Édellin narrandoCobri o rosto quando a luz do sol invadiu nosso quarto, Loki resmungou se revirando na cama.
— Fecha essa coisa, o calor vai me fritar nessa cama — ele levantou, seu rosto assim como seu corpo escultural estavam vermelhos e suados por conta do calor tropical da cidade paradisíaca.
— Pare de agir como criança e sai dessa cama — puxei o travesseiro da sua cabeça, causando mais resmungos e reclamações — A gente só tem dois dias no Rio de Janeiro. Depois vamos para outro estado. Levanta.
Sai do quarto, entrando no banheiro, tirei todas as roupas e entrei debaixo da água gelada do chuveiro. A viagem foi longa, mas não o bastante para fazer Loki pegar no sono. Ele fez perguntas o tempo todo, só quando peguei sono tive um minuto de paz. Fiquei ainda mais aflita e preocupada com Astaroth que estaria chegando em um hotel para animais na Itália.
No táxi até o hotel vi vários pontos históricos da cidade, o que me deixou mais ansiosa para andar por aí.
Enrolei a toalha nos cabelos, saindo do banheiro com uma camiseta curta e um short azul. Em meus pés estavam as havaianas azul claro. Loki se virou abrindo um sorriso. Ele tinha trocado de roupa e estava usando uma bermuda verde com uma camiseta verde oliva.
— Onde conseguiu isso? — perguntei tirando uma mecha de cabelo do seu rosto.
— Vai ficar na curiosidade — seus lábios tocaram os meus depois ele se afastou soltando um suspiro — Vamos? Para onde mesmo?Peguei um folheto na mesinha e li.
— Cristo Redentor, acho que é isso — sorri pegando minha bolsa, joguei as chaves do carro para ele — Aluguei um carro.Desci junto com Loki, colocando o chapéu antes de sair para o sol quente. Loki se limitou a cobrir os olhos do sol e tirou o carro da garagem. Um conversível moderno e preto,com suas listras verdes finas na horizontal.
— Não tinha algo menos chamativo? — Loki perguntou.
— Não gostou?
— Gostei da cor — ele dirigiu em direção a avenida. Várias carros passavam por nós, espiando pela janela — Acho que esse carro não é muito popular aqui.Deitei a cabeça para trás sentindo o sol no rosto, minha pele certamente ficaria vermelha, Loki tinha a pele mais clara do que a minha, e isso seria um problema para ele.
Levantei a cabeça ao ouvir meu celular tocar. Loki diminuiu a velocidade, o vento causava muito barulho. Li na tela do celular o nome do contato.
— Lúcien! — sorri olhando para Loki.
Éden, como foi a viagem? Fiquei preocupada sem notícias por tantas horas.
— Foi tudo maravilhoso, tirando o calor que nos fez dispensar metade das nossas roupas.
Que terrível. Mas e Ele?
— Ah Loki está tentando se acostumar, ele até colocou bermuda — ri.
Repito. Que terrível ver as pernas brancas do Loki.— Você do fala isso porque não estou aí — Loki gritou por cima do barulho dos outros carros.
Diga a ele que posso repetir isso na cara dele
— Vocês dois deviam parar com essas brigas — falei colocando o celular no viva-voz — Eu amo os dois sabia.Eu também te amo, mas tenho novidades. Uma boa e outra não muito boa.
— Diga a boa — pedi.
A boa é que poderei chamar o Loki de canela fina pessoalmente. Estou entrando no avião para o Brasil. E estou levando convidadas.
Titia Éden!
Ouvi a voz de Marceline e sorri animada.
— Que notícia maravilhosa! — falei vendo Loki resmungar.
— E a notícia ruim? — ele perguntou.
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AD INFINITUM | Livro 1
Fantasy🥈| 2° lugar no concurso The Gold Uma releitura não tão fiel da mitologia nórdica. Loki, sempre foi um deus cheio de sarcasmo e trapaças, mas e se um dia isso parasse? Se o deus ignorasse qualquer tentativa de animá-lo, desprezasse bajulação...