• XIX - Au revoir identidade secreta!

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"Não precisamos entender para gostar, ninguém sabe traduzir um violino."
- Fernando Mato Grosso

Dias chuvosos sempre viriam, e Marinette teve o conhecimento disso quando aceitou ser a destemida Ladybug. Por livre árbitro, ela aceitou esse fardo. E agora, estava lidando com isso.

A mulher dos olhos azuis como o oceano estava em sua frente, seus cabelos caiam como uma cascata negra.
Por um instante, aquela máscara existiu, agora não mais. Um tecido vermelho sangue cobria seu corpo, o vestido desenhado por ela mesma. A saia se estendia até o chão, com uma fenda lateral, suas costas estavam amostras.
Seu sorriso era destacado pelo batom vermelho, como o de seu vestido.

- Então essa é... Você? - Marinette perguntou admirada. - Eu nunca pensei que chegaria a esse ponto... - disse analisando o traje.

- E quem disse que eu sou um clone seu? - ela perguntou. - Sou a sua sósia e não uma cópia!

- Se fosse... Eu diria que era uma cópia da china. - a jovem brincou. - Como dizem, "Quem não sabe, copia"

Ela riu, provocando Lady Ensanguentada.

- Sinceramente, eu achei que na sua Terra existisse aulas de etiqueta - a mulher revelou. -, mas agora, foi provado o contrário.

Marinette franziu o cenho, e quando entendeu o que a outra quis dizer, ousou abrir a boca para a contrariar, mas a mesma não permitiu.

- Voltando ao foco, Marinette - a interrompeu. - Não temos tempo, eu preciso urgentemente saber se LocustBug ainda está infiltrada na sua mente. - as palavras pesaram a consciência de Marinette.

Ela se sentiu usada, nesse tempo todo. Quis saber se as outras Ladybugs se sentiram assim, se, Lady Ensanguentada se sentiu assim.

- Eu posso te perguntar algo..? - ela assentiu. - Como você se sentiu quando a LocustBug... - as palavras morreram ali mesmo, e nem se quer precisou completar, a sósia da menina já tinha ideia de como estava curiosa sobre isso.

- Ela não chegou a me controlar - franziu o cenho ao se lembrar dos ocorridos passados - Definitivamente não. - ela gesticulou um sinal de encerramento com as mãos. - Mas, eu tenho uma ideia de como as outras sósias nossas se sentiram com isso e, posso te dizer que é exatamente isso que está sentindo agora.

Marinette se sentiu aliviada ao escutar isso.

- E, LocustBug se manifesta em emoções fortes, sabemos que isso pode atrair um akuma... Mas, não se for controlado, você não será akumatizada... E a melhor forma seria tocando um instrumento.

- É uma boa idéia. - Marinette acariciou o próprio queixo. - O que sugere?

- Acho que você sabe bem do que quero dizer... - Lady Ensanguentada sorriu de canto.

- T-tocar violino? - ela deu um passo para trás. - Eu não sei se consigo...

- Eu acredito que consegue...

Marinette parou para pensar, e, ela realmente conseguiria fazer aquilo.
Afinal, olha tudo que ela já enfrentou! Isso seria algo "mínimo" para ela.

A jovem conseguiria, sem dúvidas.

- Está bem.

*****

A única pessoa que ela conhecia que tinha um violino era seu ex, Luka Couffaine. O relacionamento deles não era algo "frio", eles continuavam amigos, mas de certo modo, distantes.

« A Realidade De Ladybug »Where stories live. Discover now