soixante-seize ❄︎ delyon family

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VINNIE, Point of view

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VINNIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Passei minhas mãos suadas na lateral da minha calça jeans e respirei fundo, olhando o aeroporto ao meu redor

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Passei minhas mãos suadas na lateral da minha calça jeans e respirei fundo, olhando o aeroporto ao meu redor.

Hoje era dia vinte e dois de dezembro e eram três horas da manhã. Seriam mais ou menos 12 horas de viagem e chegaríamos na França ao meio dia de amanhã. Seria uma longa viagem.

Amélie chochilava no meu ombro e eu estava mexendo no celular, esperando ansiosamente chamarem nosso avião para Provença.

Marcel estava conversando com a minha mãe sobre o lugar e ela estava super preocupado comigo, visto que era a primeira vez que eu ia para tão longe sem ela.

Primeira chamada para Provença, França, voo 112 — ouvimos a voz ecoar por todo aeroporto e Amélie levanta sua cabeça do meu ombro num pulo.

A olhei com um sorriso ansioso e ela o devolveu, com pequenos pulinhos de empolgação. Nos levantamos, pegando todas as nossas malas de mão e Amélie deu um beijo na bochecha da minha mãe, se despedindo. Meu sogro fez a mesma coisa e logo chegou minha vez:

— Vinnie se cuida, está me ouvindo? Fique o tempo todo do lado do Marcel e cuide da Amélie também. Não dê trabalho pra nenhum deles, entendeu?

— Entendi, mãe — rio e a abraço apertado. — Vou sentir sua falta...

— Também vou — ela sussurra. — Te amo.

— Também te amo. Até dia 26! — nos separo, dando um beijo em sua testa e entrelaço meus dedos com o de Amélie.

Caminhamos em rápidos passos até o detectador de metais e após alguns longos minutos, caminhávamos em direção ao nosso avião.

Meu assento e de Amélie eram os 12 e 13, já de seu pai era o 24, então ficaríamos separados. Me sentel na poltrona macia e me aconcheguei, colocando o cinto e olhei para Amélie que parecia estar cansada.

— Quer voltar a dormir no meu ombro? — pergunto.

— Uhum. Me acorda quando estivermos em território francês — ela me pede, sorrindo de olho fechado e volta a deitar no meu ombro.

Posso dizer com todas as palavras que Amélie Delyon dormiu em todas as posições, de todos os jeitos e até mesmo nas turbulências por quase 12 horas e eu mal consegui dormir por uma hora inteira. Não era minha primeira viagem de avião, mas eu odiava dormir sentado.

Quando descemos do avião e eu vi as diversas placas em francês espalhadas pelo aeroporto e foi aí que a ficha caiu. Eu estava na França.

— Meu Deus. Eu estou na França — disse, olhando ao redor. As pessoas falando francês, pessoas francesas, o cheiro francês. Amélie riu, me abraçando de lado.

— Sim, você está — ela afirmou. — Agora vamos!

Quando saímos finalmente do aeroporto, Marcel acenou para um táxi que logo parou e nos ajudou a colocar as diversas malas no porta-malas e entramos.

— Bon après-midi. Où allons-nous? — o taxista diz com seu forte sotaque e eu fico confuso. Tomara que ele não esteja falando comigo.

— À cette adresse s'il vous plaît — Marcel mostra algo em seu celular e
suponho que seja o endereço da casa da avó de Amélie. Era até estranho ver ele falar francés, já que só ouvi sua voz falando inglês.

— D'où venez-vous? — o taxista perguntou, olhando rapidamente eu e Mel pelo retrovisor. Era nesses momentos que eu gostaria de saber falar francês.

— Los Angeles — Amélie responde e logo ambos os três começam uma conversa em francês a qual eu não entendia nada.

— Do que vocês estão falando? — sussurro para ela quando Marcel e o taxista começam a falar empolgadamente sobre algo.

— Hum, viagens — M responde, rindo. — Eu já avisei a todos que sabem falar inglês para falarem, ok? Assim você consegue entende. Mas vou avisando: de alguns não é tão bom assim.

— É melhor do que nada — digo, arrancando uma risada dela e sou um beijo em sua cabeça.

Em minutos, o carro estacionou na frente de uma grande casa branca e nós descemos, pegando nossas malas e o pagando.

Ok, agora sim eu estou nervoso.

Marcel tocou a campainha da casa que se abriu segundos depois por uma mulher de cabelos castanhos escuros. Ela parecia ter em torno dos trinta e eu supus que aquela não fosse a avó de Amélie.

— Oh, vocês chegaram! - ela diz com seu forte sotaque e dá um abraço apertado em Marcel e em Amélie. — Como você cresceu, querida. Está linda! E você deve ser... Vinnie!

Ela me olhou de cima a baixo e pareceu dar um sorriso orgulhoso. Talvez eu não esteja tão mal assim.

— Sim, sou eu —  sorrio e me surpreendo sendo puxado para um abraço apertado. — Prazer em te conhecer.

—  Sou Sarah, tia da Ame — ela diz. — Podem deixar a mala aqui na porta e irem entrando.

Amélie entrelaça nossas mãos e me puxa casa adentro. A mobília parecia ser antiga, mas bem cuidada e bonita. Nas paredes haviam retratos da familia e em um deles, uma mulher mais velha, uma em torno dos vinte anos, um homem que aposto que era Marcel e no braço do casal um bebê de no máximo um ano. Seria aquela Amélie e sua mãe?

— Maya! — ouço a Delyon gritar e soltar minha mão para dar um abraço apertado na garota morena com pontas loiras. — Senti tanta sua falta!

— E eu a sua! — ela responde e então me vê, se separando de Mel. — Oh, esse deve ser seu namorado. Prazer, sou Maya, prima da Amélie.

Ela já tinha um inglês com um sotaque canadense e aposto que deve ser a sua prima do Quebec. Tinha um cabelo castanho comprido e mechas loiras e posso dizer que ela parecia muito com Amélie em alguns ângulos.

— Sou Vinnie, prazer em te conhecer — aperto sua mão, sorrindo.

Seguida de Maya, a avó de Amélie apareceu. Ela por mais que fosse idosa tinha muita força de vontade e sorria a todo momento, mas só falava francês, o que fez com que Amélie fosse nosso tradutor. E ela fez isso com todos os parentes franceses de Amélie que eram tão animados quanto a avó. Já os canadenses eu consegui conversar normalmente, o que foi muito mais simples.

— Bom, o que achou da minha família? — Mel perguntou, quando estávamos na sala e perto da lareira. Realmente a França era um lugar frio.

— Eles parecem ser muito legais — sorrio e dou um selinho em seus lábios. — Eu estou amando tudo isso, Mel.

— Eu também — ela abriu um enorme sorriso, segurando meu rosto em suas mãos. — Eu te amo e não canso de dizer isso.

— Eu também te amo e vou dizer isso até o fim! — dou mais um selinho em seus lábios.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora