Achei meu Equilíbrio

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FN

Depois daquele beijo na Bianca, eu pude ter certeza do porque eu não queria deixar ela ir, a atração que eu tinha nela era além do fisico, era na personalidade meiga dela, e eu tava me sentindo um fudido por tá sentindo isso. Eu nunca me permitir sentir isso, e não vou deixar agora, ainda mais sabendo de tudo.

Subi pro meu quarto puto pelo o olhar de Fabin não era possível dele ter se gamado nela, mais a ficha ia caindo, o cara tava mais vivendo aqui no que na própria goma dele. Quando desci pra voltar pra boca ela estava no banho, liberei a saída dela pros vapores e fui pra boca, iria convocar qualquer puta nesse morro e foda-se não iria me permitir sentir nada que eu não quisesse.

Estava indo em sentido a boca quando vi uns moleques jogando bola e encostei ali observando lembrando vários bagulhos, alguns moradores passava e me cumprimentava, outros só abaixava a cabeça e passava reto. Acendi meu baseado e fiquei ali moscando, até que me acionaram no meu radinho falando que estavam invadindo procurando alguém.  

Radinho on

FN: Vila Cruzeiro de novo caralho?

Cadu: não patrão agora é vila Orlanda, patrão os cara não tão atirando parece está procurando alguém

Radinho of

Agora fazia sentido, estavam atrás da Bianca e os cara já tinham me avisado que ela tinha vazado a filha da puta esperou nada pra meter o pé.

Celular on

Passarinho: fala tu patrão, tô saindo já, já me passaram a visão da invasão — falou afobado

FN: não é isso caralho, a Bianca tá aí?

Passarinho: vish patrão deu uma treta aqui e ela saiu, faz um tempo já

Celular off

Meu coração disparou uma adrenalina enorme, eu tinha certeza que os cara estava atrás dela, mal se ouvia tiros, e agora sem saber onde ela estava era foda, peguei o radinho falando pros vapores focar em ir atrás dela.

Fui descendo pelos os becos com alguns vapores até ver minha mãe entrar no comércio da tia da perturbada lá, pelo menos a coroa tá guardada.

Algumas horas depois...

A "invasão" já tinha acabado, não tinha morto pela a favela, poucos baleados, eles realmente queriam a Bianca. Foi liberado desde lá de baixo a entrada dos cara porque entre algumas favela daqui a gente liberava quando estava atrás de alguém, então os cara não fez bagunça alguma, e pelo o que falaram tambemm não acharam Bianca, tanto eles quanto a gente, ninguém viu a desgraçada.

Tava subindo o morro a pé mesmo quando vi minha mãe, fui até ela dar benção e ela já fechou a cara fazendo sinal para conversamos em casa, igual quando eu era criança, nem rendi só segui ela.

Dona Carmen: o que você quer daquela pobre menina seu filho de uma egua — disse me batendo

FN: ou ou calma aí mãe, não rela não, sou sujeito homem po — falei me esquivando

Dona Carmen: Felipe eu só quero que você me explique, eu não preciso citar pra você tudo que passamos ou preciso? Nossa vida já sofreu um baque tão grande, eu mal te vejo, mal se falamos ou temos afeto por tudo o que houve e agora mais problema? — fechou ainda mais o semblante.

FN: não preciso po, só que em relação a ela é complicado demais, não quero mais problemas pra senhora tendeu? Eu já liberei ela, só fiquei preocupado na hora da invasão. — por fim falei e nem acreditei nas minhas próprias palavras

Dona Carmen: preocupado? — ergueu a sobrancelha.

FN: ala tá vendo deu deboche por isso que não da — já me virei pra ir embora

Dona Carmen: não vai, espera. Só é engraçado ouvir isso de você meu filho, eu quero poder entender, eu peguei afeto por ela e gostaria de saber — disse por fim

FN: eu vou falar tudo, só não agora. só quero que confie em mim, nunca dei motivos para merecer, mais queria muito que confiasse. Fica de olho nela maae, principalmente nessas invasões tem muita gente na maldade dela. — peguei a mão dela e depositei um beijo e vi uma lágrima cair de seus olhos.

Eu amava demais minha veia ela era tudo o que eu tinha, mais na morte da minha irmã foi como se tirasse tudo de bom que tinha em mim, eu costumava ser engraçado e carinhoso com ela e tudo isso se desfez com baque que sofremos.

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