• II - Amber.

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Fazia na cerca de dois dias que não ia para a escola, estava muito angustiada, seus pais estavam muito preocupados, nem com Alya queria falar.

“Por favor... Que tudo isso acaba logo..!”
Implorava em pensamento, ninguém, ninguém mesmo sabia o que ela tinha.

Até que se sentiu melhor para aparecer em público, não daria qualquer tipo de explicação, afinal a vida era dela e os problemas também.

Todos vieram comprimenta-la na carteira de tal. Ela era de se atrasar, não de faltar, a sala estava preocupada, tanto que até Clhoe veio indagar.

- Amiga, fiquei sabendo que vai entrar uma aluna aqui ou na turma B. - Alya comentou.

- Ah. - deu de ombros.

A turma tragarelava alto, tanto que foi uma surpresa ninguém vier chamar  a atenção. Calaram-se quando finalmente a professora Bustier e uma menina de cabelos negros entrou.

- Pessoal, essa é a Amber. - a mulher apresentou. - Digam olá para ela.

- Olá Amber. - responderam em coro.

- Pode se sentar ao lado da Lila, ali nos fundos.

A italiana levantou a mão, se identificando dentre todos os alunos. Amber logo se sentou lá, Lila como sempre tentou puxar assunto.

- Uau, você parece muito com a Ladybug, de onde é?

- Uh, viajei pelo mundo todo, nunca tive uma moradia fixa. - inventou. - Afinal, quem é essa tal Ladybug? - franziu a testa. - Uma criança que se veste de joaninha??? - caçoou, provocando o interesse de Lila.

- Hum, também não gosto dela. - admitiou. - Ela é uma heroína que salva Paris de vilões de contos de fadas! - riu.

***

A turma estava no intervalo, Marinette e Alya conversavam no pátio.

- Oie meninas! - Amber comprimentou acompanhada de Lila.

- Olá para vocês também! - Alya riu.

Marinette não respondeu ficou em silêncio, a ruiva dá uma batidinha com seu cotovelo, entretanto fica sem resposta.

- Desculpa pela Marinette, ela fica muito tensa no meio de semana. - explicou sem graça. - En...- a amiga saiu de lá, ligeiramente.

Foi para o banheiro.

Tá partindo mais o meu coração, Marinette!

Colocou a mão em seu coração, seu peito subia e descia rapidamente, seu coração batia forte e rápido.

O nosso amor fez isso com o mundo My Lady!

- Por que..? - balbuciou.

Sentiu a primeira lágrima escorrer.

- Eu não pude te proteger do akuma... - culpou-se.

A mente da jovem estava uma bagunça, não sabia no que pensar, pois tudo o que pensava, era ruim, triste e medonho.

Sua kwami saiu da bolsinha. - Marinette! - exclamou. - Tente se controlar! Se não vai atrair um akuma! - alertou.

- Não dá... Dói, como dor física, parece como um infarto, mas sei que tudo isso não é real... Mesmo assim...

Escutaram passos se aproximando, rapidamente Tikki se escondeu e Marinette retomou sua postura, fingindo estar lavando o rosto.

- Marinette? - uma voz feminina familiar perguntou.

Quando virou o rosto viu que era Juleika, as duas não eram muito de conversar, mas se consideravam amigas.

- Oi Juleika... - respondeu meio seca, tentando disfarçar sua voz chorosa. - Aconteceu algo? Alguém foi akumatizado? - perguntou preocupada.

A garota alta se aproximou da mediana, pousando sua mão no ombro da companheira.

- O caso é: Você está bem? - rapidamente assentiu. - Mentira. - afirmou. - Respondeu rápido demais, e evitou contato visual. - Marinette ficou surpresa pela a habilidade de Juleika em estudos psicológicos. - Sei como é, não poder ser realmente quem você é, ter que fingir que está bem, mesmo quando não está... - abaixou o olhar.

- Por favor, não diga a ninguém. - Marinette pediu.

- Não direi. - a abraçou.

- Obrigada Jukeika - sussurou.

As duas se afastaram do abraço e voltaram juntas.

- Pessoal! - gritou Rose animada. - Vocês não vai acreditar! A Amber é a Ladybug!!! - todos arregaram-se os olhos, enquanto Marinette se engasgou com o ar.

- É o que?!

Se não houvesse essa política de identidades secretas, Marinette poderia jurar que ali mesmo teria se transformado e estrangulado essa meretriz mentirosa. Afinal, com isso também, a menina irresponsável estava arriscando sua vida e a vida de quem se aproximar dela.

Adrien realmente parecia ter gostado da idéia de Amber se a Ladybug, nem se quer desconfiou ou lembrou de que Ladybug nunca faria isso.

Amber riu. - Não é grande coisa... - disse envergonhada.

- Tá de brincadeira?! - Adrien se aproximou. - Salva Paris todos os dias!

Chegou a hora de Alya ir ao encontro de Marinette.

- Parisienses ingratos. - a mestiça resmungou. - Salvo a bunda fedida deles todos os dias e eles vêm se passar por mim. - reclamou. - Maldita será ela!

- Isso com certeza não vai durar muito tempo, Marinette. - tentou tranquilizar a amiga.

- Com licença Alya, preciso ir praguejar em um lugar afastado, sabe como é, liberar o estresse sobre o fato de - disse - EU PASSAR ESTRESSE TODOS OS SÉCULOS DE VIDA QUE EU TIVE! - falou em tom alto, chamando a atenção de todos.

- Vai lá Mari... Escutar uma músiquinha... Vai... Só volta a tempo para a aula. - disse empurrando a amiga. - Ela tá de TPM brava hoje. - Alya inventou, tentando afastar os olhares tortos. - O namorado dela não quis comprar chocolate pra ela.

- Desde quando ela tem namorado? - Alix perguntou.

- Desde sempre. - apertou o olhar.

« A Realidade De Ladybug »Donde viven las historias. Descúbrelo ahora