XII

282 33 572
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Já passava do meio-dia quando todos terminaram de almoçar, Lucas se prontificou para ajudar a sua tia na cozinha enquanto Cecília e Tereza acompanharam a mãe dele até o escritório para conversarem com ela, Teca estava nervosa e tremia mais um pouc...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Já passava do meio-dia quando todos terminaram de almoçar, Lucas se prontificou para ajudar a sua tia na cozinha enquanto Cecília e Tereza acompanharam a mãe dele até o escritório para conversarem com ela, Teca estava nervosa e tremia mais um pouco a cada passo que era dado. Quando as três entraram no local, Marta fechou a porta a fim de que ninguém interrompesse e dirigiu a palavra para as duas que se sentavam nas cadeiras que estavam em frente à mesa.

— Então, o que as duas tem pra me falar? — Ela questionou depois que se sentou.

— Marta... — Tereza parou de falar ficando mais nervosa e sua filha pegou na sua mão para dar força.

— Você tá bem, Teca? — A mãe de Lucas perguntou já preocupada. — O que aconteceu?

— Eu procurei um médico há dois meses, eu estava ficando cada vez mais esquecida e ele me passou alguns exames pois suspeita que eu estou com mal de Alzheimer.

— Meu Deus, Teca. Sinto muito por isso. — Marta lamentou e indagou. — Você fez os exames?

— Eu fiz a tomografia, hoje. Vou receber os resultados na segunda.

— Então, dona Marta. — Cecília tomou a fala e comentou. — Caso o exame dê positivo, a mãe teria que sair do serviço, não é!? Ela pode esquecer alguma receita, alguma tarefa.

— Sim, ela pode esquecer. — A mais velha concordou enquanto tentava relaxar na cadeira. — Mas eu não posso demitir sua mãe sem justa causa, Ciça, ela que tem que decidir se ainda quer continuar no trabalho ou não, e se ela não quiser ficar, eu vou entender e dar os direitos dela.

— Entendi. — Ciça assentiu e dirigiu a palavra para a sua mãe. — Mãe, a senhora ainda quer trabalhar aqui?

— Sim, quero muito. — Tereza respondeu com um sorriso triste. — Mas eu tenho medo de fazer alguma coisa errada. Se eu tiver mesmo essa doença, ela vai avançar com o tempo.

— Eu quero que você fique, Teca, quero muito, mas a sua saúde é mais importante, e eu não sou médica, mas casos de Alzheimer em estágio inicial tem que dar o máximo de independência ao paciente, é claro que surge aquele instinto protetor onde você quer cuidar dele, mas dar a autonomia pra ele é o melhor, então você tem que fazer a decisão certa e escolher aquilo que acha que é o melhor pra sua vida.

Destinados a Ficarem JuntosWhere stories live. Discover now