quarante-deux ❄︎ do u want ruin what we have?

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VINNIE, Point of view

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VINNIE, Point of view.
Los Angeles, Califórnia.

Meus olhos piscavam mais que um bater de asas de borboletas na esperança que aquilo fosse apenas uma miragem ou alucinação e Amélie não estivesse mesmo ali

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Meus olhos piscavam mais que um bater de asas de borboletas na esperança que aquilo fosse apenas uma miragem ou alucinação e Amélie não estivesse mesmo ali. E ela estava.

— Boa noite, Maria — a voz grossa do pai da Delyon diz com um pequeno sorriso de lado — Essa é Amélie, minha filha.

— Olá, senhora Maria — a de cabelos escuros diz, abrindo um sorriso e estende sua mão.

— Boa noite, pode me chamar apenas de Maria, querida — minha mãe aperta sua mão e me olha. — Esse é meu filho mais velho, Vinnie.

— Olá — aperto a mão de Marcel que me olhava atentamente, talvez tentando me reconhecer e sou surpreendido quando Amélie estende sua mão também.

— Prazer em os conhecer — ela diz e eu aperto sua mão, piscando duas vezes vendo que ela realmente estava mentindo e fingindo que nós não nos conheciamos.

— Entrem! — o pai de Mel diz, abrindo espaço para nós passarmos.

Deixamos nossos pais irem a frente propositalmente e ouço o sussurro de Amélie em meu ouvido:

— O que diabos vocês estão fazendo aqui, Vinnie? Você não ia jantar fora?

— Parece que aqui é o jantar fora - sussurro de volta. — E você não ia para um jantar de negócios?

— Vocês são o jantar de negócios — ela acaba por dizer alto e nossos pais nos olham confuso. — Sentem-se, por favor!

Minha sorte é Amélie saber pensar rápido nessas situações.

— Desculpe o atraso, Marcel. Vinnie se arruma muito devagar! — minha mãe ri, jogando a culpa em mim.

Detalhe: eu me arrumei em menos de meia hora e ela levou mais de uma hora!

O senhor Delyon ri levemente e nós nos sentamos. Na mesa, havia em um prato japonês alguns sushis e coisas do tipo, com uma garrafa de vinho e uma jarra com um suco.

— Espero que gostem de comida japonesa — ele diz e minha mãe logo se apressa a dizer:

— Nós adoramos! E então, Marcel, tudo está indo bem com a pesquisa? Amanhã mesmo te entregarei os relatórios.

— Oh, não se preocupe com isso, Maria. Mas tudo está indo bem, sim.

E então, os dois começaram uma conversa extremamente chata e entediante sobre essa pesquisa e eu olhava disfarçadamente Amélie que comia calmamente. Ou pelo menos tentava, já que eu sentia sua perna direita inquieta embaixo da mesa. Ela estava bastante ansiosa.

— E você, Vinnie, tem quantos anos? — desperto ao ouvir meu nome sair da boca do homem que estava na minha lateral e Amélie faz o mesmo.

— Fiz 17 semana passada.

— Oh, parabéns atrasado — Mel diz e abre um sorriso. Ok, ela fingir que não me conhecia estava me deixando um pouco incomodado.

— Hum, obrigado — respondo, sorrindo de lado.

— E você, tem quantos anos, querida? —  minha mãe perguntou a Amélie que me olhou rapidamente e foi como se eu lesse seus pensamentos.

Ela queria saber se ela não lembrava dela e eu neguei, mas ao sentir os olhos duros do senhor Deschamps tentei disfarçar bebendo suco. Amélie era uma ótima mentirosa e sabia improvisar, já eu...

— Faço 18 em maio, senhora Maria. Quer dizer, Maria — Amélie abre um sorriso amarelo.

— Você me parece bem familiar, Amélie. Eu não te conheço de algum lugar? — minha mãe diz analisando o rosto da castanha que parece ficar tensa e se arruma na cadeira.

Isso, mãe, adivinha logo e acaba com esse inferno!

— Acho que não... — ela resmunga, olhando para baixo. Porra, Amélie!

Eu entendo que ela tenha medo do pai dela descobrir sobre nós, mas ele tem que entender que ela já vai fazer dezoito anos e uma hora ou outra iria achar alguém.

O resto do jantar prosseguiu com conversas na maior parte dos adultos que riam sobre coisas aleatórias e eu e Amélie que disfarçadamente nos olhávamos.

— Vou pegar a sobremesa — Marcel avisa, se levantando.

— Eu te ajudo! — minha mãe diz e igualmente se levanta o acompanhando até a cozinha.

Quando ambos somem de perto de nós, eu digo meio desesperado:

— Nós temos que contar para eles, Mel!

— O quê? Não! E fala baixo — ela dá um pequeno tapa na minha cabeça e eu faço uma careta.

— Por que não?

—  Hacker, você não vê que meu pai está feliz com a sua mãe? — ela diz calmamente e pela primeira vez eu fico sem ter o que responder à Amélie. — Ele está comendo e olhando nos olhos dela, Vinnie. E rindo! Sabe quanto tempo eu não vejo ele rir assim? Eu não quero estragar isso.

— Mas então, você quer estragar o que nós temos? — pergunto, a vendo suspirar. — Você não está se pondo em primeiro lugar, Mel, e consequentemente fazendo algo que não só prejudicará a você quanto a mim, porque eu gosto muito de você. Porra, eu te amo! Eu quero ficar com você e...

Sou atrapalhado pela risada da minha mãe que aparece na sala com potes de sobremesa e talheres, enquanto Marcel carregava uma forma com alguma sobremesa.

Suspiro, me encostando no encosto da cadeira e olho rapidamente Amélie que olhava o nada, provavelmente pensando.

— Essa é uma sobremesa típica do Quebec! — senhor Delyon diz e nos serve.

Começamos a come-la, enquanto minha mãe elogiava sem parar aquele doce que era realmente bom, quando de repente, Amélie ergueu seu olhar e disse alto na mesa:

— Eu e Vinnie estamos juntos! — um silencio se instalou na mesa enquanto lentamente um sorriso se criava em meu rosto. — Nós estamos juntos desde antes do aniversário do Vinnie e... eu sei que vocês estão tendo algum tipo de caso e...

— Ei, ei, quem está tendo caso com quem? — minha mãe a interrompe.

— Você e o pai da Mel. — respondo e após eles dois se olharem, ambos começam a rir sem parar.

Eu e Amélie nos olhamos confusos e após alguns poucos segundos, senhor Delyon responde:

— Eu e Maria não temos nada!

— Mas nós vimos vocês saindo do mesmo carro! — Amélie diz alto e confusa.

— Descobrimos que moramos no mesmo condomínio, ele só me deu uma carona — a mais velha explica.

— Mas e o jeito que vocês falavam um do outro? — pergunto.

— Eu disse que sua mãe é tagarela, garoto — Marcel diz.

— E eu que ele é chato como xadrez — os dois começam a rir.

— Então vocês não tem nada? Nada mesmo?

— Nada mesmo. Somos só amigos de trabalho — Marcel diz, mas logo seu rosto volta a ficar sério. — Já vocês dois...?

Nunca estive tão feliz em ser odiado pelo pai da minha quase namorada em toda minha vida como agora.

𝗽𝗮𝗿𝗸𝗼𝘂𝗿.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora