Abortar operação (ou quase)

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Grace Nickerson

Vancouver | Canadá

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— Você demorou, Nickerson - Louise soprou a fumaça do cigarro entre seus lábios e sorriu enquanto o batia contra um dos dedos, se livrando das cinzas consumidas pela pequena chama.

— Sinto muito, Louise

— Pelo que está se desculpando? Por voltar sem a Rodríguez ou por ter demorado o dobro do tempo que me prometeu?

— A namorada dela atrapalhou meus planos, eu não podia esperar que ela fosse evitar minhas investidas, mas quando dei em cima dela pareceu nada, ela não correspondeu e nem largou da Rodríguez por um segundo.

— Oh, então nossa garota tem uma namorada? - Louise deixou o sorriso em seu rosto se desfazer com a nova informação — A Sra. Weaver não havia mencionado isso.

— Pois é. Isso significa que não podemos pegá-la como se não estivesse quase noiva de uma garota.

— O que está dizendo?

— Me diga, Louise - A olhei seriamente — Como Weaver contou os detalhes para você? Quero dizer, como ela deixou passar uma loira de um metro e setenta que não se deixa levar por provocações, isso me parece problema o suficiente.

— Eu não entendo - A ruiva puxou o celular de sua cintura — Weaver deixou claro que a Rodríguez estava tentando conquistar a herdeira de suas empresas e não queria que ela entrasse para família, disse que deveríamos levá-la de volta-

— Bem, seja bem vinda ao clube dos otários. Ela mentiu. Saía fora antes que ela foda nosso esquema. Se os policiais de Vancouver chegarem até nós, estamos todos perdidos.

— Não podemos deixar a Rodríguez se safar, Grace

— E o que diabos você quer fazer?

— Ela tem razão, Srta. Louise - Nosso segurança interveio — A Rodríguez está envolvida com uma norte-americana. Vai ferrar nosso esquema, você ouviu a Grace. Se fomos mais fundo nisso eventualmente não vão deixar barato e se eles forem atrás dela vai ser como da primeira vez, nosso retrabalho para erguer os negócios vai ser perda de tempo.

— E o que vocês esperam que eu faça? - Louise perguntou — O que eu vou explicar para os chefes? O que vou explicar para a Weaver?

— Bem, pergunte a eles se querem uma vadia seguida de um esquadrão da polícia acabando com toda nossa festa depois que nós a sequestrarmos. É um risco desnecessário, Louise. - Digo me sentando sobre a mesa empoeirada

— E quanto a Weaver? Ela vai ficar uma fera com a gente. E de qualquer maneira seu plano era matá-la. Não ia dar problema algum para nós.

— Mesmo? - Eu ri alto — Bem, então faça um teste e veja no que vai se meter. Eu sei o que eu vi e se você quer saber, dá para ver quando uma pessoa está disposta a qualquer coisa por alguém e aquela garota levaria um tiro no lugar da Rodríguez, eu não entendo porquê ainda mas vou descobrir. Se por acaso já souberem de algo, vão vir atrás de nós e estaremos nas mãos deste governo, honestamente, jogue a bomba para a tal dona e vamos sair daqui.

— Então é isso? Vamos deixar a vadia se safar?

— Para safar nossa própria pele? - O segurança disse — Eu acho mais que justo. Se a tal Weaver quer matá-la, dê a ela uma arma e então deixe-a cuidar do trabalho sujo. Eu no seu lugar estaria fora pra caralho, Louise.

Louise andou em volta da sala abandonada parecendo pensar a respeito, movendo seu celular de uma mão para outra e parando apenas de vez em quando para olhar para mim ou para Chávez, nosso segurança, que parecia esperar sua decisão com bastante expectativa, bem mais que eu.

Louise poderia ser uma cafetina louca, rancorosa e vingativa, mas nunca colocava sua própria cabeça a prêmio de propósito há muitos anos. Apesar de sua demora, eu sabia que ela iria desistir dessa ideia maluca.

— Pegue minhas coisas, Chávez. Vamos sair desse lugar - Ela disse com ar de superioridade para o homem que prontamente a obedeceu, ele tinha uma queda por ela e era notável.

Ela estava o mantendo perto com sexo por ser um bom lutador e por ele ser idiota o bastante para morrer por ela.

— E você? - Ela se virou para mim

— Vou dar as más notícias a Weaver e tentar ajudá-la no básico. Ainda quero testar os limites daquela loira e ver até onde ela é capaz de aguentar.

— Você me convence a ir embora e está disposta a estragar o relacionamento de sua melhor amiga.

— Ex melhor amiga - Pontuei — Já faz muito tempo e honestamente Adora é interessante, não sei por qual motivo gosta tanto da Rodríguez mas vou descobrir.

— Você vai acabar se dando mal, Nickerson. Há um espaço no jato, você deveria vir.

— Eu vou ficar bem, não se preocupe comigo. Vai ter a cabine inteira para se divertir com o Chavez, eu ligo para você quando Weaver estiver comigo.

— O que vai fazer até lá?

— Limpar um pouco a minha barra e talvez conhecer a cidade. Weaver disse que só viria no dia do casamento, certo? Temos tempo até lá.

— E você acha que vai provocar a Rodríguez? Ou melhor, acha que vai tirar ela de perto da namorada dela para que você seja uma vadia? Você é mais louca que eu, nem posso acreditar no que estou ouvindo.

— Não é grande coisa. Apenas estou incomodada já que a loira não me deu a atenção devida.

— Isso deveria ser óbvio, Grace. O que você espera que uma mulher comprometida faça? Caía aos seus pés

— Isso é o que acontece em Cuba.

— São realidades diferentes, garota. Não se iluda. Estou te dando uma oportunidade de ouro, aceite a oferta e venha comigo. Não precisa ficar aqui para ver o quão atraente pode ser, já tem atenção suficiente em Cuba,

— Você esqueceu como é ter um bom desafio. Apenas fique tranquila e não se preocupe comigo, sei o que estou fazendo.

Ouvimos passos na madeira e nos viramos para encontrar o segurança com algumas malas e bolsas onde guardamos nossas armas.

— Tudo pronto, Srta. Louise - Chávez anunciou

— Bem, então é isso - Louise tirou um revólver de seu quadril e o jogou no ar para mim — Não faça loucuras, Nickerson

— Oh, mas essa não seria eu.

Acenei para a mulher e o homem enquanto os dois saiam pela porta dos fundos. Passei meus dois dedos na superfície quente da arma. Receio que essa é a hora que a minha diversão começa.

Minha Madrasta de Aluguel - CatradoraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora