Capítulo 12

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STARS

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Domingo, 03 de abril


Um celular novo...

Sunghoon tem um celular relativamente novo, celular esse que eu já havia percebido logo no começo das aulas não ser o mesmo que ele tinha um tempo atrás.
Os pais de Sung se separaram faz pouco tempo, como Jay disse, há uns 6 ou 7 meses, basicamente por volta de setembro/outubro do ano passado. Jay também disse que a separação deles foi algo fechado, poucas pessoas souberam, ele só soube quando Sunghoon contou pra ele que iria se mudar da casa antiga. Quem poderia ter me contado? Sério. Quem? Certeza que a Yuna não sabia, ela não tem muita intimidade com ele. Minha mãe? Tendo por conclusão o choque que a mesma teve quando leu a carta, provavelmente, também não tinha conhecimento desse assunto ou simplismente não quis tocar nele comigo quando eu recebia suas ligações.

Ok. Voltando a linha de raciocínio... Sunghoon consegui/comprou o celular novo a partir do momento que começou a morar apenas com a mãe, se desfazendo daquele que o "pai" havia clonado com o dele. E por medo, ou sei lá, até mesmo por precaução, ele não leva o mesmo nos encontros familiares, provavelmente para evitar que algo do tipo aconteça novamente...

E se tudo for como estou imaginando, apesar de não ter mais o pai o mirando, Hoon não tentou me mandar mais mensagens ou qualquer coisa que seja pra mim porque...

...Ele acha que eu li a carta.

...

  Sem perceber minha presença Sunghoon continua com um sorriso meigo no rosto enquanto se estabiliza no chão após sair do assento traseiro do táxi amarelo.

Fico estático o olhando sem desviar nem um segundo, sinto vontade de correr até ele e abraça-lo, de sorrir de orelha a orelha porque quando todas as minhas esperanças de tentar mudar tudo hoje acabaram, o universo lutou ao meu favor e o trouxe para mim, Sunghoon bem ali, há alguns metros de distância. Mas não consigo fazer nada, meu corpo paralisa e me sinto preso em mim mesmo.

   Sua cabeça se vira um pouquinho, como se fosse dar uma olhada ao prédio que pretende entrar antes de finalizar seu trajeto e fechar a porta do carro, e é nesse momento que seus olhos se encontram com os meus. A expressão do Sunghoon muda lentamente para  uma totalmente incerta enquanto simultâneamente seu pequeno sorriso se desmancha devagar, sinto que ele não sabe o que fazer, pois com toda certeza sou a última pessoa que esperava encontrar aqui. 

   Sunghoon quebra o contato visual apenas para fechar a porta e agradecer o motorista, e em seguida começa a caminhar em minha direção. Não sei se é exatamente à mim que ele está vindo, ou simplismente a entrada do dormitório, visto que estou parado praticamente na frente da mesma.

   Cada paso que ele dá sinto meu corpo esfriar. Cada vez que o cabelo sedoso e charmoso dele balança contra o vento e suas pálpebras piscam como se resolvesse cálculos eu fraquejo mais. Ele mantém o rosto amigável, porém confuso. Eu deveria sorrir. Ele com certeza deve estar pensando se deveria me cumprimentar ou apenas me ignorar e passar direto. Devo estar parecendo uma estátua estranha. Ok. Abro um sorriso hesitante e vejo seus músculos faciais se aliviarem de certa forma. Ele retribui um tanto apreensivo enquanto a brisa faz seu casaco praticamente voar em volta de seu corpo.

    Isso é muito inquietante, passamos praticamente duas semanas nos ignorando pelo refeitório e corredores da faculdade, e nem havíamos brigado BRIGADO para tal atitude. É meio complicado, na verdade é totalmente complicado.

My First Kiss Vol. 2 - JakeHoonWhere stories live. Discover now