Capítulo XI: Como uma flor

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Oi, tenho uma perguntinha nas notas finais, por favor, seja uma pessoa educada e não me deixe no vácuo, rs!

❗Ao fim desse capítulo, há uma cena de conteúdo sensível. Por favor, tenha cuidado ao ler ou pule caso sinta-se, demasiadamente, desconfortável❗

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Boa leitura! 💙

O Rei estava muito quieto desde que a sala havia sido esvaziada. Os minutos se arrastavam e ele permanecia inerte, sem demonstrar qualquer sentimento. Olhava fixamente para Jimin, mas era como se não o visse, como se não o reconhecesse.

- Você mentiu para seu pai - ele disse por fim, reflexivo. Sem dar nenhuma vazão para que pudesse interpretar seus reais sentimentos.

Jimin deu a resposta mais óbvia:

- Se eu tivesse lhe falado a verdade, o senhor jamais teria permitido que eu saísse.

- Não me refiro a isso. - O Rei finalmente mostrou alguma emoção: impaciência. - Tens mentido para teu pai durante toda a tua vida. Você não é quem eu pensei que fosse.

Com calma e tentando manter um ritmo adequado em sua respiração, Jimin tentou acalmar a aceleração frenética de sua pulsação e controlar a sensação de sufocamento que começava a se espalhar por seu peito. Embora em nenhum momento tenha demonstrado, estava muito nervoso desde o instante em que cruzaram a fronteira. Sabia que tinha ido longe demais e como aquilo seria um choque para seu pai. Achava que estaria preparado para qualquer que fosse sua reação, mas não estava. Talvez, o Rei Park fosse o único que Jimin queria, de verdade, não decepcionar. E ele parecia decepcionado.

- Pai - Jimin iniciou cautelosamente. -, tudo que fiz foi para honrar nosso nome.

- Não, você fez pensando em si mesmo. Você humilhou o nome de todos os alfas de nossa família. Geração por geração, desde que os Jeon traíram nossa aliança - falou com uma frieza que nunca tinha dirigido à ele. - Mas talvez não seja tarde demais para salvarmos isso. Não tornei o decreto que sanei público, podemos dizer que foste executar um plano a mando de um de teus irmãos.

Jimin se exasperou.

- Nunca! - ergueu a voz. - Eu caminhei até Tèssadra, eu atravessei seus muros impenetráveis, eu passei pelos portões de seu palácio de mármore e eu matei o rei! Não permitirei que nenhum deles se vanglorie pelas minhas conquistas.

O rei não pareceu abalado por suas palavras.

- E posso saber como fizestes tudo isso, Jimin? - questionou. - Como derrotaste o maior poder militar entre os cinco reinos sem um exército, sem um cerco de meses e sem armamento adequado. Tem ligação com a nova cor promíscua de teu cabelo ou com a numerosa quantidade de betas e ômegas em tua companhia quando chegaste? Eu como teu pai, vou gostar da resposta?

As palmas das mãos dele começaram a se tornar escorregadias. Como seria dizer ao seu pai que havia dançado para o rei de Tèssadra e sentado no colo dele? Em Amoriel, ômegas de valor aprendiam a arte da dança desde muito cedo, logo que começavam a andar, era uma tradição. E essa dança devia ser guardada para seus alfas.

- Pela tua cara sei que a resposta é não - o Rei Park disse, antes que pudesse pensar num meio de lhe responder. - Vou convocar o Conselho e escolheremos o melhor meio de lidar com essa situação. Saía.

- O quê?

- Saía, Jimin - mandou mais uma vez. Ali, era Jimin quem não o reconhecia mais. Onde estava seu pai amoroso e orgulhoso de tudo que fazia?

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