Aquele era o último homem que restara em pé, então o derrubei, dois socos e ele voou até a parede de tijolos à minha esquerda.

     Cai de joelhos, finalmente, com a dor da bala ainda dentro do meu abdômen.

   Batroc estava fugindo.
Quase rosnei de nervoso.

   Mas antes de me levantar e correr, eu a vi.

   Hope Laurant, minha Hope.

Ela estava presa ao aperto de Batroc, com o braço dele quase a sufocando, uma arma apontada para sua cabeça.

      Filho da put* 
Todo o meu alívio em vê-la foi substituído por ira. Uma ira que me tirava o fôlego e queimava parte a parte do meu corpo.

      De repente, a dor dos tiros não eram nada.

       - Foi um lindo show soldado... mas você perdeu.

    Eu fiquei em silêncio.

       - Eu admito que quase achei que perderia essa... estava pronto pra sair satisfeito em ver uma luta com soldado invernal ao vivo. - Ele sorri - mas aí... sua querida Hope...

        - Seu desgraçad- não consegui terminar quando Hope gemeu.

         - Bucky! você foi baleado...

- Jura que era com isso que ela se preocupava? Arg.. tão típico de Hope - Pensei

          - Tudo bem doll, estou bem.

  Batroc bufou, impaciente.

           - Isso por pouco tempo.

Eu o olhei apavorado, quando percebi que se referia à garota.

     Murmurei um "não" mudo...

           - Sabe o que é? Eu também não sou muito querido pelo governo soldado... e não posso arriscar que essa lindinha me denuncie pra, sei lá, Capitão América...

    Fiquei confuso com o por que dele achar que Hope teria algum envolvimento com o Capitão, mas ela revirou os olhos, parecia entender o pensamento idiota que rodava pela cabeça do pirata.

           - Ela não vai dizer nada Batroc, deixe-a ir. - tentei soar impassível, mas havia um claro desespero em minha voz.

    Hope percebeu e vi seus olhos lacrimejar.

            - Estamos sozinhos aqui Barnes, e eu tenho vocês nas minhas mãos, não tem saída.

    Fiquei vermelho de raiva, preocupação.

Porra, ele tinha uma arma apontada pra cabeça de Hope!!

               - Só... deixe-a viver.

     Como se minha súplica fosse o jogo mais divertido do mundo pra ele, Batroc apertou mais a boca da arma na têmpora de Hope.

      - Vai embora Bucky... - ela sussurrou impaciente

       - Não, não sem você! - eu gritei.

 
        - Vocês são fofos - Batroc zombou - mas você vem comigo soldado.

    Em um movimento mínimo, vi os olhos de Hope encararem a estrada atrás de nós. E em resposta, o som de um carro acelerando contra a estrada de terra soou impaciente.

     Foi o suficiente para distrair Batroc por meio segundo, quando Hope pisou forte em seu pé, que recuou, dando-me a chance de pegar a faca em meu tornozelo e cortar seu braço, fazendo-o soltar a arma.

Não somos vilõesWhere stories live. Discover now