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Vinnie's pov

Kio estacionou o carro na entrada da sede, o japonês desceu e foi chamar alguma das pessoas que ainda se encontravam na casa enquanto eu e Addison dávamos um jeito de tirar S/n do veículo.

Ela não estava respirando, na barriga onde levou o tiro o sangue não parara de sair e ela começava a ficar muito branca.

Cyr chegou segundos depois com uma maca e com uma enfermeiras que trabalham na sede. Elas me ajudaram a tirar Miller de dentro do carro e nós a levamos até a ala hospitalar da casa.

No caminho, eu fui tentando ressuscita-la. Apertava em seu peito e respirava em sua boca, fazia isso repetidas vezes esperando um sinal de vida da garota.

- Nós cuidamos dela daqui. - A enfermeira falou pegando no meu braço. - Vamos Vincent, o quanto antes cuidarmos dela...

- TRAZ ELA DE VOLTA! - Gritei desesperado saindo de cima da maca. - Por favor, traz ela de volta.

As enfermeiras entraram com a garota na ala e fecharam a porta. Eu e os outros quatro ficamos encarando a sala por alguns segundos, até a Addison tocar em meu braço e começar a falar.

- Vamos nos limpar, precisamos estar apresentáveis quando formos visitá-la. - A loira disse com a voz embargada. - Ei Avani, vem vou te levar em um lugar para se limpar.

As duas garotas seguiram juntas até onde eu imagino ser a sala de cuidados da sede, pouco me importa isso agora na verdade.

Eu não conseguia me mexer, tudo aconteceu tão rápido. Estávamos saindo pelo canto da casa, longe de onde os tiros estavam vindo, mas mesmo assim ela foi atingida.

S/n praticamente morreu em meus braços e agora, eu não sei o que está acontecendo dentro dessa ala hospitalar. Não conseguia escutar nenhum barulho que pudesse sair de lá de dentro, nem um mínimo sussurro.

- Vinnie. - Kio me chamou. - Vamos cara, não vai adiantar você ficar aqui.

- Eu não posso deixá-la. - Respondi ainda encarando a porta. - Vou ficar aqui, até me chamarem.

Me sentei ao lado da sala, abracei as minhas pernas e encostei minha cabeça na parede. Além de tudo isso que aconteceu, ainda tinha os meus pais no meio daquele tiroteio todo. Eu não consegui vê-los e não consegui avisá-los sobre o que estava acontecendo.

Kio e Anthony por algum motivo, se sentaram ao meu lado e ficaram na mesma posição que eu. Anthony à esquerda e Kio à direita, ambos quietos.

Um barulho de carros tomou o lado de fora da sede. Algumas luzes ultrapassaram os vidros das janelas e das portas e minutos depois, as pessoas começaram a entrar na casa. Eles chegaram.

Eu não consegui me levantar, apenas fiquei olhando para cada pessoa que passava por mim sem o mínimo de importância, esperando que os meus pais logo se mostrassem à minha frente.

- Meu filho! - Minha mãe exclamou correndo pelo corredor na minha direção. - O que vocês foram fazer lá? Não pedimos para que ficassem aqui?

- Ela... ela foi baleada. - Sussurrei abraçando a mais velha. - Tentaram mata-la, ela falava que ia morrer.

- Onde ela está agora? - Meu pai perguntou.

- Na ala hospitalar. - Respondi.

- Ela ficará bem filho, vão cuidar bem dela. - Minha mãe disse passando as mãos pelo meu rosto.

- Ela morreu nos meus braços! - Exclamei. - S/n começou a se despedir de mim...

- Ela estava assustada. - O mais velho disse colocando sua mão sobre o meu ombro. - Ela ficará bem.

Assim que ele falou isso, a porta da ala hospitalar se abriu. Lá de dentro saiu uma enfermeira, a roupa suja de sangue e com preocupação no rosto.

- O que aconteceu? - Perguntei me aproximando da mulher.

- Conseguimos ressuscita-la, mas ela precisa de sangue. - A mulher respondeu. - Perdeu muito, e não vamos conseguir fazer nada se ela não receber bolsas de sangue agora.

- Onde vamos arrumar sangue? - Kio perguntou. - Não devíamos ter aqui?

- Temos, mas não é o suficiente e também não sabemos o tipo sanguíneo dela. - A enfermeira respondeu. - Alguém aqui é O negativo?

- Eu sou. - Respondi. - Eu doou.

- Enquanto isso nós vamos atrás de mais. - Minha mãe falou. - Não vamos demorar.

Os dois se despediram de mim e saíram apressados da sede novamente e com toda essa turbulência, eu nem consegui perguntar o que aconteceu depois que saímos do condomínio.

Entrei na sala junto com a enfermeira. S/n estava deitada na cama agora sem sua jaqueta e sua blusa, deixando a mostra o buraco em sua barriga onde a bala a atingiu.

A mais velha me fez eu me limpar primeiro, tirar as roupas sujas e colocar roupas novas de hospital. Em seguida, eu me sentei ao lado da maca onde Miller está deitada. A enfermeira furou uma das minhas veias e fez todo aquele negócio para doar para a S/n.

Eu encarava a garota que respirava com a ajuda de respiradores. Continuava muito branca e sua mãe estava muito gelada também, por causa da falta de sangue.

- Com o tempo, você vai se sentir um pouco fraco. - A enfermeira falou. - E se não quiser olhar, vire-se para o lado. Precisamos cuidar desse ferimento o mais rápido possível.

- Tá, tudo bem. - Respondi a mais velha.

Optei por encostar minha cabeça na maca e ficar olhando para a Miller, a única coisa que eu desejo agora é que ela fique bem. Que se foda os Brandon's e toda aquela família de merda.

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sim eu tô postando mais um capítulo porque não quero ninguém tendo ataque cardíaco por minha causa KKKKKKKK
não gente, ela não morreu 🙌🏻 também não teria graça se ela morresse, pelo menos eu acho que não.

lembrando: não sei se o vinnie é O negativo, só precisei colocar que é na fic

não se esqueça de votar e comentar ❤️

beijos mf.

𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳDonde viven las historias. Descúbrelo ahora