huit ❄︎ do you speak french?

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VINNIE, Point of view

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VINNIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Entrei mais uma vez na conversa de Amélie, vendo que a mesma estava online a uma hora atrás

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Entrei mais uma vez na conversa de Amélie, vendo que a mesma estava online a uma hora atrás. Será que ela se esqueceu da "festa"?

Talvez eu estivesse um pouco pirado com ela, mas nenhuma garota mexeu tanto com a minha cabeça em tão pouco tempo quanto essa garota de olhos castanhos.

Reviro os olhos, suspirando e guardo meu celular no bolso.

— Eu vou na casa do Kio, ok, mãe? — minto sorrateiramente, indo em direção a porta.

— Mas... — antes dela responder eu já tinha saído de casa.

O elevador parecia demorar uma eternidade, e quando ele chegou, apertei o botão do térreo, esperando mais alguns segundos até chegar lá. Ao adentrar o prédio de Kio e Mel, subi no último andar, fazendo o mesmo caminho até sua varanda, em passos rápidos e cuidadosos, para não cair novamente.

Vejo de longe seu cabelo castanho escuro preso em um coque e em sua mão esquerda uma paleta de cores e na direita, um pincel, pintando uma tela.

Psiu — sussuro alto para ela ouvir. Nada. — Amélie.

Ela olha para os lados e para trás, mas nada para cima. Além de surda é cega.

— Amélie! — digo mais alto e ela olha finalmente para mim, segurando uma risada. — Oi.

— Vinnie? — ela deixou as coisas na mesa e se levantou. — Por que não tocou a campainha?

— Seu pai não está em casa? — pergunto, confuso.

— Ele trabalha essa hora — ela colocou a mão em sua testa, tirando o sol de seus olhos e sorriu. — Pode descer, parkoureiro.

Dei um pulo, caindo desajeitadamente por culpa de ter só um braço realmente bom.

— Como está o braço? — ela toca delicadamente ele, o analisando. Só então vejo sua bochecha suja de tinta cinza quase preta.

— Está melhor, já estou acostumado com isso — rio levemente, ainda analisando a tinta.

— Que bom. O que faz aqui?

— Não é óbvio? — arqueio uma sobrancelha.

— Você não acha que se fosse, eu saberia? — ela faz o mesmo.

— Céus, Amélie. Aquela mini-festa — a explico.

— Ah, verdade — ela suspira. — Não sei, não, Vinnie....

— Vamos, Mel! Vai ser rapidinho. Eu prometo que antes do seu pai voltar, nós já vamos ter chegado...

Seus olhos percorrem por todo meu rosto, analisando meus traços e então ela dá um pequeno sorriso.

— Dez horas temos que estar aqui. Nem um minuto a mais! — ela aponta para mim e entra dentro de seu apartamento. — Vou tomar banho, fica a vontade.

E então eu "fiquei a vontade" por meia hora — o que não era nem um terço do que eu esperava Madison se arrumar —, quando a castanha apareceu na sala.

Short jeans, um moletom estilo cropped vermelho e all star cano altos.

— Não me diga que é algo mais formal.. — ela diz decepcionada por ter se arrumado inteira.

— Não! Quer dizer, você está perfeita — digo e sorrio, vendo suas bochechas ficarem levemente vermelhas. — Vamos?

— Claro!

Então saímos do seu apartamento, descemos até à garagem trocando algumas palavras e entramos no carro.

— Onde é essa festa? — Amélie pergunta quando saímos do edificio.

— A algumas quadras, e não é uma festa.

— Me esqueci que é um "encontro de amigos" — ela repetiu minhas
palavras de mais cedo e riu, me fazendo rir junto.

Dirigi calmamente até a casa de Chase e parei a alguns metros de sua casa. Saímos e pude ouvir abafadamente a música animada que tocava.

Na porta, como sempre, adolescentes fumando, bebendo, se beijando ou simplesmente conversando.

Abrimos a porta, vendo as centenas de jovens bêbados, gritando. Sentia mão de Amélie se entrelaçar na minha na tentativa de não se perder, onde seu olhar curioso olhava para cada detalhe da casa, me fazendo sorrir.

— Nunca veio a uma festa? — pergunto próximo ao seu ouvido, a vendo me olhar.

— Não assim — ela responde alto. — Vamos, quero te apresentar a alguém — puxo-a delicadamente entre as pessoas até o meio da sala, onde vejo sentada no sofá conversando com as pessoas Riley Hubakta e Maddy Crum

— Olha quem veio! — a de olhos azuis diz, chamando a atenção das pessoas a sua volta. — E trouxe companhia. Sou Riley Hubakta e essa é a Maddy Crum.

Elas estenderam a mão à Amélie, sorrindo.

— Amélie Delyon — ela as apertou.

— Sentem aí — Maddy apontou para uma mesa central, onde nos sentamos. Ela era resiste o suficiente para nos aguentar. — Você sumiu, Vinnie.

— Eu sempre estive aqui. Vocês que não pararam quietas as férias inteiras.

— Ah, para de graça! - Riley diz e se vira para Mel. — Então, Ame. Veio de onde?

— Quebec, Canadá.

— Eu ouvi Canadá? — Nick apareceu, se sentando no braço do sofá. — Sou Nick, de Toronto. Você fala francês?

Oui. Minha mãe era francesa e meu pai canadense, os dois foram morar juntos em Quebec onde falávamos os dois.

— Fala alguma coisa então — acabo por rir do entusiasmo do menino Austin em relação a isso.

Que veux-tu que je dise?

Nem preciso dizer o quão sexy é Amélie falando em francês, certo?

— Caralho, que legal — Riley diz. — Já foi para a França?

— Algumas vezes, ver meus avós no Natal.

A cada palavra que saí da boca da Delyon, sua me surpreendo cada vez mais. Como isso é possível?

— Quer alguma bebida, Mel? — pergunto a ela que nega, alegando que não pode beber álcool. — Nem água?

Ela pensa por dois segundos e assenti, se levantando e eu faço mesmo, puxando gentilmente sua mão até a cozinha que havia um casal se beijando e algumas pessoas bebendo.

Abri a geladeira, vendo uma garrafa de água e enchi um copo para Amélie e peguei uma garrafa de whisky para beber,

— Hum, Vinnie?

— Sim? — a olho

— Tem certeza que vai beber? É porque você que está dirigindo e eu não tenho mais carona, esqueceu? — ela parecia meio receosa e nervosa, já que mexia em seu cabelo sem parar.

— Você tem razão — sorri levemente, deixando o copo em cima do balcão.

— Quer dançar?

— Claro — ela abriu um sorriso.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora