✓ BATTLE SCARS │ NATASHA ROMANOFF

⠀ ⠀ ⠀ 𝟎𝟑. A BETTER PLAN

CAPÍTULO 03.
── UM PLANO MELHOR.

CARTER SUBMERGIU ANTES QUE FOSSE TARDE DEMAIS. Subir para respirar foi estonteantemente libertador naquele ponto onde a água havia se tornado opressora, ainda mais quando sentia seus pulmões queimando. Olhou ao redor procurando qualquer sinal de seu inimigo, qualquer possibilidade de que havia sido seguido, porém tudo que encontrou foi a água salgado do mar e suas ondas batendo na costa, movimentando seu corpo.

Nadando até a praia, Carter rastejou no terreno arenoso até estar uma boa distância do mar. Em seguida se deitou de costas, o sol forte lhe fazendo praguejar e fechar os olhos por ser tão intenso. Cobriu rosto com uma das mãos e depois respirou fundo. Tentando acalmar o corpo e as dores, agora que toda a adrenalina havia deixado suas veias. Quando pensava em tudo que aconteceu, parecia até irreal. A última coisa que Kane esperava era ter a Sala Vermelha na sua cola novamente. Chegado ao fim, era isso que ele escutará algum tempo atrás. Não sabia como ou porque, mas sabia que Dreykov estava morto e que a Sala Vermelha havia sido desativada. Bom, no final de tudo era apenas mentira. A mais pura enganação.

Carter ainda tinha muito sobre o que pensar, muitas perguntas não respondidas, porém não poderia ficar ali. Ficar deitado sobre a areia era pedir para morrer. O que mais poderia fazer era voltar a fugir, não parar em nenhum lugar por muito tempo, igual havia feito anos antes. Foi assim que escapou de seu avô e era assim que escaparia das garras de seus inimigos novamente. Era uma forma infeliz de se viver mas, para alguém que já não tinha nada, Carter não deveria reclamar.

Se erguendo e ficando em pé, limpou com as mãos a areia das roupas e um pouco que havia grudado no cabelo. Deu alguns passos incertos pela praia, mancando graças a dor e prosseguiu até chegar na estrada. Poucos carros passaram por ele, a maioria rápido demais para se pedir uma carona. Kane aproveitou para continuar andando, mesmo cansado e quebrado, prosseguiu o melhor que pode até avistar um posto de gasolina no meio do nada. O único sinal de civilização depois de uma caminhada de quilômetros.

Atravessando o posto até a loja de conveniência, passou pelas portas e foi recebido pelo ar gelado do ambiente. Talvez, se tivesse um pouco de sorte, conseguiria implorar por uma garrafa de água. Carter se dirigiu até o caixa, respirando fundo e deixando as duas mãos caírem na superfície do balcão. O homem atrás do mesmo o observou com um olhar entediado e despreocupado. Utilizava uma camiseta do Nirvana e um boné com a aba virada para trás. Também conseguiu reparar que seu cabelo castanho era grande, porém estava preso em um rabo de cavalo baixo.