jenny | taekook

uno

boa leitura! :)

Jungkook praguejando baixinho ao olhar, do outro lado da rua, o quão adorável era aquele ser totalmente concentrado trocando de caneta enquanto escrevia em algum caderno. Porque estava tão nervoso? Não, a real pergunta era: porque ficava tão nervoso e ansioso pelo estudo compartilhado com aquele garoto deveras inteligente? Tentou afastar qualquer nervoso do seu corpo balançando-o levemente como fazia antes de entrar em campo, e atravessou a rua normalmente. Claro, antes verificando se não vinha nenhum carro em sua direção para que não fosse desta para melhor bem em frente ao garoto na confeitaria, que, não bastando vê-lo estirado no chão ainda receberia de brinde um trauma.

Era segunda-feira, e como todas elas era o dia de estudarem juntos. Não que as notas do jogador do time de futebol fossem más, ele era um bom aluno em todas as matérias. Não havia nada que ele não fosse bom, ou se houvesse ele desconhecia até então. Mas fazia um tempo que notou o garoto de cabelos castanhos no corredor, discutindo baixinho com o seu armário por ele não querer abrir. Como a boa alma caridosa que era aproximou-se dele para o ajudar, afinal ele já andava no segundo ano e não havia coisa alguma que ele não soubesse ali. Mas após o seu olhar se conectar com doces olhos caramelo toda a sua alma foi absorvida deixando apenas a caridade pra amostra.

De repente viu-se gaguejando diante de um novato que ficou ainda mais confuso do que já estava e precisou de um estalar de dedos para voltar á realidade, ajudou a abrir o armário e saiu ás pressas. Desde ali o caminho ficou ainda mais apertado por, independentemente do que fizesse seus ouvidos captavam as palavras Kim Taehyung, o nerd do curso de literatura, o garoto dos óculos quadrados acabando por, como quem não quer nada, ouvir o que falavam sobre ele. E o auge dos tempos era o seu corpo e mente não agirem como deveriam, fazendo-o parecer um garoto do colegial no corpo de um universitário. O que para si afastava qualquer chance com o garoto de olhos lindos.

Hoje em particular ele teria treino do time mas foram informados pela diretora que o treinador não compareceu á faculdade o dia todo, e que o mais provável era ele nem vir para a preparação pré jogo. Por isso, como estudantes responsáveis e preocupados com a reputação da faculdade no ranking da federação decidiram ir para casa trancando a porta do campo com cobertura para fingir que estavam lá treinando. Eles nem tinham motivos para faltar, a carga horária para eles era bem mais alargada do que para qualquer outro aluno não pertencente ao time no entanto faltava-lhes disposição. Não só isso como talvez uma certa mensagem de um certo alguém tenha contribuído para Jungkook ficar completamente aluado e agitado, querendo sair dali o rápido possível.

Depois de acompanharem as garotas do time de vôlei, algumas até a casa e outras ao ponto de ónibus o grupo de cinco amigos dispersou para seus respectivos compromissos. Era um costume que adotaram desde cedo, geralmente os treinos diários acabavam bastante tarde e não era seguro garotas irem para casa naquele horário, então eles as levavam garantindo sua segurança para que nada acontecesse. E com isso a amizade e companheirismo surgiu.

Arrumando o cabelo pelo reflexo da porta tomou coragem e abriu-a, recebendo todo o aroma suave á medida de entrava. Realmente aquele lugar era bem o estilo da pessoa com quem iria se encontrar, o ambiente calmo e agradável ótimo para umas boas conversas ou estudos. Para ele seria um pouco das duas opções, afinal era impossível para si ficar perto do acastanhado sem trocar um elogio ou um flerte subtil. Era uma confeitaria não tão famosa ao ponto de abarrotar de pessoas, mas sim de ser bem frequentada. As janelas eram grandes e os vidros limpinhos, as mesas eram de madeira redondas e os estofados das cadeiras eram brancos. Uma das cores predominantes daquele local.

Uma empregada o cumprimentou e ele retribuiu, seus olhos buscavam por uma é só pessoa ignorando qualquer olhar mais atrevido de quem estivesse á sua volta. Avistando quem mais desejava caminhou a passos confiantes, o barulho das correntes que usava como decorativo nos fechos da mochila balançando conforme andava. Engoliu em seco por em algum momento naquela curta caminhada sua garganta ter secado e sorrira simples para não mostrar demasiado entusiasmo, como se não tivesse esperado desde a segunda-feira passada para encontrá-lo novamente.