☆ Capítulo 03 ☆

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Loki narrando

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Loki narrando

        Os últimos dias estavam insuportáveis, a música ecoava em minha cabeça quase todo dia. A voz da mulher estava mais feliz, isso me dava náuseas e irritação. Por que diabos ela tem que cantar tantas vezes.

        — Loki? — uma batida na porta, seguida daquela voz.

        Revirei o olhar, soltando um grande suspiro de insatisfação.
        — Entre — respondi levantando.
        A mulher de baixa estatura, olhar escuro e cabelos claros, entrava quase como num saltitar. Parecia um bode nas pradarias. Me olhando com certa admiração. Sigyn.

        — Como você está? — Sigyn pergunta toda vez que me vê.

        — Estava maravilhosamente bem — passei as mãos pelos cabelos — Até ser interrompido.

        — Eu trouxe bolo — ela ergue o pano que cobria o prato.
        Bolo. Bolo. Bolo! Toda vez bolo! Faz outra coisa mulher.

        — Obrigado — agradeci a contra gosto, quanto menos conversar, mais rápido ela vai embora.

        — Eu soube do Caos, pensei que você pudesse precisar de mim, que pudesse… querer companhia.

        Sigyn, incentivada por Frigga, estava sempre no meu pé. Como se tentasse me fazer ser "bom", largar as trapaças e ser como aquele bando de deuses estúpidos.

        Ah mulher, você não sabe com quem está se metendo.
        — Sigyn, quantas vezes terei que dizer, eu não preciso da sua ajuda — repito como todas as vezes, me aproximando ao ponto de estar  a centímetros dela.

        — Eu sei, mas, você parecia tão chateado — ela encolheu os ombros — Queria poder ajudar, eu aprecio você.

        Apreciação é uma palavra muito fraca para o que Sigyn sentia em relação a mim. Desde que coloquei os pés em Asgard ele nutriu uma fixação por mim. Com o passar dos anos percebi que poderia usar isso a meu favor. Já que ela tem ligação direta com os aposentos de Odin e Frigga.

        — Eu agradeço por sua visita — sorri erguendo o rosto de Sigyn a minha altura — Mas receio que tenha que ser breve, preciso de um momento a sós. 

        A mulher assentiu e foi embora. Agradeci mentalmente e voltei a sentar na cama. Observando o bolo em cima da mesa.
        — Hum… — levantei, surgindo no grande salão.

        — Loki! — ouço outro alguém me chamando.
        Parem de me chamar deuses inúteis.

        — Que foi Thor? — virei com um falso sorriso educado nos lábios.

        — Odin está atrás de você — o brutamontes, deita o braço em meus ombros, largando seu peso sobre mim — Acho que ele quer pedir algo.
         Que novidade.

 AD INFINITUM | Livro 1 Where stories live. Discover now