capítulo 15

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Ele me me puxava e eu tentava me soltar de todas as formas mas ele era mais forte que eu. Ele me dizia que nada daquilo iria acontecer se eu não tivesse falado para Rodolffo,  que se eu tivesse sido boazinha ia ser muito gostoso,  mas eu tinha decidido ser daquele jeito.
Então eu mordi a mao dele, e consegui gritar, pra minha sorte Rodolffo escutou e veio correndo,  encontrou a gente em um corredor que dava para outra saída.

R: Solta ela seu fdp.

M: se chegar perto, vou machucar ela.

R: ocê não é doido, se machuca ela , ocê morre fdp.

Com a chegada de Rodolffo ele se distraiu e dei um chute entre as pernas dele e consegui me soltar, corri para os braços de Rodolffo,  eu estava desesperada, chorava muito, Rodolffo me abracou forte e pediu para eu sair dali, ele foi para cima dele , e por mais que eu estava com raiva dele não queria que Rodolffo se machucasse, pedi para ele ir comigo,  mas ele estava com muita raiva, ele bateu muito e também levou alguns socos. Se os meninos não viessem tirar Rodolffo de cima dele, tenho certeza que ele não sairia vivo dali. De repente comecei a sentir umas pontadas muito forte na minha barriga, como estava muito nervosa pensei que era efeito disso, porém a dor começou a ficar insuportável,  não conseguia mais ficar em pé.  Me sentei, chorava muito, não sabia o que fazer, minha cabeça estava uma confusão.
Ao me ver naquele estado Rodolffo me abraçou,  eu disse para ele que estava com muita dor.

J: amor, estou com muita dor. Estou com medo

R: aonde tá doendo meu amor? Ele te machucou?

J: na minha barriga Rodolffo!

R: meu Deus, vamos para o hospital.

Ele me pegou no colo e me levou até o carro. Ele também estava desesperado .
Senti algo descer pelas minhas pernas.  Quando olhei era sangue.

J: Rodolffo estou sangrando, não pode ser. Rodolffo!!

R: se acalme, estamos chegando e não vai ser nada.

Ele falava tudo isso chorando,  sabia que as palavras dele eram apenas para me consolar,  mas ele também estava com medo. Ele gritava que se acontecesse algo comigo ou com seu filho ele podia sumir ou ele não ficaria vivo.

J: ta doendo muito! Me ajuda Rodolffo.

R: estamos chegando meu amor.

Quando chegamos ele me pegou no colo e correu comigo para dentro do hospital,  ele grava desesperado,  logo vieram atender e me levaram em uma maca, pediram para Rodolffo aguardar ali, mas ele não queria me deixar sozinha, ele conseguiu entrar.
A doutoramento examinou e disse que teríamos que ir para a sala de ecografia,  a cara dela não estava boa, cada hora estávamos mais desesperados. Rodolffo tentava me acalmar , mas era em vão,  por mais que eu não me sentisse preparada para ser mãe, não suportava a ideia de perder aquele bebê. A doutora  pedia para eu me acalmar que aquele desespero só piorava a situação.  Ela olhava para a tela preocupada,  eu não conseguia entender nada do que via, só via bordões e não sabia identificar nada. A lembrança do pesadelo que tive me veio a cabeça, parecia um dejavu, sentia o que estava acontecendo,  mas não queria acreditar

J: meu bebe está bem doutora?

D: Infelizmente não,  houve um descolamento na placenta considerável e o bebe não tem mais batimentos,  você vai precisar ficar internada e faremos um procedimento para retirada do aborto. Vou pedir para prrepar tudo, licença.

Eu so conseguia chorar,  Rodolffo também chorava muito,  nos abraçamos forte, eu não sei qual de nós estava mais desesperado.

J: eu não fui capaz de gerar nosso bebê Rodolffo,  eu não consegui! Me perdoa,  por favor me perdoa.

R: não foi culpa sua princesa! Ele quase não conseguia falar pois o choro embargava sua voz.

J: foi sim, a culpa é minha!

R: nao meu amor a culpa não é sua! Por favor se acalma!

Nao conseguia parar de chorar, era terrível a dor da perca de um filho! Rodolffo não me soltou em nenhum momento,  apesar dele também estar sofrendo ele tentava me acalmar em meio aquele caos. A enfermeira chegou, pediu para me trocar, iriamos para o centro cirúrgico.

J: nao me deixa só Rodolffo, por favor.

E: infelizmente ele não poderá acompanhar o procedimento senhora.

J: Rodolffo, faz alguma coisa, mas deixa eu sozinha por favor.

Vi Rodolffo conversando com ela. Sem ele eu não ia conseguir passar por aquilo.

J: você vai comigo?

R: vou, eu não vou te deixar só.

Rodolffo

Escutei a Ju gritar sai a procura dela, quando vi aquele desg****** segurando a Ju eu sai de mim, eu estava disposto a não deixar ele sair dali vivo. Ele ainda teve a ousadia de ameaçar a Ju,  ela se soltou e eu a abracei forte, pedi para ela sair dali e partir para cima daquele fdp. Fiquei cego de raiva, batia muito nele, se não tivessem me segurado ele estaria morto agora.

Perdi a Ju de vista, quando a achei ela estava sentada chorando bastante, me disse que estava dor, achei que ele havia machucado até ela me dizer que era relacionado a gravidez,  não consegui escutar mais nada, a peguei no colo e fomos para o hospital,  no caminho nos dois choramos muito e suplicavamos que nosso bebê estivesse bem, o caminho para o hospital parecia ser cada vez maior, eu tentava acalmar a Ju, porém eu mesmo estava tão desesperado que estava com medo de perder a direção do carro e piorar tudo de vez, enfim chegamos no hospital,  entrei correndo com ela em meus braços,  ela estava tão frágil,  queria ter o poder de tirá-la daquele sofrimento,  mas naquele momento eu era inútil,  só conseguia chorar, nem palavras descentes para acalmar eu não tinha. Aquilo não poderia estar acontecendo,  ontem estava aqui recebendo a melhor notícia da minha vida e hoje .. não podia pensar isso, ia da tudo certo, eu tinha que acreditar que tudo ia dá certo.
Quando escutei a doutora dizer que meu bebe não tinha resistido, meu mundo caiu, tive a sensação de que minha alma saísse do meu corpo . E eu não podia fazer nada, não poderia nem acompanhar minha mulher. Ela estava desesperada e não queria que eu saísse de perto dela, eka estava se culpando pela perca, mas porque ela se sentia assim? Ela não teve nenhuma culpa, só havia um culpado para aquilo, e eu já saberia o que fazer. fui conversar com a enfermeira para saber se eu conseguiria entrar,  ela autorizou até a anestesia, pois percebeu a aflição dela o que poderia atrapalhar,  depois da anestesia eu teria que sair. Eu aceitei, era tudo o que eu podia fazer naquele momento.
Depois que a Ju recebeu a anestesia e dormiu, tive que sair, a dor peka perca do meu bem maus precioso parecia que nunca mais sairia de mim. O meu pensamento só era de acabar com a raça  daquele desg******. Liguei para Bela e quase não consegui falar o que tinha acontecido eu chorava muito. Para não piorar a minha situação e me tornar uma coisa que nunca fui, pedi para ela de alguma forma falar com ele para mudar de país ou mesmo de planeta, e nunca mais passar na minha frente pois eu nunca perdoaria.
A Ju, já tinha sido levada para o quarto e eu esperava ela acordar segurando sua mão. Ela acordou,  estava sonolenta pelo efeito da anestesia, e muito abatida,  falei para ela descansar que já estava tudo bem.
Se eu pudesse voltar no tempo e ido descansar com ela.... meu Deus porque isso está acontecendo? Precisava de uma resposta para não pirar, estava a beira de um colapso. Em algum momento adormeci.

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