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Dois dias antes de S/n Miller acordar...

Vinnie's pov

- Alguma notícia deles? - Perguntei ao meu pai. 

Estávamos todos na sala de reuniões da sede e quando eu falo todos, quero dizer os membros da gangue que participaram da missão há alguns dias atrás. 

- Nada. - O mais velho respondeu. - Voltamos lá e vários policiais estavam examinando a casa atrás de indícios que os levariam até ambas as gangues.

- Sabe de uma coisa que eu percebi quando voltamos lá. - Kio que foi junto com o meu pai nesse dia falou. - Não vi o corpo do Arthur estirado no chão da garagem. 

- Os policiais devem ter tirado, não? - Perguntei olhando para o mais velho.

- Esperamos que sim. - Ele respondeu. - Não quero pensar nisso mas, ainda há uma possibilidade dele estar vivo. 

- Como? - Perguntei com espanto. - Eu o matei!

- Não duvido que você tenha feito isso filho, mas eu também não vi o Arthur estirado no chão da garagem e nenhum carro de IML por lá. 

- Isso não quer dizer nada! - Exclamei impaciente. - Eu... eu o matei. 

- Sabemos disso Vinnie. - Cyr falou. - Mas...

- Quer saber? Que se foda. - Falei e sai da sala batendo a porta. 

Quer dizer que eles não acreditam em mim? Aquele vagabundo do Arthur ameaçou a S/n, matou o pai dela e assassinou muitas outras pessoas. Eu sei que o matei, tenho certeza disso. 

Segui até a sala onde S/n está "internada". Já faz quase uma semana do acidente e ela não acordou ainda, tirando os sustos que ela me dá quando abri os olhos subitamente com um suspiro ofegante e os fecha logo em seguida. Tenho uma leve impressão que ela está tendo pesadelos enquanto dorme assim profundamente. 

- Não. - A enfermeira que estava saindo da sala falou fechando a porta atrás dela. - Agora não. 

- Por que não? - Perguntei confuso. 

- Estamos ocupadas com ela agora. - A mulher respondeu tampando a porta. 

- Ah vai me deixa entrar. - Disse tentando passar pela mulher, mas sem sucesso. 

- Vincent não! 

- Por quê?

- Hora do banho. - Ela respondeu.

- Nada que eu não tenha visto antes. - Disse cruzando os braços e a mulher levantou as sobrancelhas. 

- Mesmo assim você não vai entrar agora, espera elas terminarem. 

- Nem um sinal dela acordar? - Perguntei cabisbaixo. 

- Até agora nada. - A mulher respondeu meio tristonha. - Mas creio que não vá demorar. 

- Eu espero. 

- Agora vai esperar em outro lugar. - A mais velha falou e entrou na sala novamente. 

Não ia esperar em outro lugar, não demoraria muito o tal banho que elas estavam dando nela. Me sentei encostado na parede e fiquei encarando os corrimões a minha frente, que levavam até o segundo andar da casa quando Kio apareceu e se sentou ao meu lado, me fazendo levar um susto. 

- Quê? - Perguntei encarando o japonês.

- Ué não falei nada. 

- Mas se veio até aqui é porque tem alguma coisa pra me falar. 

- Quem disse? 

- Eu tô dizendo. - Disse trazendo as pernas ao peito. 

- Queria te falar pra não ficar tão preocupado com o Arthur. - Cyr disse. - Sabe, ele pode estar morto mas também pode não estar.

- Prefiro acreditar no que os meus olhos viram. - Falei olhando para o lado. 

- Eu também vi você matando o cara. - Kio falou. 

- Então por que está duvidando de mim? 

- Não estou! - Ele falou irritado. 

- Mas parece! - Respondi no mesmo tom. 

- Parem de gritar vocês dois! - A enfermeira que conversei há pouco tempo apareceu na porta. - Vincent, se quiser vê-la agora pode entrar. 

Me levantei sem olhar para o Cyr e entrei na sala onde S/n estava deitada na mesma maca de sempre, com uma roupa de hospital azul sobre o corpo, os cabelo espalhados pelo travesseiro e acessos pelo braço. 

Fui até a garota e me sentei na poltrona ao lado da cama, peguei em sua mão gélida e a encarei por alguns minutos. Não queria que ela estivesse passando por isso, não desejava nada disso pra ela e a culpa sempre invade meu coração quando eu a vejo assim. 

- Sei que você se sente culpado. - A mais velha falou encostada na porta. - Mas você deveria saber que a situação que ela se encontra não é da sua responsabilidade. 

- Claro que é. - Respondi a mulher. - Eu não consegui protegê-la o necessário. 

- A pessoa que fez isso com ela é o culpado. - A enfermeira falou. - Não você. - E saiu da sala fechando a porta logo em seguida. 

Muitas pessoas já falaram isso pra mim, "você não deve se sentir culpado por isso", como eu não me sentiria culpado pelo o que aconteceu? Talvez... talvez eu seja um perigo pra ela... 

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oioii amores como vocês estão? espero que bem :) espero que tenham gostado do capítulo de hoje ❤️

só para avisar vocês que eu já postei o trailer e dois teasers lá na minha conta no tiktok @mffhacker sobre a minha próxima fic, inclusive o cast já está disponível ❤️

não se esqueça de votar e comentar ❤️

beijos mf.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳWhere stories live. Discover now