você continuava em pé, enquanto seu pai sentava cruzando as pernas, mantendo sempre o olhar superior.

ㅡ Você tá me seguindo? - perguntou para ele de uma vez.

ㅡ Eu tenho mais o que fazer. - respondeu com o tom grosseiro e debochado.

ㅡ Não teve quando mandou invadir meu apartamento. Pensa que é quem? Isso é crime. - você estava nervosa.

Ele era seu pai, mas não conseguia tratá-lo dessa forma, esse homem estava muito longe de ser tão importante assim.

ㅡ Sua... - não completou o que ia dizer, um casal passava por vocês os observando. ㅡ E você, quem pensa que é para falar assim comigo? Sou seu pai, veja bem como se direciona a mim. - continuou, assim que ficaram sozinhos novamente.

ㅡ Seja lá qual for o significado de pai para você, eu não me importo. Eu não sou um objeto que você pode fazer o que quiser. Não vou mais aguentar calada e escondida, cansei disso. - você respondeu um pouco mais alterada, suas mãos tremiam em aflição.

A presença de seu pai lhe causava todo tipo de sentimento ruim e maldoso.

ㅡ E eu não me importo com o que pensa. A partir do momento que vive às minhas custas, eu que mando em você. Me deve obediência. - ele falou, se levantando bruscamente e segurando seu braço com força.

ㅡ Eu não uso e nem preciso de seu dinheiro há um bom tempo. Eu não devo nada a você. - disse, o encarando nos olhos. Tentava se soltar do aperto, mas ele só a segurava cada vez mais forte. ㅡ Me solta, velho maluco.

ㅡ Olha aqui, sua imprestável. Não teve um pingo de educação? Mas como pode? A idiota da sua mãe não serve para nada. - Kazuo respondia a própria pergunta, lhe causando mais nojo.

𝑶𝑼𝑹 𝑭𝑰𝑵𝑨𝑳 𝑵𝑰𝑮𝑯𝑻 𝑨𝑳𝑰𝑽𝑬, akaashi keiji [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora