• IX - Muito a conversar.

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"Escondes-te tudo de mim
Escondes-te tua tristeza
Fico feliz que agora tirou tua máscara,
Revelando a verdadeira Ladybug."
- Chat Noir.
*****

- Vocês tem muito a conversar, irei deixá-los a sós. - Alya iniciou. - Melhoras amiga, qualquer coisa me ligue, imediatamente. E Chat, por favor, cuida dela, sei que dá conta do trabalho.

"O pai dele é o Hawh Moth... O pai dele é o Hawh Moth... Ele é o Adrien..." - a mente da jovem a relembrava, a todo instante.

- Pode deixar Alya, a gente tem muito a tratar... - disse tenso.

A ruiva deixou o cômodo, deixando os dois sozinhos ali. Escutaram também a porta bater, sinal que ela também havia deixado o apartamento.

A falta de diálogo era torturante, da boca dos dois nenhuma palavra saia. Uma revelação tão repentina, em momento importuno. De uma coisa posso dizer, Marinette jurou que não diria uma mísera palavra sobre o sonho, nem que isso custasse sua cabeça. Não diria, pelo menos, não agora. A mente do rapaz estava turbulenta, se perguntava o que havia acontecido com ele, oras, Ladybug nunca revelaria sua identidade a público! Ela conhecia bem as consequências do ato, mesmo assim caiu como tolo, pois elas eram tão parecidas... Marinette e Ladybug também são parecidas! Mas a desculpa para negar esse fato é o jeito desastrado de Marinette, para os outros, seria impossível uma pessoa tão insegura se transformar em uma imagem que transmitia auto-confiança.

Para muitos, seria impossível, de fato.

Nenhuma palavra, ninguém se quer teve a coragem de quebrar o silêncio, nenhum audacioso suficiente para realizar a ação. Todos conversavam entre si, tirando suas conclusões precipitadas.

- Receio que está decepcionado. - a suave voz da jovem em sua frente disse, quebrando a mudez do cômodo.

- Não estou decepcionado, me sinto um pouco irritado por você ter escondido seus relevantes sentimentos. E sinto também, um grande rancor por mim, pelo fato de ter acreditado na Amber.

"Ele namora a Amber. Você não tem chances." - a mente de Marinette a advertiu imediatamente. "Mas, talvez não seja o Adrien... Mesmo que tudo faça sentido."

- Não posso acreditar que Alya fez isso, ela não precisa...- Chat a interrompeu com um abraço caloroso.

- Não se preocupe, estou feliz por saber quem és My Lady...

My Lady...

Meu príncipe...

De repente, Marinette se afastou do abraço, seu rosto representava uma expressão assustada. Sentia que seria perseguida pelo resto da vida por seu medo, medo de vê-lo sofrer... A primeira faísca que sentiu de sua paixão por ele foi quando o próprio foi akumatizado, sentiu um grande aperto no coração ao vê-lo derramar aquela lágrima, depois de tudo, se negou a aceitar seus sentimentos, o problema é que envés de sumir, só foi crescendo, até no ponto de se converter em amor.

- Quando você foi para o futuro? - ele perguntou.

- Bunnix me buscou, para eu ter uma conversa com minha eu mais velha... E com outra pessoa também...

- Quem te deu o gravador?

- Não posso dizer. - ela negou o pedido do gatuno.

- Você tem que parar de querer esconder coisas de mim, poxa Marinette, eu sou teu parceiro. - o mesmo falou, insistindo para que ela revelasse.

- A nossa filha. - disse rapidamente, cobrindo o seu rosto corado.

- Filha?! - ele se assustou com a revelação.

- É e ela não me deu só isso... - andou até uma caixinha vermelha.

Marinette pegou a caixa e a levou até Chat Noir, e com ele olhando fixamente, a abriu, revelando um porta-retratos comprometedor.

Era Ladybug e Chat Noir do futuro, estavam sentados em um telhado sorrindo para a câmera, ela tinha consigo um Sling lateral, e nele havia um bebê. Emma contou a Marinette que era Louis, o primeiro filho que tiveram.

- Quem é esse..? - ele perguntou, já sabendo a resposta.

- O nome dele é Louis, nosso primeiro filho...

- Ele é tão lindo, olha ele tem os seus cabelos..! - disse com os olhos lacrimejando.

Nunca adivinharia que Chat tem um extinto paternal ou coisa assim.

— Tem algo mais que quer me contar? — ele secou as lágrimas que saíram. — Com o que sonhou?

— Eu não quero falar sobre isso.

— Tudo bem, tem cerca de 2 horas para descansar, se quiser voltar a dormir.

— Tudo bem. Eu vou. — disse séria.

— Oh minha Bugboo, eu te conheço, você não vai voltar a dormir. Por isso vou ficar aqui até você dormir...  — afirmou, fazendo uma expressão no entanto, sensual.

— Tá, tanto faz. — revirou os olhos, saindo de seu escritório.

Foi até seu quarto, Chat a seguiu em cada passo.

Delicadamente, se deitou na cama e ajeitou o travesseiro, esperando que o sono chegasse, e assim aconteceu.

O gatuno a observava escorado na porta, estava tudo bem até escuta-la choramingar.

— O que você fez com eles? — ele escutou ela perguntar, ainda dormindo.

Não foi de propósito...
Por que você não me ajuda a resolver isso?
A verdade é que VOCÊ NÃO ME AMA MAIS!
ENTÃO É MELHOR EU DESTRUIR VOCÊ, EU, AS NOSSAS LEMBRANÇAS... TUDO!

— Não! Por favor não! Apenas, me deixe purifica-lo... — “o que ela está falando?!”

Você não entende...

Marinette acordou, rapidamente, apavorada.
Seu peito subia e descia rapidamente, seus olhos estavam arregalados e molhados. Um akumatizado tão forte vem pertubando a inabalável Ladybug! Pelo menos, eram isso que achavam os outros. Quando ela estava com máscara, os outros ao seu redor a viam como alguém à prova de balas, ou até, à prova de tudo! Mas, não é assim a realidade da verdadeira Ladybug, ela é um ser humano, como os outros. Se machuca tão, facilmente as vezes. Chat Noir, no momento não estava vendo a pessoa que ajudava ele, ele via uma pessoa que precisava de ajuda, precisa de conforto. E essa era a verdadeira realidade de Ladybug.

— Ei! — ele correu em direção a cama de Marinette. — Tá tudo bem? O que viu?

E-ele vai v-voltar... — balbuciou, ainda em choque.

— Ele quem? Ele quem Marinette?

— O gato de olhos azuis... — foi a primeira única informação que deu.

— Eu acho melhor ir embo...- disse já virando de costas, quando sentiu a garota o segurar pelo pulso.

— Fica... Por favor... — o rapaz se virou novamente, e começou acariciar os cabelos da azulada, até ela dormir novamente.

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Notas finais da autora:
Chat Blanc! Quando é que vai deixar a nossa Mari em paz?!
...
Bom, tudo tem uma razão.
:)

Espero que tenham gostado, se sim, por favor, votem no capítulo e deixem um comentário de avaliação!
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Desculpe a demora, estava procurando inspiração.

Muito obrigada! Beijos!

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